Capítulo 3

Joana acordou com Mousse lambendo seu rosto e abanando o rabinho enquanto fazia sapateado com as patinhas em cima do rosto dela.

Ela riu e coçou os olhos.

— Ai, garoto, se controla.

O afastou um pouco e sentou-se na cama macia.

Olhou ao redor lembrando de onde estava, na casa da menina ruiva, no quarto que o pai dela disse que ela podia ficar.

Ele tinha voltado ao hospital enquanto ela arrumou as poucas mudas de roupas que tinha levado e não perdido enquanto ficou na rua e as roupas que Antonela lhe deu.

Depois disso caiu no sono, então não sabia que horas eram ao certo, mas pela maneira como se sentia, o sono fora longo e pela janela podia ver que o sol estava se pondo.

Quando a barriga roncou pegou Mousse no colo e saiu do quarto.

Desceu a grande escada e encontrou a cozinha.

Colocou o cãozinho no chão e abriu a geladeira.

— Uau Mousse, quanta coisa.

Ela comemorou e passou o dedo pelo recheio de um bolo que estava ali pela metade.

Fez um sanduíche para si e outro para ele, então sentou-se no chão ao lado dele.

— Enche essa pancinha aí, hein? Você está em fase de crescimento, precisa.

O cão já havia atacado o sanduíche sem pensar no amanhã.

Joana mordeu o seu e olhou para a bancada, perto do micro-ondas tinha uma foto de Alexandre com Merida, parecia recente.

Levantou-se e caminhou até lá, pegou a foto, a garotinha sorria e ele também, como era bonito, pensou.

Balançou a cabeça e deixou a foto de lado.

— Com licença?

Alguém entrou na cozinha, era uma moça mais ou menos da sua idade, não muito alta de cabelo cacheado e sorriso bonito.

— Sou a Raquel, a faxineira, empregada, diarista, tudo isso. Você é a Joana?

— Sim...

— O Alexandre falou de você.

Joana tossiu.

— O que ele disse?

— Que você salvou a vida da filha dele e que será a babá dela, ah, e que vai morar aqui por um tempo. Ele me ligou para que eu te ajudasse em alguma coisa. Parece que ele vai ficar no hospital com Merida.

— Raquel, não quero te incomodar, não se preocupe comigo.

A moça fez um meneio com a mão.

— Não me incomoda. Ei, qual o nome dele?

Pegou o cachorrinho no colo e afagou as orelhas dele, ele não reclamou mesmo quando foi afastado de sua comida.

— Mousse.

— Por quê? — Raquel a olhou.

Joana deu de ombros.

— Sei lá, achei que ficaria legal nele.

— Ficou.

Raquel sorriu e o colocou no chão novamente.

— Raquel...

— Sim.

— A esposa dele morreu?

— Sim, no parto.

— Ela era ruiva?

Raquel sorriu e se apoiou na bancada.

— Aham, como você, mas o cabelo dela era cacheado, como os da filha.

— Você a conheceu?

— Sim e não.

— Não entendi.

— Ela não era do tipo que falava com os empregados, veio de família rica. Aquele tipo específico de rico sabe...

— Que acha que são muita coisa. Melhores que todo mundo.

— Exatamente. Não sei como Alexandre ficou com uma pessoa como ela. Ele é totalmente diferente. Ele é incrível.

Joana ergueu a sobrancelha.

— Eu sei, você pode achar que sou apaixonada, mas quando conhece-lo bem você saberá do que estou falando. Ele é bom, ele é gentil e a filha dele também... É tudo isso. Sério, você vai adorar ficar aqui.

Joana sorriu.

— Tomara, espero que gostem de mim. Não sou tão boa como eles, mas farei de tudo para ser uma ótima babá para aquela garotinha linda.

Raquel assentiu.

— E aí? Quer conhecer o resto da casa?

***

Rafael terminou de fotografar Lorena e ela caminhou até ele, a modelo era alta, magra e de rosto perfeito, tinha cabelos dourados, lisos e olhos verdes, como os de seu irmão gêmeo.

— Como está sua sobrinha?

A estilista perguntou enquanto Lorena se aproximava para ver as fotos

— Eu não sei. Uau, eu fiquei maravilhosa aqui. Não esquece de me m****r, quero mudar todos os meus perfis das redes sociais.

— Merida está ótima. — Raissa respondeu. — A campanha que Lúcia e Rafael fizeram deu super certo. Apareceu uma doadora. Fabíola me contou.

Lorena olhou de forma desagradável para a jovem, detestava quando a tiravam do foco, fora, que estava de saco cheio com aquela história da sobrinha.

Era a irmã gêmea de Alexandre, mas sequer tinham vínculos, ela detestava Merida. Lorena Castro só se importava consigo mesma e ninguém mais.

— Que ótimo. — Comemorou Fernanda, a estilista.

— Tudo bem, é ótimo. Vamos focar aqui no meu ensaio que é mais importante. Acham que o senhor Douglas vai gostar? Está como ele quer?

— Ele falou na última reunião que está em busca de um rosto novo. — Rafael comentou e Lorena virou-se para ele.

— Como é? Eu sou a melhor. Não existe ninguém melhor que eu.

— Ah, baixa a bolinha né querida? — Raissa pediu cruzando os braços.

— Você não se meta garota, você cuida do que aqui mesmo? Da iluminação? Aliás a luz está ficando péssima nas fotos.

— Não é a luz, é a escuridão ao seu redor.

— Ei... — Pediu a chefe da revista, entrando no estúdio. — Consigo ouvir a discussão lá do corredor. O ensaio acabou.

Lorena se aproximou da mulher, alguns anos mais velha que ela, vestindo um lindo vestido vermelho bordô, colado ao corpo e um salto escarpin.

Silvia era linda e por isso Lorena a odiava.

— Que história é essa que o senhor Douglas quer um rosto novo para a revista? Eu sou a melhor modelo que vocês aqui já tiveram.

Silvia virou-se para ela e a encarou daquele jeito que Lorena detestava.

— Realmente, você é a nossa aposta mais alta nesse mercado.

— Que bom que reconhece.

— Mas você precisa entender, que é sempre bom inovar. Não se preocupe com seu lugar, seu trabalho...

Lorena engoliu o veneno dela e sorriu.

— Não me preocupo, eu estou no topo e qualquer uma que chegar aqui vai ter que batalhar muito para chegar aonde estou. Dê uma olhada nas fotos, eu estou perfeita.

Lorena cantarolou e saiu. Silvia suspirou e de forma majestosa voltou para sua sala.

— O ego dessa aí é maior que tudo, nunca vi. — Raíssa comentou fazendo quem sobrou no estúdio, rir.

À noite Joana tomou um banho e trocou de roupa, estava sozinha com Mousse naquela casa.

A casa era tão grande que as vezes lhe batia um medinho de ficar ali.

Raquel fora embora bem à tarde e as duas ficaram horas conversando.

Joana já sabia que ela trabalhava ali, morava com a mãe e a avó e fazia faculdade de pedagogia, Joana não contou muito sobre si, ainda era complicado falar sobre a humilhação que passou.

Depois do banho, vestiu uma legging e uma blusinha de manga longa que Antonela comprou, pegou Mousse no colo e desceu, na sala ligou a grande Tv, mesmo tendo vários canais, deixou no primeiro que achou, tinha uma sequência de desenhos, deitou no sofá e puxou o cachorrinho para os braços.

Alexandre entrou em casa, ouviu o ruído da televisão, no sofá encontrou a ruiva dormindo com o filhotinho enfiado em seu pescoço aconchegado, Alexandre fechou a porta e caminhou até lá, passou desligar a televisão e caminhou até ela, parou perto do sofá, Joana dormia serena e ele esticou a mão para tocar o rosto dela, mas se conteve antes de fazer isso, se repreendendo por sentir aquele desejo de toca-la, não faria por mal, mas isso poderia assusta-la e ele não queria isso.

Queria que ela se sentisse em casa.

Se inclinou um pouco e a cutucou no ombro.

— Joana... Joana...

Ela deu um salto e ele ficou ereto.

— Eu não queria te assustar. Desculpe.

Joana sentou-se.

— Eu ainda não me acostumei a dormir em segurança.

Ela acariciou o pelo de Mousse que se ajeitou onde Joana estava deitava, aproveitando que estava quentinho.

— Já é dia?

Ele sorriu.

— Não. Eu só vim ver como está e descansar um pouquinho. Mamãe e Katy vão ficar com Merida.

— Como ela está?

— Melhor. Estava pulando na cama.

Joana sorriu.

— Quando ela vem para casa?

— Amanhã o médico vai nos dizer. Te acordei para ver se não quer ir para a cama.

Ela franziu a testa.

— Er... Para a cama, lá do seu quarto. Aqui é ruim de dormir.

— Ah, claro. Obrigada.

Joana se levantou e não calculou que ele estava muito perto,  ficaram muito próximos, ao se levantar ela se desequilibrou um pouco e ele a segurou pelos ombros.

— Eu...

Joana não quis olhar para ele, Alexandre afastou suas mãos do ombro dela.

— Vamos descansar, então? — Ela assentiu.— Cada um na sua cama. — Ele falou devagar.

— Eu entendi. — Joana pegou Mousse no colo. — Você pode me levar ao hospital amanhã? Para ver ela?

— Claro. Vou acordar cedo.

— Quer apostar quem acorda mais cedo?

Ela o provocou e  ele cruzou os braços. Sorriu.

— Apostado!

Ele concordou sorrindo animado.

Joana acordou muito cedo, levantou-se, trocou de roupa e desceu até a cozinha, quando entrou, encontrou Alexandre ao lado da cafeteira, quando a viu ele sorriu charmoso.

— Ganhei.

— O certo é bom dia.

Ela falou mau humorada e ele abriu um sorriso maior.

— Ora, ora, temos alguém aqui que não sabe perder.

Ela se apoiou na bancada e o observou, Alexandre estava de calça jeans e uma blusa de manga longa da cor vermelha, o cabelo bem arrumado.

— Você acordou mais cedo como? Eu vim do interior, nesse horário o galo cantava, todo mundo tinha que levantar.

— Bem, esse é o horário que um pai levanta. Daqui meia hora, minha bebê deveria estar indo para a escola.

— Ah, entendi. Fofo o jeito como você a chama de bebê.

Ele sorriu e ela percebeu o que havia dito e como havia dito. Disfarçou e se afastou da bancada.

— O café está quase pronto.

Ele falou, mas ela nada disse, Alexandre a observou por alguns instantes, ela estava de costas agora, isso o deixou curioso, ele não podia imaginar o quanto olhar para ele era difícil para Joana.

O coração da ruiva batia tão forte como se pudesse sair do peito e voar até ele e isso nunca havia acontecido antes, um pouco a assustava, durona como costumava ser, pensava que isso jamais lhe aconteceria, que um homem, aquele ser tão odioso, pudesse lhe fazer sentir tudo aquilo.

— Joana.  

Ele a chamou alguns segundos depois, ela virou-se, evitou olhar para ele e pegou a xícara que ele lhe ofereceu, a melhor coisa de ser baixinha era a vantagem de, se não quiser olhar para alguém, bastava não levantar a cabeça.

Depois do café os dois foram para o hospital, antes Joana deixou um recadinho para Raquel pedindo para a moça cuidar de Mousse.

Merida estava sentada na cama ao lado da avó, a menina vibrou ao ver o pai e a nova babá entrarem no quarto.

— Paizinho. — Ela pulou nos braços dele. — Joaninha. — Se afastou do pai e abraçou a moça. — Nós vamos para a casa. O médico falou para a vovó.

— É verdade mãe? — Alexandre virou-se para Antonela.

— Sim, ele deu alta depois da sua filha dizer que estava bem, ela disse que está ótima.

— Estou. — Merida deu alguns pulos na cama, fez careta quando sentiu uma dor nas costas.

Alexandre a encarou.

— Filha, sente dor?

— É falta dos seus braços.— Ela esticou os bracinhos e os envolveu ao redor do pescoço dele. — Eu quero ir para a casa com você paizinho.

A menina falou manhosa, Antonela afagou a perna da neta.

— Pelo menos o pesadelo acabou.

Joana a observou suspirar, estava tão feliz por salvar a vida de Merida e trazer tranquilidade para essa família que há tão pouco tempo já fazia sentir-se acolhida.

— Mas é claro que você vai ter que se cuidar muito mocinha, nada de subir em escadas e em qualquer outro lugar. Joana vai ficar de olho em você.

A avó a repreendeu. Merida assentiu.

— Está bem, vovozinha.

Em casa, depois do jantar Alexandre ficou encostado na porta do quarto da filha a observando dormir, não queria ficar longe dela, depois de tudo o que aconteceu.

A garota simplesmente se apaixonou pelo cachorrinho de Joana e tinha tagarelado horrores com a moça, já estava certo que as duas se dariam muito bem.

Ele virou-se ao ouvir passos, Joana estava saindo fechando a porta do quarto. Caminhou até lá.

— Oi, quero dizer boa noite.

— Ah, boa noite. Por quê não descansa também? Ela está bem.

— Eu vou descansar... Obrigado.

— Que isso...

Ele se aproximou da porta.

— Não, sério. Obrigado, por me dar a alegria de ter minha filha ao meu lado de novo.

Joana sorriu de canto, ele se inclinou e beijou a testa dela com carinho.

— Boa noite Joana.

— Boa noite Alexandre.

Ele deu a volta e se afastou, Joana fechou a porta sentindo o coração dar piruetas.

***

Quatro noites depois Antonela e o marido Carlos, prepararam uma festa para comemorar a volta e a melhora da neta.

A festa foi na mansão da família e os convidados eram todas as pessoas que gostavam da menina, eram familiares, parentes e amigos de Alexandre e Katiuska.

Fabíola foi com os pais e a irmã, estava incomodada por não poder ter ido até a casa de Alexandre e ir com ele, quando o namorado disse que poderiam se encontrar lá, ela não quis demonstrar seu ciúme pela ruiva, fingiu uma satisfação que não tinha, por dentro estava se corroendo.

Quando ele chegou, todos pararam para saudar Merida com uma salva de palmas, logo os olhares de admiração voltaram-se para a acompanhante deles.

Joana estava linda em um vestido lilás soltinho, sandália da cor nude e os cabelos vermelhos presos em um coque alto, uma maquiagem simples que Raquel havia feito nela. Merida estava de vestido também, com o cabelo volumoso todo solto, o sorriso de orelha a orelha.

— Essa ruiva é linda. Ela tem o rosto que a revista precisa.

Douglas comentou com Sílvia, logo atrás deles estava Lorena, quando a modelo ouviu isso, seu ódio por aquela jovem, que ainda não conhecia, cresceu em uma intensidade sem tamanho.

Ela sabia que aquela jovem ruiva era uma rival e isso era quase como admitir para si mesma que Joana era linda, mais linda que ela.

Mas de uma coisa sabia, ela não roubaria seu lugar. Não ia admitir.

— Oi amor, vem cá.

Fabíola puxou Alexandre pelo braço o afastando de Joana. A loira segurou a mão dele, Alexandre sorriu em sua direção sem perceber as intenções dela.

Antonela cumprimentou a neta e a menina logo se viu no meio das pessoas recebendo carinhos.

Joana se esgueirou para um canto tentando não ser notada, mesmo sendo admirada por várias pessoas, chamava a atenção especialmente da ala masculina.

Quem se aproximou dela antes de todos foi Raissa. A irmã de Fabíola estava curiosa e não perdeu a chance.

— Olá tudo bem? Eu sou a Raissa.

Joana a encarou e sorriu meio sem graça.

— Joana.

— A salvadora da Merida.

— Ah, que isso.

— Sou irmã da Fabíola, com certeza já conhece ela.

Joana olhou em direção à loira, ao lado de Alexandre, eles pareciam um casal apaixonado, isso a incomodava um pouco.

 — Vocês se parecem um pouco.

Joana voltou-se para ela e Raissa arrumou o cabelo para o lado.

— Não muito. Faby é linda, uma diva, eu sou só eu...

Joana balançou a cabeça.

— Gosto mais de você do que dela.

A moça sorriu para a ruiva.

— Bom saber. Vamos ser amigas.

— Eu não costumo ter amigas, mas pode ser legal.

— Vou ser uma amiga maravilhosa, ruivinha, você vai ver. Vem cá, vou te apresentar algumas pessoas.

Ela pegou a mão de Joana e a arrastou pelo meio da casa.

Alexandre sorria para os pais da namorada e para seu pai durante a conversa que ele deixou de prestar atenção quando Joana se moveu entre as pessoas, Joana estava linda e ele ainda não havia superado isso, claro que ele a achava muito bonita, mas arrumada daquela forma, ela era um colírio para seus olhos. Não só para os seus.

Tirou a atenção dela quando Fabíola apertou seu braço notando isso, ele a olhou, mas a moça fingiu uma simpatia forçada para algumas pessoas que se aproximaram deles.

— É bom ver a baixinha assim tão animada.

Comentou a moça ao lado de Alexandre, Fabíola teve que fingir não se incomodar com isso, o pior é que ela não conseguia aceitar e não sentir ciúmes das amigas que Alexandre tinha.

— Nem me fala Lúcia e aliás devo te agradecer por toda a ajuda com essa campanha.

— Graças a Deus, deu tudo certo, depois nos apresente a salvadora dela.

— Olha só, a minha irmã está fazendo isso já. Aproveita e vai lá.

Fabíola falou sorrindo, tentando manter uma calma que ela não tinha mais.

— Claro, eu vou lá.

A loira agradeceu mentalmente quando a moça se afastou. Lúcia era amiga de Alexandre muito antes de Fabíola chegar, mesmo que a outra demonstrasse sempre, que não passava disso, Fabíola a via como uma grande ameaça, era mais forte que ela todo aquele ciúme absurdo que a dominava.

— Tudo bem?

Alexandre perguntou passando a mão pelo cabelo dela de forma carinhosa.

— Claro! Olha como ela está feliz. É um milagre. É assim que temos que ver Merida sempre.

Ambos observaram Merida, ele sorriu.

— Não faz ideia do quanto estou aliviado.

Ela o abraçou.

— Graças a Deus esse pesadelo acabou e agora tudo vai ficar bem.

Ele lhe deu um beijo no topo da cabeça.

Em um canto da casa, Lorena observou Joana e tudo naquela jovem a incomodava, segundos depois alguém chegou ao seu lado.

Ela sorriu para o rapaz.

— Que bom que chegou.

— Falei aos seguranças que era amigo do seu irmão, me deixaram entrar.

— Aquela é a ruiva Iuri.

Lorena apontou  e ele olhou para Joana.

— Que linda.

— Cale a boca. Vou dar um jeito de manda-la para fora, faça tudo o que quiser. Se aproveita.

Ele sorriu.

— Eu adorei... Que pitelzinho.

— Cuide para não ser visto. Depois disso, ela vai desaparecer, tenho certeza.

De forma maléfica, a gêmea do mal, sorriu satisfeita com seus planos.

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