Tiro a roupa laranja e a lingerie beje que dão na cadeia. Mexo no saco onde guardaram minha roupa de dois anos atrás. Pego a lingerie preta que eu estava usando quando eu vim pra cá e visto junto coma calça e a blusa vermelha. Calço meu tênis, que era o único que tinha. Olho no pequeno espelho e digo pra mim mesma: " Você está livre Eve. Livre!"
Saio do banheiro e uma agente estava esperando. Entrego a roupa a ela e vamos saindo. Ela deixa a roupa com uma detenta que era responsável pela recepção. Aqui todo mundo trabalha. Eu ficava na função de passar e dobrar as roupas das detentas. Todos os dias.
Saímos por um portão e estamos na recepção principal. Onde ficamos esperando para a entrada oficial na cela.
- Assina aqui.- ela me dá uma prancheta com alguns papéis.- E nas outras dias também.- ela diz me entregando a caneta. Assino rápido e lhe devolvo. Ela vai até o balcão e pega um pacote.- Seus pertences.
- Obrigada- agradeço e pego o pacote. A segui e saímos no pátio onde damos de cara em um grande portão. A única coisa que me divide da liberdade agora.
- Até mais Carter.- a agente diz.
- Adeus- rebati com ela sorrindo desacreditada. Nunca mais volto. Deus me livre.
- Assim espero.- ela diz e dá as costas. Vou andando até o portão e quando chego o agente abre o portão. Saio de colocando meu pé direito primeiro e logo em seguida ficando totalmente fora do presídio. Escuto o grande portão ser fechado atrás de mim.
Eu tô livre.
Olho pra trás e sorrio pro portão cinza rato.
- Eu tô livre.- falei só pra mim.
Olho pro pacote em minhas mãos e abro. Um anel da minha mãe, um relógio e um cordão. Junto a foto da Jade. Beijo a foto guardando ela no bolso. Coloco o anel e o cordão. O relógio marcava nove da manhã. Pelo menos estava certo. Coloquei ele no pulso e olhei para a estrada. Uma enorme estrada. Deve ser quase 15 km daqui até a cidade. Tem ponto de ônibus mas eu não tenho um tostão. Tenho que ir andando.
Começo a andar na direção da cidade. O sol estava começando a esquentar e não tinha nenhum resquício de sombra.
Alguns minutos andando, ouço barulho de carro e olho pra trás. Ele vinha distante. Pensei em pegar uma carona, mas o meu medo de ser uma Jack estripador é maior então decido não fazer isso.
Não demorou muito pro barulho do carro chegar perto e começar a andar juntamente comigo. Parei e o carro parou também. O vidro do carro foi abaixado revelando um cara loiro de terno.
- Posso ajudar?- perguntei me afastando um pouco. Se algo acontecer talvez eu consiga correr.
- Eve Carter?- ele pergunta e eu franzo minha sobrancelha.
- Quem é você?
- Sou Jonh Sparks. Trabalho para Sebastian Cooper. Vim a mando dele.
- Eu não conheço você, e muito menos ele.- voltei a andar na mesma direção deixando o cara no carro. Ele acelera um pouco e começar a andar perto de mim
- Ele está com a Jade.- paro e o carro para junto. Olho pro cara que continua no banco do motorista.
- O que?- perguntei.
- O senhor Cooper esta com sua irmã. Ele está pedindo sua presença para falar da mesma.- ele diz em tom profissional.
- Como vou saber se você está falando a verdade?
- Desculpe senhorita, mas eu não tenho que lhe provar nada.- ele desce do carro e vai até a porta de trás abrindo.- Por favor.- ele indica pra eu entrar no carro.
- Eu não vou entrar aí.- falei dando um passo pra trás.
- O meu dever é levar a senhorita até o Senhor Cooper. Com sua permissão ou não.- ele diz sério ainda com a mão na porta.
- Você não é nem doido.- voltei a andar deixando ele lá.
- Senhorita Carter...
- Eu não vou entrar na porra dessa carro e foda se.- continuei andando. Não ouvi o carro vindo atrás de mim. Presumi que ele tinha desistido, mas foi engano.
Quando menos espero ele me pega e me coloca em seus ombros. Solto um grito pelo susto.
- Me solta.- grito e me debato.- Seu merda.- começo começo dar soco nas suas costas. Ele começa a andar na direção oposta que eu estava indo.
- Preciso aparecer lá com a senhorita. Sinto muito.
- Eu juro que eu vou dar um soco na sua cara seu babaca.- Eu grito ainda me debatendo. Ele me solta solta vejo que estamos em frente ao carro novamente.
- Agora pode fazer o favor de entrar no carro senhorita Carter?- ele ajeita seu terno voltando a sua posição profissional.- Achei que se importa com sua irmã.
- E me importo. Você não sabe de nada- ajeitei minha blusa desviando meu olhar dele.
- Então venha comigo. Ela está animada para lhe ver.- o olhei.
- Ela sabe que eu fui presa?- perguntei assustada. Por mim Jade nunca saberia.
- Não. Ela acha que você precisou viajar para trabalho. E que agora é voltando.- desviei meu olhar pra estrada. Será que não vou ter paz nessa vida? Nunca.
- Se você tentar alguma coisa...
- O senhor Cooper me mata. Tenho família e filhos senhorita Carter. Não pretendo morrer agora.- ele sorriu sem mostrar os dentes. Suspirei fundo chegando perto da porta.
- Eu sou perigosa!- falei fazendo cara de mal. O que eu acho que não deu muito certo pois ele sorriu.
- Não duvido.- ele respondeu. Entrei no carro e ele fechou a porta entrando logo em seguida no lugar do motorista.
Que seja apenas a verdade.
Já fazia meio hora que estava no banco desse carro. Com certeza o banco era muito mais confortável que a cama que eu dormi por dois anos.Passamos pelo centro de Nova york indo em direção a Tribeca, uns dos bairros nobre de NY. O carro parou em frente um portão branco que não demorou muito para abrir, e ele fez o carro andar pra dentro do propriedade enorme. Daria uma cidade inteira ali dentro.Depois de uma estrada de alguns metros chegamos, na entrada da casa. Com certeza isso era algum acampamento que foi transformando em casa. Coloco a mão na porta para abrir mas Jonh é mais rápido.- Eu tenho mãos.- falei descendo do carro.- E eu tenho um dever.- ele fechou a porta e me deu as costas indo em direção a casa.- Me acompanhe senhorita Carter.- Meu nome é Eve.- falei contra gosto. Não gosto quando me chamam pelo sobrenome. Me lembra a prisão e isso é a última coisa que quero lembrar agora.Ele continuou andando e abriu a porta e esperou eu
Não demorou muito eu terminei sozinha a bandeja. Minha barriga agora estava sossegada e cheia. Encostei minha costas na poltrona relaxando.- Melhor?- Sebastian me olhou e segui meus olhos para ele. Não respondi sua pergunta e ele continuou.- Como eu disse, quero entregar a guarda de Jade pra você mas quero uma coisa em troca.- Já disse isso.- falei sem paciência.- Casamento.- Como?- o olhei confusa.- Quer eu esteja no seu casamento?- Exatamente. - suspirei aliviada. Achei que essa cara queria casar comigo.- Tudo bem- sorri- Eu assino como testemunha se você quiser. Aí depois disso você me dá a guarda da Jade né?- ele franziu a testa confuso.- Não quero que seja minha testemunha. Quero que seja a noiva.- ele disse sério sem tirar seus olhos de mim. Fiquei o encarando por alguns segundos. Ele realmente me pediu em casamento.- Está me pedindo em casamento?- Ei ainda estava perplexa. Essa cara tá de brincadeira?-
EveQuando eu sai da prisão, eu pensei na liberdade que finalmente eu teria, mesmo não sabendo pra onde eu iria. Agora estou em uma casa exageradamente grande, com um cara que me ameaçou se eu não casar e sem a Jade. Tô me perguntando tanto onde foi que enviei minha carroça.Olho novamente pra direção da escada, mas nada do Sabastian. Depois da nossa conversa, se é que posso chamar assim, ele praticamente me expulsou de seu escritório fazendo eu ter que esperar ele até agora. Creio que faz um pouco mais de 1 hora.Me afundo no sofá intediada. Seria bom se eu tirasse um cochilo nesse sofá enorme. Sim. Acho que vou fazer isso. Fecho meus olhos, e fico em um posição que seja confortável o bastante. Respiro fundo relaxando meu corpo. Tentando deixar minha mente vazia.Quando estou quase tento um relaxamento completo, ouço vozes masculinas vindo da entrada de casa. Abro um dos meus olhos e vejo Jonh e um outro rapaz um pouco mais alto que ele. Eles estão sérios co
SebatianFico parado no corredor por alguns segundos. Minha mente vaga se eu realmente precisava fazer isso. Eu não precisa de eu ex presidiária como minha futura esposa. Eu posso ter qualquer uma. Qualquer outra mulher.Mas eu sempre fui do contra. Não seria agora que eu faria diferente.Desci as escadas, e escutei mais vozes, e deduzi que todos estavam aí. Entro na cozinha interrompendo a conversa. Anthony, Lizze e Chris estão sentados na mesa.- Não precisa acabar a conversa.- fui até a geladeira e peguei um litros d'água.- Estávamos falando mal de você. - Anthony fala tentando não sorri.- Por isso o motivo de parar a conversa.- Idiota- Lizzie deu um tapa no braço de Anthony sorrindo. Não dei muita atenção. Digamos que ele seja o palhaço da turma. Um grande amigo, mas não deixa de ser o palhaço. Coloco um po
EveEu passei horas no chuveiro grande e quente. Sozinha. Só eu e os meus pensamentos.Pensamentos que rondavam entre Jade, minha mãe, Sebastian, a minha vida... Meu pai... Tantas coisas que poderiam ser evitadas e não foram.No final de tudo não vi a hora passar. Fiz tudo o que eu não fazia antes com tranquilidade. Lavei o cabelo, me ensaboei sem precisar me apressar. Me sequei e coloquei um short e uma blusa que encontrei ali mesmo no guarda roupa. O que fez meu cérebro pensar ainda mais, como ele sabia o meu tamanho para ter roupas que caberiam perfeitamente em mim.Resolvi descer para o andar de baixo, mas ao ouvir vozes misturadas com a do Chris e Sebastian, preferi voltar no mesmo instante. Não quero ter que conhecer mais gente.Voltando para o "meu" quarto, lembrei que Sebastian tinha dito que o quarto do lado direito era o da Jade. Então eu decidi entrar para ver. Abri a porta dando de cara com
EveNinguém quer que no dia do seu casamento, no momento em que o padre fale o tal do " fale agora ou cale se para sempre", alguém realmente levantar a mão estragando assim, o dia perfeito planejado.Mas eu queria. Eu não planejei. Não era o que eu queria. Estava totalmente fora de qualquer plano que estava em uma folha jogada em baixo do colchão fino da cela. Meu intuito seria pegar a Jade, e depois... Na verdade eu não sei o que eu faria depois. Quem sabe?O reflexo no espelho, me deixa assustada. Os cabelos castanhos liso jogados no ombro, com maquiagem, e um vestido branco curto, mas não o suficiente para mostrar toda a minha coxa. Eu estaria satisfeita com tudo isso, se eu não tivesse que ir pra um casamento não planejado e indesejado. Não posso simplesmente abortar isso.- Não fica assim.- olho pelo espelho o reflexo da loira sentada na minha cama. Ela estava casando de passar o batom em sua boc
Anthony estaciona em frente do cartório. Consigo ver Sebatian na porta impaciente. Chris é o primeiro a sair e depois nos saímos. Peguei na mão da Jade e fomos até o Sebastian.- Vamos que ainda temos que pegar o voo.- ele fala olhando pra mim e entra no cartório. Arrogante. Lizzie pega Jade e sigo junto com Chris e Anthony para dentro do cartório. Eles serão nossas testemunhas. Lizzie disse que não participaria dessa tramoia. Até hoje tento entender a tramoia. Ela mesma disse que é só um casamento.Entramos em uma sala de cerimônia e um juiz de paz nos esperava. Sebastian pega na minha mão, e me leva pra frente onde estava o juiz que estava distraído olhando umas papelada.- Pronta?- Sebastian me pergunta.- Não é como se estivesse escolha.- respondi a contra gosto.- Sorria e finja paixão. Nos amamos e é isso que temos que demonstrar.- ele se aproxima ne dando um beijo no rosto.- Só diga sim
SebastianQuase 18 horas dentro da droga de um avião. Eu odeio estar dentro de um, mas era para um bem maior então eu teria que aguentar.Anthony ainda me paga por ter escolhido um lugar tão longe de Nova york, sem ter a necessidade.Tiro meus olhos da pequena a janela e olho para Eve que estava a minha frente dormindo. Seus cabelos estavam caídos sobre metade do seu rosto. Ela ainda estava com o mesmo vestido de quando nos casamos. Era de longe uma visão bonita.Eve tinha seus encantos tenho que admitir. Não podia fala que ela era feia, pois não era. Sua semelhança com a Jade é vista de longe. A única coisa de diferente era os olhos, que da Eve eram mais claros." senhores passageiros, peço que coloquem seus cintos pois vamos aterrisar."A aeromoça anuncia e eu toco na perna de Eve. Ela se mexe e passa a mão