Proposta

Já fazia meio hora que estava no banco desse carro. Com certeza o banco era muito mais confortável que a cama que eu dormi por dois anos.

Passamos pelo centro de Nova york indo em direção a Tribeca, uns dos bairros nobre de NY. O carro parou em frente um portão branco que não demorou muito para abrir, e ele fez o carro andar pra dentro do propriedade enorme. Daria uma cidade inteira ali dentro. 

Depois de uma estrada de alguns metros chegamos, na entrada da casa. Com certeza isso era algum acampamento que foi transformando em casa. Coloco a mão na porta para abrir mas Jonh é mais rápido.

- Eu tenho mãos.- falei descendo do carro.

- E eu tenho um dever.- ele fechou a porta e me deu as costas indo em direção a casa.- Me acompanhe senhorita Carter.

- Meu nome é Eve.- falei contra gosto. Não gosto quando me chamam pelo sobrenome. Me lembra a prisão e isso é a última coisa que quero lembrar agora.

Ele continuou andando e abriu a porta e esperou eu passar. Dei de cara com uma sala enorme, com uma escada larga. Tudo é cor de areia. O chão mais limpo que a minha cara. A conclusão que essa casa era a típica casa do cara rico esnobe. 

- Espere aqui, pode se sentar. Vou avisar ao senhor Cooper que você está aqui.- Jonh me deixa ali mesmo e vai subindo as escadas e vira a direita. Vou até o sofá e me jogo no sofá.

- Caramba- passei a mão no sofá sentindo a maciez. Será que tudo tem que ser tão confortável. Deitei sobre o sofá. Parece nuvem de tão bom. Dormiria aqui como um bebê recém nascido. 

Escuro passos e levanto rápido me sentando no sofá ereta e cruzu minha pernas olhando para frente seria.

- Senhorita Carter, venha comigo por favor.- John diz atrás de mim e me levanto olhando em sua direção e caminho onde ele está e começamos a subir a escada e viramos a direita. Tinha várias portas brancas parecendo um hospital. Ou iml. Paramos na marrom de duas portas no final do corredor. Na esquerda ainda tinha uma escada pro terceiro andar da casa.

John abre a porta, ficando parado na mesma fazendo um sinal para eu entrar. Passo na sua frente entrando pela porta dando de cara com o que eu presumo que seja o tal Sebastian Cooper. 

Com camisa social preta aberta até o segundo botão, seu rosto concentrado seja lá o que ele estava vendo no computador que estava em cima da mesa. Ele não olhou pra mim apenas continuou fazendo o que estava. Olho pra trás e a porta já estava fechado, ou seja, só estava eu e o tal CEO. 

- Sente-se Carter- meu coração da uma pulo com a voz grossa, já que a sala um silêncio total. Disfarço o pequeno infarto que eu tive e me sento na poltrona que estava na frente da sua mesa. Ele tira os olhos da tela e me olha e encosta as costas na cadeira cruzando suas mãos na barriga.- Muito prazer em finalmente lhe conhecer Carter.

- Legal- respondi.- Cadê a Jade?- perguntei sendo direta olhando em seus olhos azuis. Ele deu um pequeno sorriso e voltou a postura que estava antes.

- Direta... Gosto disso.- ele passou a mão no cabelo sem desviar os olhos. O que esse cara está fazendo?- Bom, eu te trouxe aqui para te fazer uma proposta.

- E o que seria?- cruzei meus braços me ajeitando na poltrona.

- Quero te devolver a guarda da Jade.- ele disse tranquilo.

- Está falando sério?- permaneci na mesma posição.

- Eu sempre falo sério.- ele colocou os cotovelos na mesa apoiando seu queixo na mão.- Mas tem preço.

- Eu faço qualquer coisa. Qualquer coisa.- Eu disse rápido. Eu faria qualquer coisa pra ter a minha Jade de volta.

- Qualquer coisa é algo muito amplo não acha?- ele fala com um sorriso presunçoso no rosto.

- Por isso eu disse qualquer coisa. 

- Certo.- ele olhou pra o computador e depois voltou o olhar pra mim.- Está com fome?

- Não.- junto com minha negação, minha barriga resolve falar por si só soltando um ronco alto. Barriga m*****a. Olho para Sebastian que tinha as sobrancelhas erguidas, desviei meu olhar pra uma janela que tinha do outro lado.

Pelo meu olhar periférico, vi ele digitar algo no celular e voltou a sua posição de olhar o computador. 

- Jade está animada pra te ver.- o olhei ainda enburada.- Eu falei que você chegaria de viajem hoje.- ele ainda mantinha seu olhar na tela enquanto falava.

- Quando ela chega?- perguntei voltando meu olhar para a janela.

- Uma da tarde. Depois disso ela tem aula de piano e balé.- ele sorriu.- A Jade é uma boa menina. Vai se orgulhar dela.- não pude deixar de sorrir enquanto ele falava de Jade. Se ele soubesse que eu já tinha orgulho dela desde que nasceu.

- Tenho certeza que sim.- falei baixo sem olhar para ele. A porta atrás de mim é aberta e logo na minha visão aparece uma senhora com uma bandeja na mão.

- Obrigado Graça.- a senhora sorriu e olhou pra mim sorrindo também e saiu da sala. Ele mexe na bandeira e olha pra mim.- Vai, come.

- Já disse que não estou com fome.- o cheiro de café passou pelo meu nariz e meu estômago roncou novamente. Mas que droga barriga, cala a boca.

- Você está péssima e quero que a Jade veja que está bem. Então se não quiser que eu enfie essa droga de torrada na sua boca, sugiro que coma por vontade própria.- ele sorriu e jogou suas costas na cadeira. O olhei e ele ainda está me encarando. Ele não teria coragem teria? 

Pego a xícara e olho dentro. Como suspeitei, café. Dou uma golada e fecho meus olhos. O gosto de café fresco invade minha boca fazendo. Pego a torrada e como como uma desesperada. De todas as coisas banais que estava com saudade, comer comida era era uma delas. Olhei para Sebastian para ver se ele ainda estava me observando e ainda bem que não. Ele tinha voltado sua atenção para qualquer coisa que já estava fazendo no seu computador.

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