17

Enquanto minha mãe e a senhorita Herlinda organizavam tudo para o casamento que seria em um par de dias, eu passava meu tempo trancada no quarto, imersa em tristeza. Não tinha vontade nem de comer; queria gritar tudo o que sentia, o nó na garganta crescia cada vez mais.

Sentei-me na cama assim que ouvi a porta do meu quarto se abrir.

— Oi — cumprimentou meu pai.

Eu não respondi e deitei-me novamente na cama.

— Me perdoa por te vender como um pedaço de carne, isso dói na minha alma, estou te obrigando a fazer isso, mas você é a única que pode nos ajudar, e com essa união, resolverá todos os nossos problemas — ele disse.

Uma lágrima escorreu pelo meu olho.

— Se isso é tudo, por favor, saia do meu quarto — pedi.

Deitei-me de lado para não vê-lo.

— Sinto muito, Luisana, mas sei que o duque te fará feliz, ele é um bom homem — disse.

Sentei-me rapidamente na cama e o encarei.

— Como você sabe, se nem o conhece? — perguntei.

Meu pai baixou a cabeça imediatamente.

— Mas não se preocupe, pai,
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