39

Os meses passaram e minha barriga cresceu de maneira muito exagerada. Minha sogra brincava dizendo que talvez fossem dois bebês, mas eu sabia que era apenas um; podia sentir isso, meu instinto materno me dizia que era um bebê.

— Como vamos chamá-lo? — perguntei a Samuel naquela manhã enquanto tomávamos café no jardim.

— Não sei, aceitarei o nome que você mais gostar — respondeu.

Fiz um bico, amava Samuel, mas essas respostas me irritavam muito.

— Só sugira um nome, quero chamá-lo de alguma maneira — pedi.

Samuel assentiu com a cabeça.

— Se for menina, Luisana, e se for menino, Samuel — disse ele.

Olhei para ele irritada.

— Melhor eu cuidar dos nomes — disse já resignada.

Samuel sorriu sobre sua xícara de café e assentiu com a cabeça.

— Você é horrível! — disse irritada.

— Desculpe, mas sou ruim para isso. Estarei bem com qualquer nome que você escolher — disse ele.

Assenti com a cabeça, resignada. Com Samuel, falar dessas coisas era uma perda de tempo.

— Amor, hoje chegarei mais tarde
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