Querido ou querida leitora, é importante prestar alguns esclarecimentos sobre a história que acabou de ler.
O primeiro refere-se ao fato de não ser uma obra inédita. Na verdade, a história de Carol e Alexandre já foi contada e publicada em dois outros livros, ambos com edições físicas, no entanto com títulos diferentes.
Meu primeiro livro se chamava Amor de Cordel e narrava a trama de O ÊXTASE DE UMA PAIXÃO sob o ponto de vista apenas de Carol, ele foi lançado em 2016 e na internet há diversas resenhas sobre ele.
É importante relatar também que a história contada em Amor de Cordel tinha pontos bastante diferentes da primeira parte desse e-book, pois no livro físico não há descrições explícitas dos momentos a dois como há na versão digi
Saí do salão de beleza me sentindo linda! Eu não tinha mais vinte anos, na verdade estava perto dos quarenta, ainda assim eu estava bonita. Mas não era apenas o meu novo corte de cabelo ou a cor chocolate que os fios tinham agora que me deixavam segura, era sim minha nova vida. Meu novo recomeço. Eu tinha sofrido muito, precisamente há cinco meses atrás, quando Miguel, o homem com o qual eu vivi por quatorze anos me pediu o divórcio. Naquele momento achei que fosse desmoronar, morrer, mas não, eu sobrevivi, me reergui. Aceitei o fim do meu casamento, me mudei de casa, fiz novas amizades e realizei um antigo sonho, me matriculei num curso de balé. Por tudo isso estava feliz, eu tinha todos os motivos para estar. Era uma terapeuta bem sucedida, respeitada pelos colegas e pacientes, me sustentava sozinha, sem precisar recorrer a ajuda financeira de ninguém, minha família esta
Olhei-me no espelho do carro rapidamente, apenas para ajeitar o cabelo, mas constatei que estava ótimo! O corte e tintura da véspera ainda permaneciam impecáveis. Então saí levando minha bolsa e jaleco, aproximei-me do segurança da clínica e ouvi. - Dra. Carolina, a senhora está muito bonita, quase não reconheci. - Obrigada Valmir. Respondi sorrindo ao passar pelo homem e entrei na elegante mansão. Avistei Bartô em sua mesa, ele também me viu e disse: - Ei, aonde você pensa que vai? Não te conheço, quem atende aqui é a Carol, minha amiga TO! - A sua amiga Carol me mandou no lugar dela hoje, posso ficar? – Indaguei descontraidamente enquanto o recepcionista me inspecionava da cabeça aos pés. - ARRASOU! Bartô falou ao mesmo tempo em que levantava a palma da mão no ar para me parabenizar. Eu retribuí o cumprimento, lhe dei um beijo e após pegar minha agenda de atendimentos dirigi-me
2- Caso Novo Minha quinta-feira foi frenética! Tive vários pacientes complicados no hospital no período da manhã, uma reunião com um fisioterapeuta que me fez sair atrasada do meu emprego matutino e chegar trinta minutos depois do meu horário de entrada na clínica de ortopedia. Por sorte, meu primeiro paciente agendado tinha faltado e com isso consegui desacelerar um pouco, mas fiquei sem almoço e apenas as quatro da tarde consegui comer um lanche na copa. - Se reabastecendo Carol? – Escutei Luiz, o outro TO da clínica perguntar. - Sim, não tive tempo de almoçar hoje, meu dia foi uma loucura. - Sei bem como é! As vezes não dá tempo nem de respirar! - Verdade! Por isso estou louca pra ir embora, preciso descansar. - Ainda tem paciente hoje? - Sim, se n&atild
Entrei no meu apartamento as sete da noite, estava cansada, tinha dirigido por quatro horas seguidas, mesmo assim estava feliz, afinal tinha acabado de voltar do interior, da casa dos meus pais. Graças a Deus ambos estavam bem, dona Carmem e seu Valter tinham sim alguns probleminhas de saúde, mas nada que fosse preocupante, mesmo meu pai que tinha artrite estava vivendo bem. Assim como Camila, minha querida irmã caçula e seu lindo filho, Tiago, que tinha adorado a festa que a mãe preparara para o seu aniversário de três anos. Por isso eu sorri, mas ainda que estivesse bem, torci o nariz ao lembrar do meu novo paciente da clínica de ortopedia. Infelizmente eu tinha pensado nele com frequência durante o final de semana, mesmo ajudando minha irmã a preparar as coisas para a festa de Tiago, volta e meia me pegava pensando no rapaz. Ficava imaginando o que ele estaria fazendo, se estava com sua famíl
Eu devo estar sonhando, eu só posso estar sonhando. Se não como explicar que estou na clínica sozinha com Alexandre? Nós estamos na minha sala e ele está mais lindo do que nunca, conversando comigo e brincando com meus dedos numa atitude muito íntima e descontraída. Não consigo entender o que ele está dizendo, mas a sensação de conforto é imensa cada vez que ele acaricia a minha pele. De repente, ele para de falar, me encara por um instante e vem na minha direção. Seus lábios estão a centímetros dos meus e quando eu penso em protestar, o celular toca. Abri os olhos e constatei que realmente estava dormindo. E o pior, sonhando com meu novo paciente! Olhei o relógio, faltavam quinze minutos para as seis da manhã de sexta-feira. A semana tinha passado tão depressa que nem sequer me dera conta disso. Levantei, tomei banho
Você não fez nada de errado Carol. Eram essas as palavras que eu vinha dizendo para mim mesma desde que acordei na segunda de manhã até agora, mas não estava surtindo muito efeito, pois cada vez que recordava meu momento libidinoso na madrugada de domingo me sentia constrangida. - Como eu pude me deixar levar daquele jeito? - Indaguei-me num tom de voz baixo enquanto caminhava até a recepção da clínica de ortopedia para saber se meu paciente mais complicado tinha chegado. Talvez ele não tenha vindo, afinal estou atrasada e se Alexandre já tivesse chegado com certeza Bartô teria ligado para me avisar. Foi o que imaginei quando cheguei a recepção e não encontrei Alexandre, respirei aliviada, porém ouvi. - Carol, o Alexandre está no toalete. Bartô avisou-me destruindo m
Na quarta-feira à noite encontrei Fernanda no balé. Nós não tínhamos nos visto desde o churrasco porque minha amiga não tinha ido a aula na segunda-feira, porém, quando a professora nos dispensou Fernanda correu na minha direção. - O John me pediu o seu telefone. Posso dar? Arregalei os olhos, sabia que o cara tinha se interessado, mas não imaginava que chegaria a esse ponto. - Ele falou sobre mim? - E como! Ontem fui a um coquetel oferecido pela agência de publicidade dele e quando John teve uma folga fez questão de conversar comigo sobre você. Disse que te achou linda e muito simpática, por isso queria voltar a te ver, então o que me diz? Posso passar seu número? Ponderei por alguns instantes e ao lembrar de Alexandre me senti confusa, porque mesmo eu não podendo ficar com ele, também n&ati
Na quinta-feira antes de sair para o trabalho pensei em bater à porta do meu vizinho para ver como estava, porém, não eram nem seis e meia e achei inapropriada a visita, afinal, até o infeliz episódio da véspera eu conversara pouco com Lucas e Gustavo, na verdade, apenas em duas ocasiões falamos por alguns minutos. A primeira vez no segundo dia após a minha mudança, quando saí para fazer compras e voltei com algumas sacolas pesadas. Lembro-me que ao entrar no elevador eles já estavam e ao me verem com os pacotes me ajudaram. Foi naquele dia que soubemos que éramos vizinhos. Já o outro encontro foi apenas com Lucas, por coincidência na academia de ginástica, contudo o momento foi breve e desde então eventualmente os via quando estava chegando ou saindo para ir trabalhar. De qualquer modo tinha simpatizado com o casal e mais uma vez lamentei o que tinha acontecido com Lucas.<