15 - Dor

Por mais que eu tivesse visto meu pai no caixão eu ainda não conseguia acreditar que ele estava morto. Não era a noite velando seu corpo que me mostrava que aquilo era real, nem as pessoas que me cumprimentavam solidariamente no velório, ou minha tia chorando de maneira contida num canto da sala, nada disso me mostrava que meu pai estava morto. O que me fazia entender o fato, mas não acreditar nele, era a dor que eu sentia. A mesma que eu vivi anos atrás quando perdi minha mãe, a dor que eu não queria sentir agora, mas que me agonizava se espalhando pelo meu peito. Sequei o rosto com palma da mão e de repente ouvi.

  - Você quer comer alguma coisa?

  Acenei em negação, mas minha prima insistiu.

  - Alexandre, você não comeu nada a noite inteira e até agora não o vi nem beber água, precisa se alimentar, logo seu pai será sepul

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