POV Linnea A expressão de Kael, sua voz, tomada de devoção, fez todo o meu corpo tremer de desejo por ele. A macies de seus lábios quentes sobre os meus, sua mão protetora sobre o meu ventre. Cada palavra que Kael proferia fazia meu coração se apertar, um misto de felicidade e culpa. Por mais que eu desejasse contar que ele era o pai daquela criança, uma voz dizia que ainda não era o momento certo. Apertei ainda mais meus braços ao redor de seu pescoço, desejando nunca mais me separar dele. Kael enterrou seu rosto na curva do meu pescoço, sua respiração longa e hálito quente fazendo cócegas na minha pele, que se arrepiava em resposta. Arrastei minhas mãos pelos seus cabelos macios, sentindo o perfume apimentado que enlouquecia minha mente. Seu corpo estava tão quente, parecendo febril. Me afastei, pousando minha palma em sua testa. Kael fechou os olhos, suas mãos apertando minha cintura de forma possessiva, seus dedos se enterrando em minha carne. ― Você está quente, Kael. ― Disse
POV Linnea Abrindo mais minhas pernas, Kael se abaixou, sua longa língua para fora e seus olhos presos aos meus. O toque macio e quente no meu ponto mais sensível, sobre o tecido suave da minha calcinha, me fez arquear as costas. A ponta da Língua de Kael desceu até a minha entrada, fazendo pressão e provocando. Agarrei em seus cabelos, desesperada por seu toque, os gemidos altos saindo por meus lábios com sofreguidão― Esse sabor é viciante. ― Kael disse com a voz rouca. Seu dedo enlaçou minha calcinha, a puxando para o lado.Passando a língua por seus lábios, com os olhos brilhando com reflexos azuis, Kael arrastou seu polegar pela minha fenda. Os sons úmidos se mesclando aos meus gemidos de prazer. Meus quadris balançavam, seguindo o ritmo ditado pelos dedos de Kael. A intensidade de seu toque, como sua mão apertava minha coxa, a mantendo aberta para que ele pudesse me ver, completamente exposta e vulnerável. Tudo aquilo fazia meu coração disparar e a marca em meu corpo cardes cad
POV AlaricAs notícias que chegavam da alcateia Silentmoon apenas me deixavam mais irritado. Kael estava conseguindo se manter, a loucura parecia sob controle, o que não ajudava em nada os meus planos. Eu havia perdido minha alcateia, fui forçado a viver escondido nas sombras de São Francisco e contratando errantes para fazer o trabalho sujo. Precisava resolver aquilo, precisava encontrar uma brecha o mais rápido possível.Gideon apareceu, vários papéis em sua mão. O beta apenas sentou na mesa onde eu estava, ignorando a minha presença ali. Soquei a madeira com força, rachando o móvel, mas Gideon apenas moveu seus olhos na minha direção. A arrogância daquele lobo velho já vinha me irritando a muito tempo, teria de colocá-lo em seu lugar. Com calma, o lobo colocou os papeis sobre a mesa e os empurrou na minha direção. Ao ver as fotografias de Linnea ao lado de Kael, meu sangue ferveu na mesma hora. Lancei tudo ao chão, rosnando em fúria.― Por isso achei que não seria bom te mostrar,
POV Linnea Após vários dias trancada em um quarto com Kael, Patricia conseguiu convencê-lo de que eu precisava de sol e caminhar, que faria bem para o bebê. Kael havia se tornado superprotetor, sua mão sempre sobre a minha bariga quando alguém se aproximava. Também não me sentia segura em sair para caminhar, não depois do que tinha acontecido com Rute. Com muito carinho, Patricia escolheu um vestido leve, pensando que minha bariga, que já estava crescendo, poderia ficar apertada em alguma calça. Kael não saia de perto enquanto nos preparávamos para sair, seus olhos atentos em cada movimento meu. Quando peguei minha bolsa, ele a tirou da minha mão, chamando minha atenção. ― Não saia de perto da Patricia e, se acontecer qualquer coisa, se sentir algo ou perceber alguém estranho, me ligue e volte imediatamente. ― O tom autoritário de Kael, não parecia combinar com suas palavras de preocupação, na verdade, aos meus olhos, ele parecia adorável. Fiquei na ponta dos meus pés e depositei u
POV Linnea Gritos, sirenes, vozes por toda a minha volta. Alguém me puxou pelos braços, fazendo todo o meu corpo doer. Gemi, quando fui colocada sobre algo duro, tentei abrir meus olhos, mas minha cabeça doía muito. Uma pontada na minha barriga me despertou por completo, algo quente escorrendo pelas minhas pernas. O pânico cresceu no meu peito, mas eu não conseguia erguer as minhas mãos para apoiar a minha barriga. ― Meu bebê… ― Disse com a voz chorosa, minha garganta arranhando. Tossi, sentindo o cheiro forte de fumaça. ― Por favor, meu bebê. ― Voltei a implorar a qualquer um que pudesse estar perto. Fui erguida novamente, gritos de dor escapando dos meus lábios junto as lágrimas. Minha perna esquerda era o que mais doía no meu corpo, concluí que ela estava quebrada. Mais gritos soaram ao longe, parecia a voz de Patrícia. Ergui a cabeça, forçando meus olhos a se abrirem e vi a mulher deitada no chão, ainda com o carro sobre seu corpo. Sua mão estendida na minha direção enquanto
POV Linnea Estava escuro, apenas os sons dos equipamentos conectados a mim preenchia o ar. Me levantei com cuidado, indo até onde minhas roupas haviam sido deixadas. Com cuidado, mexi nos bolsos até encontrar um pedaço de papel. A letra cursiva, profundamente marcada no papel, me deixou desconfortável. O cheiro das ervas estava mais fraco, mas era o mesmo do local do acidente. “Venha me ver quando a lua sangrar. Apenas as árvores serão testemunhas do nosso amor.” Aquele homem estava completamente louco. Talvez todos estivessem tão preocupados com meu estado de saúde que não notaram o papel, mas se Kael o tivesse encontrado, hoje estaríamos vendo no noticiário a morte de Torin Kairos. Rasguei o papel e o joguei no fundo da lixeira, cobrindo com outros papéis, então voltei para cama. Naquele momento, a única coisa em que deveria me preocupar era me recuperar o mais rápido possível, pelo bem do meu bebê. Uma grande comoção me acordou cedo na manhã seguinte. Uma gritaria do lado de f
POV Linnea O lugar era muito mais afastado do que eu pensava. Com cuidado, caminhamos por entre as árvores e pedras, parando de tempos em tempos para que eu não ficasse cansada. O ancião foi muito gentil, até se ofereceu para me carregar o restante do caminho, mas eu recusei. Seria muito constrangedor ser carregada por alguém que não fosse o Kael. Caminhamos por cerca de vinte minutos, até a entrada de uma caverna. Dois lobos montavam guarda, atentos a todos os movimentos. Quando nos notaram, ergueram suas orelhas e se colocaram em posição de ataque, mas relaxaram ao verem o ancião, baixando suas cabeças. ― Queremos ver a prisioneira, Rute La’Cost. ― A voz firme e cheia de autoridade do ancião parecia ecoar por toda a floresta. Os lobos apenas baixaram suas cabeças e abriram caminho para que passássemos. A caverna era muito escura, não havia iluminação suficiente para ver onde eu estava pisando, o que me fez caminhar apoiando minha mão na parede e tateando com o pé a minha frente.
POV Kael Saí do hospital e dispensei o carro, eu precisava correr, precisava libertar o meu lobo antes que a sede de sangue ficasse ainda mais forte. Aquele filho da puta se atreveu a tocar na minha mulher, pondo a vida dela e do bebê em risco apenas para sua diversão doentia. Tirei minhas roupas enquanto entrava mais e mais fundo na floresta, sentindo a terra sob meus pés, meu corpo começou a tremer. Os pelos brancos crescendo enquanto meus músculos mudaram, meus ossos estalando e modificando, tomando a forma do grande lobo branco. Farejei por um momento, encontrando os vestígios do locar do acidente e corri naquela direção. O carro já havia sido retirado do locar, tudo parecia limpo e normal aos olhos dos humanos, mas eu podia sentir o suave aroma de lavanda e outras ervas aromáticas. Uma bruxa que não tinha nenhum poder, só se valia de suas ervas, o que se tornou sua maior fraqueza. Corri pela floresta, voltando para a cidade e entrando pela porta dos fundos do prédio da minerado