Olá todos! Sei que estou em dívida com vocês, mas, como sabem, estou passando por problemas de saúde e terei de fazer uma cirurgia. Alguns dias são melhores que outros, mas eu prometo que, mesmo demorando um pouco, eu jamais vou abandonar esse livro. Obrigada por todo o apoio e compreensão de todos.
POV Kael― Nos atacar só vai chamar atenção desnecessária, Kael. ― Gideon tentava manter um tom neutro em sua voz enquanto se movia, tentando me afastar daquele humano imprestável.― E quem disse que eu me importo com essa merda? ― Rosnei, expandindo meu poder e o fazendo recuar.― Você não se importa, mas e aquela mulher? Está tudo bem a envolver nas suas merdas? ― Rosnei alto, saltando para cima de Gideon e o segurando pelo pescoço.― Não fale dela com sua boca imunda, traidor. ― Gideon se debatia em minhas mãos, lutando por sua vida miserável, quando um estalo alto, seguido por um impacto forte em meu ombro, me fez soltá-lo.Virei e vi Torin Kairos com uma arma em suas mãos, rindo de forma histérica com o rosto contorcido. Lobisomens não eram a prova de balas, mas aquelas coisinhas não nos matavam com tanta facilidade como fazia com os humanos. Soltei Gideon e me virei para Torin, que apontada aquele brinquedo na minha direção, como se fosse capaz de me assustar. Agarrei o cano da
POV Kael― Já chega, Gideon. Já é o suficiente. ― Torin gritou de uma porta. Ri de suas palavras, apertando minhas mãos na garganta de Gideon, que tentou se desvencilhar segurando meus pulsos.― Quer dizer que agora vocês pretendem fugir? ― Aproximei meu rosto do de Gideon. ― Uma vez covarde, sempre um covarde.― Está enganado, Ashfur. ― Torin chamou. Um de seus seguranças lhe entregou um blazer, que ele vestiu calmamente. ― Eu apenas tenho algo mais importante esperando por mim.Aproveitando o momento, Gideon saltou para longe, se libertando e ficando fora do meu alcance. Rosnei furioso, pronto para atacá-los novamente. Uma muralha de humanos se formou diante de mim, bloqueando meu caminho. Um movimento inútil e irritante. Acabaria com aquele obstáculo com alguns movimentos das minhas garras e alcançaria ambos os bastardos facilmente.Dei um passo a frente, então senti um choque me consumir. Algo puxava minha mão e quando olhei para ela vi o fio vermelho. Ele estava esticado ao máxim
POV LinneaA floresta estava silenciosa, nem mesmo os pássaros pareciam querer estar naquele lugar. Caminhei com cuidado, evitando raízes altas e pedras, até que cheguei ao ponto de encontro. Finalmente eu poderia fazer algo por Kael e não ser usada como uma armadilha para destruí-lo.O telefone em meu bolso vibrou com uma mensagem. O número desconhecido avisou que em breve chegaria no local combinado. Apertei o aparelho em minhas mãos trêmulas, desejando que tudo desse certo. Mesmo sabendo que o ancião não estava longe, ainda estava assustada com o que Torin poderia fazer caso descobrisse nosso plano.Não foi difícil descobrir quem era o informante de Torin dentre os lobos de Kael. O ancião havia treinado a grande maioria deles, então um rosto diferente acabaria se destacando. Depois de identificá-lo, o ancião deixou que eu me aproximasse sozinha, para não levantar suspeitas.― Preciso enviar uma mensagem. ― Disse com uma voz calma. O espião de Torin me avaliou por um momento, então
POV KaelVoltei a minha forma humana assim que senti a presença de Carter se aproximando. A sensação de ser puxado diminuiu e o fio vermelho desapareceu novamente. Naquele momento, senti que Linnea poderia estar correndo algum perigo, mas a sensação simplesmente desapareceu. Carter me encontrou, coberto com o sangue dos lobos que eu havia matado. Não precisei dizer nada. Meu beta farejou e identificou o cheiro.― Sabia que deveria ter matado aquela bruxa a muito tempo. ― Ele disse me estendendo uma muda de roupas e olhando ao redor. ― Foram forçados a lutar até a morte, meras iscas.― Aquela puta está trabalhando com Alaric e Torin, os manipulando. ― Carter me observou com atenção. Então seu celular tocou.― A senhorita voltou para a alcateia. Parece que o ancião estava com ela. Ao ouvir a notícia, meu sangue ferveu no mesmo instante. Gideon estava muito seguro de suas palavras e aquilo me incomodou muito mais do que realmente deveria. Precisava tirar aquilo a limpo de uma vez.Mais
POV LinneaAlgo parecia errado, me sentia agitada, meu coração apertado. Abri os olhos, tudo estava escuro no quarto, então me sentei na cama. Olhei ao redor e vi Kael sentado no pequeno sofá, a cabeça baixa escondida em suas mãos. Seu grande corpo estava arqueado para frente, a respiração tensa, como se tentasse conter algo. Assustada, me levantei e corri até ele, caindo de joelhos na sua frente e segurando seu rosto entre as minhas mãos. O escuro não me permitia ver claramente, mas eu estava acostumada com aquela sensação.Com as pontas de meus dedos, acariciei seu rosto, traçando a linha forte de sua mandíbula e queixo desenhado. Continuei a explorar aquele rosto que decorei há tanto tempo, sentindo a tensão em seus músculos. Acariciei suas bochechas com meus polegares e senti sua mão segurando a minha. Seus lábios tocaram a palma da minha mão, macios e urgentes.― Kael. ― Chamei por seu nome, mas ele se manteve em silêncio. Seu corpo parecia relaxar aos pouco enquanto ele respirav
POV FioraMeu corpo estava deliciosamente dolorido, as marcas dos dentes daquele lobo criavam uma trilha até minha intimidade latejante, ardendo com a luxúria que vivemos alguns momentos antes. Ele estava no banho enquanto fiquei na cama, pensando nos próximos passos do meu plano. O jogo já estava em andamento, mas eu havia perdido o controle de um dos meus peões. Aquele idiota do Kairus, enlouquecido pela paixão e o desejo de possuir aquela vadiazinha, acabou se tornando mais um problema para mim. Diferente de outros humanos, Torin Kairus mostrou que sua mente perturbada era muito mais difícil de domar. Meus perfumes e poções não surtiam os efeitos desejados, o mantendo manso por um período muito curto de tempo. Suspirei, rolando na cama e olhando para a porta do banheiro.― Ainda dá tempo… ― Sussurrei, me sentando na cama e esticando os músculos doloridos. Braços fortes e quentes envolveram minha cintura, me puxando para trás. ― Parece que o lobo ainda está com fome.Coloquei minha
POV LinneaOs gritos e urros de Kael me despertaram. Sentei assustada na cama, puxando as cobertas para cobrir meu corpo. A mesa foi arremessada contra a janela, despedaçando o vidro e atravessando a madeira. As portas se abriram e Carter entrou, seguido por mais três lobos, que tentaram conter Kael.O corpo de Kael estava arqueado, suas unhas longas rasgando o chão com seus movimentos rápidos. A loucura o estava consumindo. O vapor quente saia de seu corpo, que se contorcia diante da transformação forçada, seu lycan lutando para sair. Me encolhi no canto da cama, incapaz de ajudar naquele momento. Kael não me ouviria e nem me reconheceria. Me enrolei nas cobertas, caminhando próxima à janela, mas acabei pisando em um pedaço do vidro, cortando profundamente o meu pé.Kael parou, se virando na minha direção. Apertei o lençol em meu pé, tentando conter o sangramento com minhas mãos trêmulas. Os olhos vermelhos me analisaram, farejando na minha direção enquanto sua língua corria por seus
POV LinneaNão podia ficar parada, eu tinha de ser rápida e resolver aquilo de uma vez por todas. Corri o mais rápido que pude, as árvores pareciam tentar impedir o meu avanço, ficando cada vez mais próximas umas das outras, estreitando o caminho que eu tentava seguir. Rochas e penhascos surgiam enquanto eu sentia que o Lycan estava cada vez mais perto. ― Só mais um pouco. ― Disse, descendo a encosta rochosa com cuidado.Os uivos ficavam cada vez mais altos, a terra tremia enquanto as árvores sacudiram com um forte vento que soprava, me empurrando para trás. A mente de Kael parecia estar me afastando do Lycan, usando tudo o que podia para me manter a uma distância segura e me proteger. Sorri ao pensar que, mesmo de maneira inconsciente, Kael ainda tentava me proteger a sua maneira.― Desculpe Kael, mas preciso fazer isso.Continuei correndo na direção dos uivos, até que escorreguei, caindo de costas no chão lamacento. Uma sombra me cobriu, os rosnados faziam tudo tremer. Meu corpo co