EZRA D'ARTAGNANA primeira é a mais imediata e pessoal: Enok, seria finalmente forçado a reconhecer-me de uma vez por todas como o verdadeiro chefe da família D'Artagnan. Ele sempre tentava minar a minha autoridade, desafiando as minhas decisões e criando obstáculos. Contudo, com Penélope oficialmente como minha esposa, ele teria que admitir a minha supremacia. Ela se tornaria parte da família D'Artagnan, e isso traria consigo uma série de proteções e benefícios que ninguém poderia ignorar. Não se tratava apenas de uma união simbólica; era uma aliança estratégica. As máfias aliadas respeitariam ainda mais a nossa família, sabendo que Penélope estava sob a nossa proteção direta. Ela seria intocável, e qualquer ameaça contra ela seria uma ofensa direta a mim e a todos os nossos aliados, já que o meu pai tem a irritante tendência de visar isso como um capricho meu.Além disso, a segunda vantagem era ainda mais complexa e individualista: Penélope, mesmo sem saber, era filha de Salvatore K
EZRA D'ARTAGNANSaí do veículo com um aceno quase impercetível, enquanto ouvia Jonathan instruir os outros para esperarem dentro do carro.Caminhando pelo hall de entrada, dirigi-me à sala de estar. Ao entrar, vi Penélope sentada no sofá, parecendo perdida nos seus pensamentos. Ela sobressaltou-se ao me ver e, apressadamente, escondeu o celular. Não precisava de mais do que um segundo para deduzir o que estava acontecendo. Provavelmente, estava falando com aquele “amiguinho” detestável dela. No entanto, decidi ignorar o fato, pelo menos por enquanto. A situação exigia uma abordagem diferente.Aproximei-me dela suavemente, observando-a com atenção. Penélope parecia confusa, talvez um pouco assustada com a minha presença repentina. Toquei o seu rosto com delicadeza, sentindo a sua pele macia sob os meus dedos. Por um momento, ela hesitou, o olhar incerto. Mas então, lentamente, se aconchegou no meu toque, o que me fez sorrir internamente. Havia algo de satisfatório em ver como eu podia
EZRA D'ARTAGNANPouco depois de uns vinte minutos, a garota desceu as escadas, radiante no vestido branco de seda. O traje tinha mangas curtas e um decote em canoa, tomara que caia, que destacava os seus ombros de maneira sutil e elegante. Os seus longos cabelos cacheados estavam presos em um rabo de cavalo simples, que, embora não fosse muito elegante, conferia-lhe uma graça natural. Os scarpins que ela usava, juntamente com o fio de ouro que eu havia dado a ela, repousando delicadamente no seu pescoço, adicionavam um toque de sofisticação. O sobretudo que ela segurava no antebraço, pronto para ser vestido, e as luvas brancas que cobriam a suas mãos completavam o visual, dando-lhe um ar de inocência que eu sempre achava intrigante.Aproximei-me da escada quando ela se aproximou dos últimos degraus, oferecendo-lhe a minha mão para ajudá-la a descer. Penélope aceitou prontamente, a sua mão pequena e quente na minha. — Você está deslumbrante — murmurei, observando-a de perto enquanto a
Penélope não sabia o que estava gostando mais — a sensação das garras do Senhor D'Artagnan roçando sua pele enquanto ele acariciava suas costas, ou a devoção incondicional refletindo em seus olhos enquanto ele olhava para ela.A maneira como ele satisfez todos os seus desejos, a maneira como ele a levou a alturas de prazer imensuráveis momentos antes, tudo foi muito esmagador para ela.O cheiro dele, o gosto dele, a aparência dele, ela estava embriagada, e ele era o centro de tudo isso.Enquanto Penélope estava deitada em cima dele, olhando para seu rosto bonito, ela nunca queria que o momento terminasse.Ezra não era o demônio de coração frio que não tem coragem de amar o outro e ser afetuoso. O oposto é verdadeiro, e embora Penélope possa ser a única a testemunhar isso, isso não fez diferença para ela.Penélope queria manter esse lado dele apenas para si mesma, o resto do mundo não precisava testemunhar isso. Foi um presente para ela, a maneira como ele a agradou abnegadamente e dep
Penélope acordou lentamente, ainda com o corpo relaxado após mais uma noite de amor com Ezra. A luz do sol de inverno iluminava completamente o seu rosto, já que ela havia esquecido de fechar as cortinas na noite anterior. Mas, em vez de se incomodar, ela agradeceu por ter acordado um pouco mais cedo. O sol suave e frio parecia acariciar sua pele enquanto ela se espreguiçava, estendendo os braços acima da cabeça.Seus olhos caíram sobre o anel reluzente em seu dedo, e ela não pôde evitar um sorriso ao vê-lo brilhar na luz da manhã. Parecia quase um anel de casamento, e a ideia a fez sorrir ainda mais, sentindo uma felicidade genuína e inesperada.E enquanto o olhava, Penélope não pôde deixar de pensar em como tudo estava acontecendo tão rápido, as coisas pareciam avançar com uma velocidade vertiginosa. Será que era essa a razão dele tê-la trazido para um lugar tão isolado, longe de tudo e de todos? O isolamento, a intimidade forçada... tudo parecia parte de um plano maior, algo que a
— Bom dia, senhorita — disse Carter, aproximando-se com um sorriso cortês. Penélope se afastou rapidamente do telescópio, surpresa por não ter percebido a chegada dele.— Bom dia, Carter — respondeu, ainda com o coração acelerado pela surpresa. — Não o ouvi chegar.— Não queria interromper a sua concentração, — disse ele, olhando para o telescópio montado. — Parece que se saiu muito bem sozinha.Penélope corou levemente, surpresa com o elogio, mas também satisfeita consigo mesma.— Achei que seria mais complicado, mas consegui montar — respondeu, um sorriso orgulhoso em seu rosto.Carter assentiu com um sorriso discreto, seus olhos observando o telescópio e depois voltando-se para Penélope.Ele ainda estava se recompondo da surpresa da conversa com Carter quando ele comentou casualmente:— Fico muito feliz em ver que a senhorita está bem, especialmente depois do último acontecimento com o incêndio. — E então a garota franziu o cenho, confusa.— Que incêndio? — perguntou, o desconforto
EZRA D'ARTAGNANA manhã estava gelada, e a neve se acumulava ao redor dos meus pés enquanto eu observava o cenário à minha frente. O porto de embarcação, normalmente um lugar de atividade incessante, estava quase deserto, exceto por mim, pelos cinco homens ajoelhados e amarrados no chão, e pelos atiradores posicionados atrás de cada um deles. O vento cortante trazia consigo o cheiro salgado do mar misturado ao odor metálico de sangue, ainda fresco de algum outro infortúnio. Meu humor, que já não era dos melhores, apenas piorava a cada segundo.Puxei o cigarro dos lábios e deixei que a fumaça saísse devagar, formando uma nuvem diante de mim.O calor que ele proporcionava era ínfimo, mas suficiente para me manter focado. O desaparecimento dos contêineres era um problema que não tolerava erros, e aqueles homens ajoelhados à minha frente eram o ponto de partida para resolver essa situação. Meu olhar os percorreu, observando cada um deles com a paciência de um predador prestes a atacar.A
EZRA D'ARTAGNANCaminhei em direção ao carro que me aguardava, o vento gelado cortando meu rosto enquanto me aproximava. Jonathan já estava de pé, ao lado do veículo, abrindo a porta para mim. Seus olhos se cruzaram com os meus por um breve momento.Entrei no carro, sentindo o calor reconfortante do interior me envolver enquanto Jonathan fechava a porta com precisão. Ele deu a volta e entrou pelo lado do motorista, e logo estávamos de volta à estrada, o porto ficando para trás.— O próximo passo? — Jonathan perguntou depois de alguns minutos de silêncio, havia uma curiosidade entusiasmada ali.Olhei pela janela, observando as paisagens desertas que passavam rapidamente. A neve continuava a cair, cobrindo tudo com um manto branco, como se estivesse tentando esconder a sujeira do mundo.— Sara. — Respondi finalmente.Jonathan não reagiu imediatamente, mas eu sabia que ele estava processando a informação. Sara, a filha mais nova de Salvatore, era uma peça delicada no tabuleiro, entretant