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— Não me insulte desse modo. Em nenhum momento eu desonrei a minha palavra de homem. Há uma ação judicial que envolve os nossos filhos. Eu não posso tapar os meus olhos e fingir que nada está acontecendo.— Que se dane a ação judicial. Você é um homem rico agora. Pode tudo o que quiser. Não precisa dar continuidade a um processo, poderia entrar em um acordo, e dar o dinheiro que essa cretina deseja.— Esse é o grande problema. Soraya não quer quantia alguma. Ela realmente quer conhecer os filhos.— E você acredita nela? - ergo os ombros, sem saber o que responder. — Não está vendo que ela está destruindo nosso casamento? - giro os olhos. — Isso está claro como água. Ela retornou porque quer voltar a ser a sua esposa, e como ela poderia conseguir isso? Através dos filhos. Do vínculo maior que você tem com ela.— Mesmo que fosse. Ela estaria perdendo tempo. Eu não vou retroceder em minha decisão. Eu me casei com você para a vida toda Diana. Entenda isso. Mais calmo, lentamente caminho a
Depois da informação que obtive, tratei Ingrid com a mais perfeita resiliência de sempre. Eu não tenho ciúmes de Diogo. Não temos relacionamento algum, e por isso ele não me deve nada. O que me incomoda é a mentira. Ela não precisava omitir que estava se relacionando com ele, com a intenção de não me magoar, ou com a que eu não me magoasse com ela. Isso não era necessário. Eles não me devem nada.Respirei fundo e abri os olhos. Hoje é o grande dia. Vou me encontrar com os meus filhos, e finalmente poderei dizer o quanto os amo. De imediato, acordei cedo e fui me arrumar. Coloquei a melhor roupa que havia, uma blusa de seda escura, e uma calça do mesmo tom. A maquiagem deixei bem leve, coloquei poucos acessórios e nos pés uso um salto fino.Estava nervosa. Pela décima vez umedeci meus lábios já apagados de toda a coloração do batom vermelho cereja. Decidi retirá-lo e colocar somente um gloss para realçá-los. Não quero chamar atenção para minha aparência, preciso que prestem atenção no m
"Nós não te reconhecemos como mãe"Essa frase martelou a minha cabeça em todo o trajeto de volta para casa de Ingrid. Depois disso, eles se levantaram e saíram. Suel ainda queria ficar alguns minutos, mas Sebástian não deixou. Assim que estacionei, deixei o meu corpo cansado se render. Encostei a testa no volante e paralisada permaneço.Ingrid me emprestou o seu carro novo, e talvez se não fosse isso eu nem sei como eu retornaria para casa. As lágrimas novamente se formam em meus olhos, deixo com que elas saiam. Choro como uma criança desesperada. Me coloco como alguém que perdeu um familiar, pois é assim que eu me sinto. Mesmo que eu não tenha convivido com as crianças, a rejeição de Selene me doeu muito.Era como se uma faca fosse enfiada em meu coração. As suas falas não eram como o de uma menina de 6 anos enfrentando uma doença terrível. Era como se alguém adulto, empenhado em me machucar, proferindo aquelas palavras dolorosas.— Isso tudo é uma merda. O que estou fazendo de minh
Soltei um suspiro pesado.— Não.— O que disse? - Ela pisca algumas vezes.— Eu não tenho medo de você, Geane. Ainda guardo marcas das chicotadas que me deu, contudo, eu não tenho mais medo delas.— Talvez você queira receber elas novamente, talvez assim você se lembre de como foram doloridas. - Ela dá um passo adiante. Mantenho meu corpo firme. — Antes eu preciso falar algo com você.Ela adentra ao interior da casa, empurra o meu ombro e logo está sentada ao sofá. Permaneço com a porta aberta. Não confio nessa mulher, e em todo caso, qualquer um que passar, poderá ver se ela atentar contra minha vida.— Essa casa está muito feia. Extremamente empoeirada. Não tem vergonha de ter abandonado os seus pais nessa casa tão asquerosa? Tinha tanto dinheiro, por que não os ajudou?— Eu creio que você não veio aqui para perguntar dos meus pais já falecidos. Me diga o que você quer, Geane.Ela sorri.— Eu quero que você suma da vida dos meus netos, principalmente a do meu filho. Eu sei que a sua
dressa26 Boa leitura! ❣️Meu corpo cai ao chão. Estremeço com a dor que se forma em meus ossos. Estava pensando que iria me beijar, mas não foi isso que ocorreu. Com um pedido de desculpas ele se foi me deixando estirada ao solo. Meu deus! Ele mudou muito. O Sebástian que convivi jamais faria isso comigo.Frustrada, ergo o corpo, tranco a porta. Pelo que parece, há bastante pessoas que me odeiam nessa fazenda. Não posso dar liberdade para fazerem algo contra mim. Desisto de assistir TV e me preparo para dormir. Amanhã será um dia longo, e preciso estar disposta para as adversidades que virão.//Com uma pequena dor de cabeça desperto ao som do celular. Coço os olhos, fico por alguns segundos olhando ao teto, e finalmente me levanto para saber de quem se trata. Ingrid. Ela deve estar desesperada para conversar comigo. Vamos ver o que ela têm para falar.— Alô.— Amiga! Finalmente! Eu já estava ficando nervosa com a sua ausência. Me perdoe pelo que aconteceu. Minha intenção não era te ma
Tento raciocinar. Não posso agir desesperada. Como não estar assim? O pai dos meus filhos está com uma bala cravada no ombro, com sangue que não para de escorrer. Sopro o ar algumas vezes. Balanço a cabeça, isso não está acontecendo.— Quem atirou em você?— Eu não sei. - é nítido o esforço que faz para simplesmente me responder. — Me pegou de surpresa. Não consegui olhar para sua face, nem daria. Estava usando uma máscara.Estranhei quando ele apertou mais forte a minha mão.— Por favor, Soraya. Cuide das crianças. Se acontecer algo comigo, cuide delas. Eles precisam de você.— Não fale besteiras. - eu tentava aparentar calma, isso era inútil. — Você vai viver muito ainda. - inclinei meu corpo e depositei pequenos beijos em sua boca, ele não desviou. — Foi somente uma bala de raspão, não está feio.Ter que mentir foi a solução! Não estava agradável aquela perfuração. Era indiscutível que havia sido algo intencional. A pessoa errou provavelmente a direção. Não atirou para simplesmente
— Para onde vocês estão me levando? - o desespero estava estampado em minha face. As mãos fortes dos policiais me puxavam de um jeito nada agradável. Parecia que eu era a criminosa, enquanto eu era somente a pessoa que ajudou a vítima. — Me soltem!Eles me empurram para uma sala medonha, onde caberia apenas 10 passos. Sou dirigida a sentar na cadeira. Coloco as mãos em cima da mesa, e logo o guarda destrava as algemas. Solto uma lufa de ar. Não estou entendendo nada.— Bom dia. Sou a delegada Michele Álvares. Como está senhorita Soraya?— Assustada. Me trouxeram aqui como se eu fosse uma fugitiva da cadeia. Eu não fiz nada.— Engraçado que todos dizem o mesmo. Eu sou inocente, eu não fiz nada.— Realmente não fiz nada. Eu tenho certeza que Sebástian deve ter visto quem atirou nele. Não fui eu! Assim que ouvi o disparo, caminhei para a parte externa e pude ver uma pessoa correndo.— Quem?— Não consegui identificar. No mesmo momento eu fui ajudar a vítima e identifiquei que tratava do m
Sebástian— Não é possível que ele não vai acordar! Passou mais de oito horas e nada dele sequer demonstrar um sinal de esperança!— Tenha calma. Ele irá despertar na hora que ele estiver que despertar! Não precisamos ter pressa. O mais importante é que os policiais conseguiram prender Soraya. Tenho certeza que ela nunca mais irá nos perturbar.Ouço um suspiro pesado.— Eu não tenho certeza disso, sogra. Na hora eu acabei confirmando a sua versão, pois estava muito nervosa. Realmente a senhora viu Soraya disparando?— Não está acreditando em mim?Aperto os olhos. Aos poucos as minhas pálpebras vão se distanciando. A luz se faz presente, incomodado, pisco algumas vezes. A garganta está seca. Passo a língua sobre os lábios, eles também estão ressecados e ásperos.— Meu amor.Com um pouco de esforço eu consigo responder.— Soraya. - minha cabeça continua girando muito. Tento me mexer, mas não consigo. Sei que estou a sentir os meus braços e pernas, mas o cansaço que está sobre o meu corpo