Ao amanhecer todos procuraram como ocupar o tempo. Ísis ofereceu mostrar a aldeia para Emma.— Aqui é minha casa. - Ísis parou em frente a uma casa que estava sendo reconstruída. - Sabe. Meu pai assim que melhorou quis vir para cá. Ele foi gravemente ferido uma vez e não consegue se manter de pé por muito tempo. Ele não tem muitas atividades e vir até aqui acompanhar a reconstrução da casa tem sido uma boa distração pra ele. Está vendo aquele homem ali? - Ela apontou para um homem de cabelos loiros muito claros sentado em uma cadeira esbravejando com algum trabalhador. - Ele sempre está assim, mal-humorado. Só minha mãe aguenta ele.Ísis começou a andar e Emma a acompanhou.— Vou mostrar a você quem é minha mãe. - Emma viu um grupo de mulheres lavando roupa em um tanque coletivo. - Está vendo aquela de lenço e vestido azul? Cabelos castanhos? É ela.— Ela é bonita. - Emma disse. Ísis sorriu.— Sim. Ela é.Caminhando de volta, Ísis voltou a falar.— Na sua aldeia não tem um ancião? Alg
— O que a gente faz agora? - Sussurrou Emma.— A gente espera - disse Julian se arrastando lentamente para o canto e se sentou no chão. Emma sentou-se ao seu lado. Os dois adormeceram abraçados um ao outro.O som do ferro raspando a madeira fez os dois darem um pulo e se colocarem de pé rapidamente. Os outros não tiveram esse trabalho, estiveram de pé durante toda a noite. Emma não conseguia imaginar como isso era possível. A porta se abriu e uma figura de preto entrou e empurrou nas mãos de cada um, uma caneca de ferro. Ao som das palavras irreconhecíveis, todos levaram a caneca à boca e Emma e Julian foram obrigados a fazerem o mesmo, mas notaram que se tratava apenas de um mingau de aveia ralo. " Eles alimentam os prisioneiros." a jovem pensou. A criatura recolheu as canecas vazias e saiu fechando a porta novamente.Ela olhou para Julian com uma careta e ele apenas deu de ombros.— Pelo menos não estou mais com tanta fome.Não demorou muito e o som na porta os despertou novamente.
Eles caminharam até um ponto onde o caminho se dividia em três.— E agora?— Vamos seguir o caminho do meio. Os outros deve nos levar para os outros templos que não conhecemos - respondeu Emma.— Mas o túnel da direita deve ser o mais próximo da aldeia de Ísis. Eles devem estar nos esperando lá.— Não sei se é perto, Julian. Não sabemos se tem obstáculos. Não temos a menor noção do lugar. Talvez numa outra vez, quando estivermos armados e em maior número.— Você tem razão.Eles seguiram o caminho do meio. Caminharam por muito tempo, estavam cansados e famintos quando chegaram. Emma se aproximou da rocha e desenhou o símbolo. A rocha tremeu e se abriu com um estrondo. Eles saíram para o corredor do templo. Emma reconheceu imediatamente. As grades douradas, o altar com as oferendas que ela agora sabia que poderia tocar, então se aproximou e avaliou o que havia ali que pudesse ser útil no futuro. Havia moedas, mas como se ela não poderia entregá-las a outra pessoa? Ela pensou. Havia arma
— Agora quero saber tudo que aconteceu depois que eu e Nick entramos no castelo. - Emma falou com Arion e Yanni enquanto voltavam para casa.— Os dois que tiramos para que vocês pudessem entrar no lugar deles, nos deu um pouco de trabalho. - Disse Arion.— Pois é... tivemos que levá-los para dar um mergulho. - Completou Yanni rindo.— Vocês o quê? Me expliquem isso direito.— Tentamos despertá-los com um pouco de água no rosto, mas a reação deles foi de sacudir a cabeça e depois disso voltavam a parecer enfeitiçados. - Explicou Arion.— Então nós experimentamos mergulhar um deles no riacho e deu certo. Depois de um momento de confusão eles se lembraram de tudo e nos agradeceram. - Yanni falou.— Bom... pelo menos já sabemos de uma forma de despertá-los, apesar de não ser uma maneira fácil. - Emma falou. - E então vocês decidiram vir para cá nos esperar?— Depois que eles foram embora, ficamos por um tempo esperando. Mas o dia amanheceu e vocês não saíram aí Yanni teve a grande ideia!
Emma, com o apoio dos meninos, contou entusiasmada tudo o que havia acontecido. Chamou a todos para mostrar o presente que havia recebido. Eles ficaram maravilhados com a beleza e a qualidade de cada item. Incapaz de conter sua excitação, Emma saiu para testar as novas armas, sabendo que não conseguiria dormir sem antes experimentá-las.Após um período de treino, o grupo finalmente se retirou para descansar, e as horas da noite passaram rapidamente. Como planejado, nas primeiras horas da manhã, Emma e os meninos partiram rumo ao templo. Pouco depois, Ísis e seus amigos chegaram ao local. Entre eles estavam o imponente Zorak, o casal de irmãos Althaia e Argos, e o jovem Azaff.— E então, vamos? - Emma falou. Todos confirmaram e eles partiram atrás dela. Antes de seguir em frente, parou na frente da mesa e começou a mexer nos objetos ofertados ali.— Você quer morrer, garota? - Ísis puxou o braço de Emma. - Não aprendeu com o susto que levou na floresta naquele dia? - Havia preocupação
Emma estava em um sono conturbado. Havia vozes chamando seu nome. Chamando-a de outros nomes, nomes que ela não conhecia, mas entendia que se referiam a ela. Algumas vozes eram familiares, mas ela não conseguia identificá-las. Algumas eram diferentes e ela tinha certeza que nunca as tinha ouvido. As vozes choravam, a chamavam e imploravam, mas Emma não entendia o que elas queriam ou ao menos quem eram. Ao fundo das vozes havia sempre uma risada. Uma risada sombria. O som das vozes ficava abafado conforme o som da risada aumentava. Era uma presença opressora. Emma percebeu que estava em um sono conturbado. "Tenho que acordar". Ela pensava. E tentava forçar a consciência para despertar. A presença opressora da risada sombria a forçava para baixo, para a inconsciência, e Emma as vezes esquecia seu objetivo de despertar. De repente as perguntas vieram a sua mente:“Onde estou?"" Por que não consigo acordar?""que vozes são essas?".Tudo veio de volta a mente, e ela se lembrou de tudo:"
— Fala logo, garoto. Não temos tempo a perder! - Ísis estava ansiosa. Tudo que ela mais queria era sair dali.— O cara de olho verde ali, já esteve aqui. - Falou Azaff.— Sim eu sei disso. Conta uma novidade! - Ísis respondeu.— Ele disse que os guardas alimentam os prisioneiros. E a ideia, é quando eles abrirem a porta nós nos comportarmos como se estivéssemos enfeitiçados. Esperamos eles entrarem e então os golpeamos o mais silenciosamente possível. Então podemos sair e encontrar a garota.— Isso é loucura... - Ísis riu. - É a ideia mais idiota que já ouvi na vida! É sério isso?— É a única maneira que conseguimos pensar. A porta não tem chave. Só abre do lado de fora. Zorak poderia quebrar a porta, mas faria barulho demais e atrairia outros e acabaríamos ainda pior que isso. Estamos fundo demais no castelo para tentar fazer um buraco na parede. É a única forma, Ísis.— Você concordou com essa ideia louca? - Ela perguntou olhando para Zorak.— Como o garoto disse. É a única maneira!
— Foram ajudar a nossa vó a levar as malas para a carruagem que vai levá-la. - Respondeu Yanni.— Ela aceitou ir de carruagem? - Falou Emma um pouco surpresa. - Pensei que ela fosse querer ir de cavalo junto com a gente pra não chegarmos primeiro.— Ela disse que a idade já está chegando pra ela. Que não é mais uma garotinha. - Arion falou.— Bom! Pelo menos não vamos precisar nos preocupar com ela. Poderemos correr o máximo que pudermos. - Falou Emma. - Vou me despedir do meu pai e já volto.A jovem entrou na casa e foi até a cozinha, onde encontrou seu pai tomando café com dona Téia. — Pai. Já estou indo! - Ela falou abraçando-o e dando um beijo em sua bochecha. - Ela olhou para dona Téia. - Obrigada por tudo que a senhora fez por nós! - Ela foi até a sogra e a abraçou.— Desculpa a demora, vamos? - Disse Heron chegando na cozinha. Se aproximou da mãe e deu um beijo em sua bochecha. Ele tinha uma mochila nas costas.— Vamos. Você não colocou sua bolsa na carruagem? Vai ter que car