Emma, com o apoio dos meninos, contou entusiasmada tudo o que havia acontecido. Chamou a todos para mostrar o presente que havia recebido. Eles ficaram maravilhados com a beleza e a qualidade de cada item. Incapaz de conter sua excitação, Emma saiu para testar as novas armas, sabendo que não conseguiria dormir sem antes experimentá-las.Após um período de treino, o grupo finalmente se retirou para descansar, e as horas da noite passaram rapidamente. Como planejado, nas primeiras horas da manhã, Emma e os meninos partiram rumo ao templo. Pouco depois, Ísis e seus amigos chegaram ao local. Entre eles estavam o imponente Zorak, o casal de irmãos Althaia e Argos, e o jovem Azaff.— E então, vamos? - Emma falou. Todos confirmaram e eles partiram atrás dela. Antes de seguir em frente, parou na frente da mesa e começou a mexer nos objetos ofertados ali.— Você quer morrer, garota? - Ísis puxou o braço de Emma. - Não aprendeu com o susto que levou na floresta naquele dia? - Havia preocupação
Emma estava em um sono conturbado. Havia vozes chamando seu nome. Chamando-a de outros nomes, nomes que ela não conhecia, mas entendia que se referiam a ela. Algumas vozes eram familiares, mas ela não conseguia identificá-las. Algumas eram diferentes e ela tinha certeza que nunca as tinha ouvido. As vozes choravam, a chamavam e imploravam, mas Emma não entendia o que elas queriam ou ao menos quem eram. Ao fundo das vozes havia sempre uma risada. Uma risada sombria. O som das vozes ficava abafado conforme o som da risada aumentava. Era uma presença opressora. Emma percebeu que estava em um sono conturbado. "Tenho que acordar". Ela pensava. E tentava forçar a consciência para despertar. A presença opressora da risada sombria a forçava para baixo, para a inconsciência, e Emma as vezes esquecia seu objetivo de despertar. De repente as perguntas vieram a sua mente:“Onde estou?"" Por que não consigo acordar?""que vozes são essas?".Tudo veio de volta a mente, e ela se lembrou de tudo:"
— Fala logo, garoto. Não temos tempo a perder! - Ísis estava ansiosa. Tudo que ela mais queria era sair dali.— O cara de olho verde ali, já esteve aqui. - Falou Azaff.— Sim eu sei disso. Conta uma novidade! - Ísis respondeu.— Ele disse que os guardas alimentam os prisioneiros. E a ideia, é quando eles abrirem a porta nós nos comportarmos como se estivéssemos enfeitiçados. Esperamos eles entrarem e então os golpeamos o mais silenciosamente possível. Então podemos sair e encontrar a garota.— Isso é loucura... - Ísis riu. - É a ideia mais idiota que já ouvi na vida! É sério isso?— É a única maneira que conseguimos pensar. A porta não tem chave. Só abre do lado de fora. Zorak poderia quebrar a porta, mas faria barulho demais e atrairia outros e acabaríamos ainda pior que isso. Estamos fundo demais no castelo para tentar fazer um buraco na parede. É a única forma, Ísis.— Você concordou com essa ideia louca? - Ela perguntou olhando para Zorak.— Como o garoto disse. É a única maneira!
— Foram ajudar a nossa vó a levar as malas para a carruagem que vai levá-la. - Respondeu Yanni.— Ela aceitou ir de carruagem? - Falou Emma um pouco surpresa. - Pensei que ela fosse querer ir de cavalo junto com a gente pra não chegarmos primeiro.— Ela disse que a idade já está chegando pra ela. Que não é mais uma garotinha. - Arion falou.— Bom! Pelo menos não vamos precisar nos preocupar com ela. Poderemos correr o máximo que pudermos. - Falou Emma. - Vou me despedir do meu pai e já volto.A jovem entrou na casa e foi até a cozinha, onde encontrou seu pai tomando café com dona Téia. — Pai. Já estou indo! - Ela falou abraçando-o e dando um beijo em sua bochecha. - Ela olhou para dona Téia. - Obrigada por tudo que a senhora fez por nós! - Ela foi até a sogra e a abraçou.— Desculpa a demora, vamos? - Disse Heron chegando na cozinha. Se aproximou da mãe e deu um beijo em sua bochecha. Ele tinha uma mochila nas costas.— Vamos. Você não colocou sua bolsa na carruagem? Vai ter que car
— Ethan deixou este mapa para mim - começou Emma. - Ele disse que pode nos levar às respostas que estou buscando.Marcus, que estava vendo o mapa pela primeira vez, inclinou-se para examinar os símbolos.— Incrível. Estes desenhos parecem muito antigos. Alguma ideia do que eles significam?Althaia, com um olhar atento, apontou para um dos símbolos no canto do mapa.— Este aqui... parece o símbolo do sol. Isso faz sentido, considerando que temos templos antigos ao nosso redor.Argos, seu irmão, concordou com um aceno de cabeça.— Eu concordo. E se esse símbolo do sol estiver indicando o templo do deus Sol? Faz sentido que um lugar de tal importância tenha um mapa direcionando para lá.Julian olhou para Emma, compartilhando sua empolgação.— Emma, você acha que este mapa realmente pode nos levar ao templo? Isso está a alguns quilômetros daqui, nas montanhas, certo?Emma assentiu, sentindo uma onda de determinação.— Sim, Julian. Olhem para estes outros símbolos. Parecem indicar pontos d
Marcus participou das rondas com Ísis, Arion e Yanni. O dia e a noite passou e nada aconteceu. Emma chegou quando a lua estava alta no céu, ninguém no grupo que a acompanhou para as montanhas disseram qualquer coisa até o momento. E aqueles que ficaram não sabiam o que pensar sobre aquilo, mas sabiam que no momento certo eles diriam. Provavelmente há algo importante a ser revelado que não seria tão simples de ser dito. Por isso o silêncio do grupo.A jovem observou a lua, agora ela estava totalmente escurecida. Logo a lua começaria a clarear e quando toda a escuridão passasse o portal teria se fechado por mais 300 anos. Mas ainda faltaria pouco menos que duas semanas. Na última ronda da madrugada quem estava realizando-a era Emma, Julian e Heron. Estava muito frio, eles estavam caminhando agora para se aquecer. Já haviam andado por todos os lugares mais povoados da aldeia. Agora estavam andando em círculos no campo, depois de um momento Heron percebe algo diferente na floresta.— Aqui
Aqueles olhos azuis encarando Emma. A garota era jovem, pequena, olhos azuis e cabelos dourados, "será possível". A jovem pensava, " não" "não" "não". Ela ficou paralisada olhando a jovem morta. Um som forte de metal ao lado da sua cabeça a despertou. Arion tinha amparado um ataque que a teria matado. Um soldado tinha a lâmina cruzada com a de Arion. — Emma....você não tem culpa, Emma! - Ele gritou, desesperado para que a prima se recuperasse do sentimento de culpa que a tomava.— Eu matei essa garota!— Todos nós matamos um inocente, mas não é nossa culpa. A culpa é daquela coisa - Arion falava enquanto repelia o ataque do soldado e dava uma investida atrás da outra.— Eu não posso matar... de novo, não! — Não precisamos matar, apenas pará-los. - Ele disse enquanto golpeava a têmpora do soldado com o punho da espada. - Um golpe na têmpora por exemplo. Fira-os, Emma. Depois poderão se recuperar.— Arion... - Ela disse com a voz sufocando na garganta. - Olha para ela! Será que é quem
Julian cavalgava silenciosamente, o ritmo dos cascos do cavalo marcando o tempo de sua preocupação. Um pedaço de camisa rasgada estava amarrado em sua perna ferida para estancar o sangue. Emma, desacordada, estava no cavalo de Arion, e a preocupação que feria o peito de Julian era quase insuportável. A dor emocional superava qualquer ferimento físico. Ele não podia suportar ver Emma daquele jeito.Depois dos ataques de luz da espada dela, poucos soldados permaneceram enfeitiçados e foram rapidamente derrotados. Os outros, confusos, tentaram encontrar o caminho de volta para suas casas. A criatura de vermelho havia desaparecido, deixando para trás seus mortos e feridos. Ísis, seus amigos e Heron ficaram para encontrar um lugar para os corpos e tentar socorrer os feridos, enquanto Julian, Arion, Yanni e Marcus iam para casa cuidar dos ferimentos de Emma e Julian. Todos estavam levemente feridos, com cortes e hematomas causados pelos soldados, mas Emma estava em um estado crítico. Julian