Julian não entendeu o que estava acontecendo. Emma tinha sido atacada diante de seus olhos e agora estava caída no chão. Ethan estava quase desmaiado de exaustão. Sangue escorria da lateral de sua cabeça pelo rosto e pescoço. Tudo que ele ouviu foi a risada sarcástica da criatura de vermelho, e então ele estava sendo arrastado para fora da cela.O rapaz também viu Ethan ser levado. Antes de atingirem as escadas, Julian sentiu que um tecido envolvia o seu rosto e ele não conseguia ver nada a sua frente, pois havia sido vendado. As mãos agora estavam presas para trás. E ele estava sendo empurrado, primeiro escada a cima depois em um piso plano e então escada a baixo. Mais alguns passos e ele foi empurrado para dentro de uma carruagem.O jovem podia sentir cada pedra e buraco que a carroça passava. Seu corpo mal posicionado batia nas laterais da carruagem. Ele tinha certeza que morreria. Estava sendo levado para a morte. Depois de um tempo de viagem, seus ombros e joelhos doíam devido as
Ethan sentiu a presença de alguém em suas costas. Não sabia onde estava e não conseguia mover seu corpo, e ainda estava vendado. Começou a balançar a cabeça numa tentativa de retirar a venda de seus olhos, mas a voz de Emma lhe tranquilizou. Ela estava ali e iria fazer o que pudesse para libertá-lo.O jovem apenas não compreendeu o que ela quis dizer. Por que ela saiu correndo e nem esperou que ele falasse qualquer coisa? Mas não importava. Aquela presença, mesmo que por pouco tempo, lhe fez bem. O tranquilizou. Momentos depois quando achou que estava sozinho novamente, ouviu passos e soube que não era ela. Os passos eram mais pesados e arrastados, e estavam cada vez mais próximos. Odiou aquela venda mais uma vez. — Como está, rapaz?- A voz do homem não soou ameaçadora, mas não a reconheceu.— Quem está aí? - ele perguntou.— Meu nome é Hedi. Sou o pai de Emma!— Ah... - Foi tudo que ele conseguiu responder no momento. Um tempo depois ele continuou. - Emma está bem? Por que o senhor
— Julian... - Ela chamou. - Está me ouvindo?— Emma, meu amor? - Ele girou a cabeça. Ele também estava vendado e não podia vê-la. — Sou eu. Mas por favor, não me chame mais assim! - Ela se afastou.Pegou o espelho, respirou fundo e pediu que o espelho lhe mostrasse seu pai. Ela o viu dormindo. — Pai! - Ela chamou, mas ele não acordou. - PAI! - Ela chamou mais alto e mandou um sentimento de urgência. Ele abriu os olhos, mas parecia confuso. — O espelho! - Ela disse. - O espelho! Ele olhou em volta procurando algo, provavelmente a voz que ouvira em sua mente. Ele pareceu lembrar e pegou o espelho. Pouco tempo depois ela ouviu a voz de seu pai como um sussurro:— Está bem? Olhando para o espelho confirmou com a cabeça. A jovem passou o plano com o pai por um o tempo: o homem deveria pedir para ver Julian e Emma. Ela deveria pedir para ver Ethan e seu pai. Se a magia dispararia a armadilha no momento em que um deles fosse salvo, então ela iria se certificar de que seu pai e ela resga
Emma nunca imaginou quem poderia estar em baixo daquele capuz vermelho. Mas também não imaginou que a pessoa a sua frente poderia fazer aquilo. Tudo o que havia escutado sobre ela, simplesmente era impossível imaginar. Os cabelos dourados cacheados, os olhos grandes e azuis e o rosto muito jovem. E aquele sorriso maléfico, ela nunca imaginou que o veria naquele rosto!— Kiara?— Chocada em me ver? - Ela perguntou e dessa vez ela falou normalmente. Não falou em sua mente.— Como pode fazer isso? E sua avó? Sua irmã?— Elas nunca me entenderam! - Ela estalou os dedos e logo um guarda agarrou Julian e o arrastou. Amarrou suas mãos e o colocou junto dos outros.— Solte ele! - Emma exigiu, mas ela não pareceu ouvir.— Kiara? É você, minha irmã? - Ísis levantou a cabeça. E deu para perceber a confusão em seus olhos. - Por que você está usando isso?— Ah, minha irmã. Você é mais inteligente que isso! - Ísis arregalou os olhos. Lágrimas escorreram por seu rosto. — Não.... você não pode ter f
Kiara realizou um manobra com sua espada que fez Emma perder sua arma e em seguida a golpeou com um chute e ela rolou pelo chão. Emma reuniu suas forças e se colocou sobre um joelho, pegou suas adagas e se pôs de pé. Posicionando as armas, ela avançou e as duas voltaram a duelar.O cansaço minava as forças de Emma. O tempo passava e Kiara parecia não se cansar. Ela não conseguiu ferir Kiara em nenhum momento, enquanto ela já estava cansada e sangrando em vários lugares. E provavelmente com uma costela quebrada. Sua determinação ameaçava a esvair, mas se lembrou da promessa que havia feito. Tentou afastar a dor e continuou a batalhar.Uma de suas adagas foi perdida, ela agora lutava com uma delas apenas e as facas só seriam úteis de muito perto. As vistas já começavam a embaçar, o cansaço tomava conta de seu corpo e ela caiu no chão. De fato, ela morreria, mas não levaria o Sombrio consigo. A risada maléfica de vitória invadiu sua mente."Mas já acabou?... Confesso que esperava mais de
Emma Collins observa a lua cheia brilhando intensamente no céu noturno, seu coração pulsando em compasso com o poderoso satélite. Ela sempre soube que havia algo de extraordinário dentro de si, uma força ancestral que clamava por liberdade, e com seu aniversário chegando, esse sentimento parecia ganhar força. Porém, não fazia ideia de que sua vida estava prestes a se entrelaçar com segredos épicos e uma missão que abalaria o próprio tecido da realidade.No silêncio da noite, um sussurro suave chega aos seus ouvidos, uma voz feminina que ecoa em seu ser, convocando-a para o despertar de seu destino e para o enfrentamento do mal que ameaça engolir a humanidade. Em meio a um turbilhão de emoções e incertezas, Emma tenta entender o significado desses sentimentos.Ela está sozinha em um pequeno morro, observando a lua linda e brilhante acima de si. Com a chegada de seu aniversário de 18 anos, ela começa a se sentir cada vez mais atraída pela lua e não sabe o motivo. A lua está alta no céu,
A festa já estava começando e Emma foi em busca de seus primos e namorado. Logo os encontrou perto da fogueira. Yanni, seu primo mais novo, estava sentado, quase deitado, apoiado pelos cotovelos e gargalhando como louco. Ela sentiu vontade de rir só de velo daquele jeito. Arion, seu primo mais velho, estava sentado com as pernas cruzadas e olhando com um rosto sério para seu irmão. Julian estava mexendo na fogueira, o que exatamente ele estava fazendo ela não sabia, mas parecia que fora ele quem a acendeu pouco tempo atrás.— Posso saber o motivo de toda essa alegria? - Ela perguntou e colocou as mãos na cintura.— Quem é você? - Yanni perguntou. - Você é muito bonita, minha prima não é bonita desse jeito.— Deixa de ser idiota, Yanni. - Ela disse enquanto sentava de frente para os primos. Não demorou muito e Julian ocupou o lugar ao lado dela.— Você vai sujar o vestido. - Ele disse.— Também não é assim, não é, Julian. - Ela disse com uma expressão séria no rosto.— Eu só disse. - E
Emma se sentou na cama com um susto. O coração estava acelerado, sua camisa branca de dormir estava grudada ao corpo devido ao suor, seus cabelos estavam uma bagunça. Ela olhou para o lado e viu apenas o cabelo grisalho da sua avó espalhados no travesseiro da cama improvisada ao lado da sua.A jovem se levantou, o coração ainda batendo forte, a sua garganta estava seca. Ela foi até o jarro com água que ficava na cômoda do quarto e bebeu dois copos para saciar a sede. Parecia que tinha corrido do morro onde sonhara que estava há poucos minutos até seu quarto. Se sentou na cama e se lembrou do sonho, parecia tão real, não parecia um sonho comum que à medida que o tempo passa as lembranças vão sumindo, mas parecia que a cada minuto que passava a cena se reproduzia com mais detalhes em sua mente, como se ela tivesse vivenciado aquilo de verdade.Emma se deitou mas não conseguiu adormecer novamente por muito tempo, pensando sobre o sonho."Será que significa alguma coisa? Mas o quê? Por qu