— O que a gente faz agora? - Sussurrou Emma.— A gente espera - disse Julian se arrastando lentamente para o canto e se sentou no chão. Emma sentou-se ao seu lado. Os dois adormeceram abraçados um ao outro.O som do ferro raspando a madeira fez os dois darem um pulo e se colocarem de pé rapidamente. Os outros não tiveram esse trabalho, estiveram de pé durante toda a noite. Emma não conseguia imaginar como isso era possível. A porta se abriu e uma figura de preto entrou e empurrou nas mãos de cada um, uma caneca de ferro. Ao som das palavras irreconhecíveis, todos levaram a caneca à boca e Emma e Julian foram obrigados a fazerem o mesmo, mas notaram que se tratava apenas de um mingau de aveia ralo. " Eles alimentam os prisioneiros." a jovem pensou. A criatura recolheu as canecas vazias e saiu fechando a porta novamente.Ela olhou para Julian com uma careta e ele apenas deu de ombros.— Pelo menos não estou mais com tanta fome.Não demorou muito e o som na porta os despertou novamente.
Eles caminharam até um ponto onde o caminho se dividia em três.— E agora?— Vamos seguir o caminho do meio. Os outros deve nos levar para os outros templos que não conhecemos - respondeu Emma.— Mas o túnel da direita deve ser o mais próximo da aldeia de Ísis. Eles devem estar nos esperando lá.— Não sei se é perto, Julian. Não sabemos se tem obstáculos. Não temos a menor noção do lugar. Talvez numa outra vez, quando estivermos armados e em maior número.— Você tem razão.Eles seguiram o caminho do meio. Caminharam por muito tempo, estavam cansados e famintos quando chegaram. Emma se aproximou da rocha e desenhou o símbolo. A rocha tremeu e se abriu com um estrondo. Eles saíram para o corredor do templo. Emma reconheceu imediatamente. As grades douradas, o altar com as oferendas que ela agora sabia que poderia tocar, então se aproximou e avaliou o que havia ali que pudesse ser útil no futuro. Havia moedas, mas como se ela não poderia entregá-las a outra pessoa? Ela pensou. Havia arma
— Agora quero saber tudo que aconteceu depois que eu e Nick entramos no castelo. - Emma falou com Arion e Yanni enquanto voltavam para casa.— Os dois que tiramos para que vocês pudessem entrar no lugar deles, nos deu um pouco de trabalho. - Disse Arion.— Pois é... tivemos que levá-los para dar um mergulho. - Completou Yanni rindo.— Vocês o quê? Me expliquem isso direito.— Tentamos despertá-los com um pouco de água no rosto, mas a reação deles foi de sacudir a cabeça e depois disso voltavam a parecer enfeitiçados. - Explicou Arion.— Então nós experimentamos mergulhar um deles no riacho e deu certo. Depois de um momento de confusão eles se lembraram de tudo e nos agradeceram. - Yanni falou.— Bom... pelo menos já sabemos de uma forma de despertá-los, apesar de não ser uma maneira fácil. - Emma falou. - E então vocês decidiram vir para cá nos esperar?— Depois que eles foram embora, ficamos por um tempo esperando. Mas o dia amanheceu e vocês não saíram aí Yanni teve a grande ideia!
Emma, com o apoio dos meninos, contou entusiasmada tudo o que havia acontecido. Chamou a todos para mostrar o presente que havia recebido. Eles ficaram maravilhados com a beleza e a qualidade de cada item. Incapaz de conter sua excitação, Emma saiu para testar as novas armas, sabendo que não conseguiria dormir sem antes experimentá-las.Após um período de treino, o grupo finalmente se retirou para descansar, e as horas da noite passaram rapidamente. Como planejado, nas primeiras horas da manhã, Emma e os meninos partiram rumo ao templo. Pouco depois, Ísis e seus amigos chegaram ao local. Entre eles estavam o imponente Zorak, o casal de irmãos Althaia e Argos, e o jovem Azaff.— E então, vamos? - Emma falou. Todos confirmaram e eles partiram atrás dela. Antes de seguir em frente, parou na frente da mesa e começou a mexer nos objetos ofertados ali.— Você quer morrer, garota? - Ísis puxou o braço de Emma. - Não aprendeu com o susto que levou na floresta naquele dia? - Havia preocupação
Emma estava em um sono conturbado. Havia vozes chamando seu nome. Chamando-a de outros nomes, nomes que ela não conhecia, mas entendia que se referiam a ela. Algumas vozes eram familiares, mas ela não conseguia identificá-las. Algumas eram diferentes e ela tinha certeza que nunca as tinha ouvido. As vozes choravam, a chamavam e imploravam, mas Emma não entendia o que elas queriam ou ao menos quem eram. Ao fundo das vozes havia sempre uma risada. Uma risada sombria. O som das vozes ficava abafado conforme o som da risada aumentava. Era uma presença opressora. Emma percebeu que estava em um sono conturbado. "Tenho que acordar". Ela pensava. E tentava forçar a consciência para despertar. A presença opressora da risada sombria a forçava para baixo, para a inconsciência, e Emma as vezes esquecia seu objetivo de despertar. De repente as perguntas vieram a sua mente:“Onde estou?"" Por que não consigo acordar?""que vozes são essas?".Tudo veio de volta a mente, e ela se lembrou de tudo:"
— Fala logo, garoto. Não temos tempo a perder! - Ísis estava ansiosa. Tudo que ela mais queria era sair dali.— O cara de olho verde ali, já esteve aqui. - Falou Azaff.— Sim eu sei disso. Conta uma novidade! - Ísis respondeu.— Ele disse que os guardas alimentam os prisioneiros. E a ideia, é quando eles abrirem a porta nós nos comportarmos como se estivéssemos enfeitiçados. Esperamos eles entrarem e então os golpeamos o mais silenciosamente possível. Então podemos sair e encontrar a garota.— Isso é loucura... - Ísis riu. - É a ideia mais idiota que já ouvi na vida! É sério isso?— É a única maneira que conseguimos pensar. A porta não tem chave. Só abre do lado de fora. Zorak poderia quebrar a porta, mas faria barulho demais e atrairia outros e acabaríamos ainda pior que isso. Estamos fundo demais no castelo para tentar fazer um buraco na parede. É a única forma, Ísis.— Você concordou com essa ideia louca? - Ela perguntou olhando para Zorak.— Como o garoto disse. É a única maneira!
— Foram ajudar a nossa vó a levar as malas para a carruagem que vai levá-la. - Respondeu Yanni.— Ela aceitou ir de carruagem? - Falou Emma um pouco surpresa. - Pensei que ela fosse querer ir de cavalo junto com a gente pra não chegarmos primeiro.— Ela disse que a idade já está chegando pra ela. Que não é mais uma garotinha. - Arion falou.— Bom! Pelo menos não vamos precisar nos preocupar com ela. Poderemos correr o máximo que pudermos. - Falou Emma. - Vou me despedir do meu pai e já volto.A jovem entrou na casa e foi até a cozinha, onde encontrou seu pai tomando café com dona Téia. — Pai. Já estou indo! - Ela falou abraçando-o e dando um beijo em sua bochecha. - Ela olhou para dona Téia. - Obrigada por tudo que a senhora fez por nós! - Ela foi até a sogra e a abraçou.— Desculpa a demora, vamos? - Disse Heron chegando na cozinha. Se aproximou da mãe e deu um beijo em sua bochecha. Ele tinha uma mochila nas costas.— Vamos. Você não colocou sua bolsa na carruagem? Vai ter que car
— Ethan deixou este mapa para mim - começou Emma. - Ele disse que pode nos levar às respostas que estou buscando.Marcus, que estava vendo o mapa pela primeira vez, inclinou-se para examinar os símbolos.— Incrível. Estes desenhos parecem muito antigos. Alguma ideia do que eles significam?Althaia, com um olhar atento, apontou para um dos símbolos no canto do mapa.— Este aqui... parece o símbolo do sol. Isso faz sentido, considerando que temos templos antigos ao nosso redor.Argos, seu irmão, concordou com um aceno de cabeça.— Eu concordo. E se esse símbolo do sol estiver indicando o templo do deus Sol? Faz sentido que um lugar de tal importância tenha um mapa direcionando para lá.Julian olhou para Emma, compartilhando sua empolgação.— Emma, você acha que este mapa realmente pode nos levar ao templo? Isso está a alguns quilômetros daqui, nas montanhas, certo?Emma assentiu, sentindo uma onda de determinação.— Sim, Julian. Olhem para estes outros símbolos. Parecem indicar pontos d