— Então, Emma, qual foi a sua ideia? - Perguntou Julian.— Calma, eu vou contar.No fim, quando Emma terminou de contar o plano. Todos olhavam espantados para ela. A jovem não sabia bem o que eles estavam pensando, mas chamando-a de maluca seria uma boa sugestão. Por fim, Ísis falou:— Tá, mas para colocar seu plano em ação teremos que voltar aqui mais ou menos no mesmo horário de hoje. Não tem como fazer nada agora.— É claro. Eu sei disso! Você pode voltar para sua casa. Nós vamos acampar por aqui.— Não, Emma. Vocês podem vir para minha aldeia. Não precisa ficar aqui.— Obrigada, Ísis. Vamos aceitar sua oferta.— Vocês estão realmente considerando colocar esse plano louco em prática? - Disse Julian.— Sim, estamos. É a única maneira que consigo pensar e vamos discutir isso depois. Estou cansada, com fome e com frio.— Com certeza vamos discutir isso, antes de colocar o plano em ação. - Disse Arion. - Não podemos fazer de qualquer jeito, tem que ser bem elaborado. E até parece que e
Ao amanhecer todos procuraram como ocupar o tempo. Ísis ofereceu mostrar a aldeia para Emma.— Aqui é minha casa. - Ísis parou em frente a uma casa que estava sendo reconstruída. - Sabe. Meu pai assim que melhorou quis vir para cá. Ele foi gravemente ferido uma vez e não consegue se manter de pé por muito tempo. Ele não tem muitas atividades e vir até aqui acompanhar a reconstrução da casa tem sido uma boa distração pra ele. Está vendo aquele homem ali? - Ela apontou para um homem de cabelos loiros muito claros sentado em uma cadeira esbravejando com algum trabalhador. - Ele sempre está assim, mal-humorado. Só minha mãe aguenta ele.Ísis começou a andar e Emma a acompanhou.— Vou mostrar a você quem é minha mãe. - Emma viu um grupo de mulheres lavando roupa em um tanque coletivo. - Está vendo aquela de lenço e vestido azul? Cabelos castanhos? É ela.— Ela é bonita. - Emma disse. Ísis sorriu.— Sim. Ela é.Caminhando de volta, Ísis voltou a falar.— Na sua aldeia não tem um ancião? Alg
— O que a gente faz agora? - Sussurrou Emma.— A gente espera - disse Julian se arrastando lentamente para o canto e se sentou no chão. Emma sentou-se ao seu lado. Os dois adormeceram abraçados um ao outro.O som do ferro raspando a madeira fez os dois darem um pulo e se colocarem de pé rapidamente. Os outros não tiveram esse trabalho, estiveram de pé durante toda a noite. Emma não conseguia imaginar como isso era possível. A porta se abriu e uma figura de preto entrou e empurrou nas mãos de cada um, uma caneca de ferro. Ao som das palavras irreconhecíveis, todos levaram a caneca à boca e Emma e Julian foram obrigados a fazerem o mesmo, mas notaram que se tratava apenas de um mingau de aveia ralo. " Eles alimentam os prisioneiros." a jovem pensou. A criatura recolheu as canecas vazias e saiu fechando a porta novamente.Ela olhou para Julian com uma careta e ele apenas deu de ombros.— Pelo menos não estou mais com tanta fome.Não demorou muito e o som na porta os despertou novamente.
Eles caminharam até um ponto onde o caminho se dividia em três.— E agora?— Vamos seguir o caminho do meio. Os outros deve nos levar para os outros templos que não conhecemos - respondeu Emma.— Mas o túnel da direita deve ser o mais próximo da aldeia de Ísis. Eles devem estar nos esperando lá.— Não sei se é perto, Julian. Não sabemos se tem obstáculos. Não temos a menor noção do lugar. Talvez numa outra vez, quando estivermos armados e em maior número.— Você tem razão.Eles seguiram o caminho do meio. Caminharam por muito tempo, estavam cansados e famintos quando chegaram. Emma se aproximou da rocha e desenhou o símbolo. A rocha tremeu e se abriu com um estrondo. Eles saíram para o corredor do templo. Emma reconheceu imediatamente. As grades douradas, o altar com as oferendas que ela agora sabia que poderia tocar, então se aproximou e avaliou o que havia ali que pudesse ser útil no futuro. Havia moedas, mas como se ela não poderia entregá-las a outra pessoa? Ela pensou. Havia arma
— Agora quero saber tudo que aconteceu depois que eu e Nick entramos no castelo. - Emma falou com Arion e Yanni enquanto voltavam para casa.— Os dois que tiramos para que vocês pudessem entrar no lugar deles, nos deu um pouco de trabalho. - Disse Arion.— Pois é... tivemos que levá-los para dar um mergulho. - Completou Yanni rindo.— Vocês o quê? Me expliquem isso direito.— Tentamos despertá-los com um pouco de água no rosto, mas a reação deles foi de sacudir a cabeça e depois disso voltavam a parecer enfeitiçados. - Explicou Arion.— Então nós experimentamos mergulhar um deles no riacho e deu certo. Depois de um momento de confusão eles se lembraram de tudo e nos agradeceram. - Yanni falou.— Bom... pelo menos já sabemos de uma forma de despertá-los, apesar de não ser uma maneira fácil. - Emma falou. - E então vocês decidiram vir para cá nos esperar?— Depois que eles foram embora, ficamos por um tempo esperando. Mas o dia amanheceu e vocês não saíram aí Yanni teve a grande ideia!
Emma, com o apoio dos meninos, contou entusiasmada tudo o que havia acontecido. Chamou a todos para mostrar o presente que havia recebido. Eles ficaram maravilhados com a beleza e a qualidade de cada item. Incapaz de conter sua excitação, Emma saiu para testar as novas armas, sabendo que não conseguiria dormir sem antes experimentá-las.Após um período de treino, o grupo finalmente se retirou para descansar, e as horas da noite passaram rapidamente. Como planejado, nas primeiras horas da manhã, Emma e os meninos partiram rumo ao templo. Pouco depois, Ísis e seus amigos chegaram ao local. Entre eles estavam o imponente Zorak, o casal de irmãos Althaia e Argos, e o jovem Azaff.— E então, vamos? - Emma falou. Todos confirmaram e eles partiram atrás dela. Antes de seguir em frente, parou na frente da mesa e começou a mexer nos objetos ofertados ali.— Você quer morrer, garota? - Ísis puxou o braço de Emma. - Não aprendeu com o susto que levou na floresta naquele dia? - Havia preocupação
Emma estava em um sono conturbado. Havia vozes chamando seu nome. Chamando-a de outros nomes, nomes que ela não conhecia, mas entendia que se referiam a ela. Algumas vozes eram familiares, mas ela não conseguia identificá-las. Algumas eram diferentes e ela tinha certeza que nunca as tinha ouvido. As vozes choravam, a chamavam e imploravam, mas Emma não entendia o que elas queriam ou ao menos quem eram. Ao fundo das vozes havia sempre uma risada. Uma risada sombria. O som das vozes ficava abafado conforme o som da risada aumentava. Era uma presença opressora. Emma percebeu que estava em um sono conturbado. "Tenho que acordar". Ela pensava. E tentava forçar a consciência para despertar. A presença opressora da risada sombria a forçava para baixo, para a inconsciência, e Emma as vezes esquecia seu objetivo de despertar. De repente as perguntas vieram a sua mente:“Onde estou?"" Por que não consigo acordar?""que vozes são essas?".Tudo veio de volta a mente, e ela se lembrou de tudo:"
— Fala logo, garoto. Não temos tempo a perder! - Ísis estava ansiosa. Tudo que ela mais queria era sair dali.— O cara de olho verde ali, já esteve aqui. - Falou Azaff.— Sim eu sei disso. Conta uma novidade! - Ísis respondeu.— Ele disse que os guardas alimentam os prisioneiros. E a ideia, é quando eles abrirem a porta nós nos comportarmos como se estivéssemos enfeitiçados. Esperamos eles entrarem e então os golpeamos o mais silenciosamente possível. Então podemos sair e encontrar a garota.— Isso é loucura... - Ísis riu. - É a ideia mais idiota que já ouvi na vida! É sério isso?— É a única maneira que conseguimos pensar. A porta não tem chave. Só abre do lado de fora. Zorak poderia quebrar a porta, mas faria barulho demais e atrairia outros e acabaríamos ainda pior que isso. Estamos fundo demais no castelo para tentar fazer um buraco na parede. É a única forma, Ísis.— Você concordou com essa ideia louca? - Ela perguntou olhando para Zorak.— Como o garoto disse. É a única maneira!