Ao entrar ele soltou o meu pulso, fechou a porta e foi até uma pequena geladeira.- Eu vou tomar uma cerveja, você quer uma?- Não, obrigada, não estou acostumada a beber bebidas alcoólicas tão cedo.- Ok, santa. - disse num tom de deboche enquanto abria a pequena garrafa.- Quem dera eu fosse mesmo uma santa, talvez assim o diabo não teria me trazido a força para esse lugar!.Ele começou a rir sem parar, sentando-se em um sofá marrom escuro, encostado em uma pequena janela.- Ah mais alguém aqui ou só nós dois? - indaguei com os braços cruzados.- Ué, se você quer saber se há mais alguém aqui fora nós dois, revista a casa. - sorriu ironicamente.- Com certeza eu farei isso. - disse firmemente, descruzando os braços e indo olhar os outros cômodos.Ao olhar em todos os cômodos da pequena cabana pitoresca, percebi que era apenas nós dois mesmo. Com isso voltei para a sala/cozinha.- Satisfeita, princesa? - perguntou num tom sarcástico.- Não, ainda não.Parei perto do sofá e cruzei meus
- Eu preciso dar um jeito de sair daqui e voltar para a minha casa, mas como? - disse a mim mesmo num sussurro enquanto pensava em um jeito - A não ser que.. - foi então que me veio uma ideia na cabeça.- Eu não vou sair do quarto para nada, pelo menos até escurecer.Deitei na cama e fiquei arquitetando o meu plano, até ouvir duas batidas na porta.- Alessia, eu preparei algo para nós comermos, você vem? - perguntou- me num tom amigável..." Eu até estou morrendo de fome, mas é melhor não. Eu tenho certeza que consigo aguentar mais um pouco.- Eu não estou com fome Alonzo, mas obrigada por perguntar. - agradeci.- Você tem certeza? - Indagou - Porque você precisa comer alguma coisa. - disse gentilmente, com um leve tom de preocupação.- Sim, eu tenho. - disse direta.- Ok, mas se caso mudar de ideia eu estou lá na sala, eu ia gostar muito se você me fizesse companhia.- Ok, eu vou pensar com carinho. - retribui sendo agradável também. - Tá bom, pensa sim.Ouvi o som dos passos dele i
- O que fiz ou disse a você foi na hora da raiva, porque o que eu realmente sinto e quero fazer com você é ... - suspirou fundo sem terminar de falar.Eu queria dizer para ele terminar de dizer o que ia me dizer, mas ouvi- lo estava fazendo muita diferença para mim.Monstrando- me "O outro lado de um mafioso".- Desde a primeira vez que te vi, você mexe comigo de uma tal maneira que ... - olhou-me fixamente - Se você soubesse como fico, quando preciso ir para longe de você. É um verdadeiro tormento para mim.Nessa hora eu fiquei um pouco confusa, sem entender ou saber do que ele estava falando.Eu, então, resolvi tirar a minha dúvida.- Do que você está falando, Alonzo? - indaguei.- Eu não queria que você soubesse assim, dessa maneira, nesse exato momento, mas ... - desviou o olhar do meu.- Mas o que, Alonzo? Diga!. - disse num tom suave.- Eu vigio, observo você já faz dois anos.- O que?- É, eu sei que é errado, mas eu estava apenas cumprindo ordens.O clima voltou a ficar tão te
Acordei aconchegada nos braços dele e com os pequenos raios do sol começando a aparecer sobre as árvores.— Obrigada senhor, por mais um dia concedido. - agradeci.Em seguida me virei lentamente para ele, e ao vê- lo ainda dormindo, tão tranquilamente, nu e quase que totalmente perfeito, imaginei minhões de coisas ao lado dele.Principalmente uma família..." Será que ele é o tipo de homen para se ter uma família? - suspirei levemente — De tudo que ele me disse ontem, será que alguma vez ele imaginou o mesmo que eu para ele?Me inclinei sobre ele, o olhei apaixonadamente e beijei delicadamente seus lábios ainda inchados pelos beijos intensos que demos durante minha primeira vez..." A primeira vez que imaginei muitas vezes que seria de outras formas e vários outros lugares. - mordi o canto do lábio — Confesso que minha primeira vez, em uma floresta e com um homem como o Alonzo, superou todas as minhas expectativas.Meu jeito de olhá- lo havia mudado, algo dentro de mim estava diferent
Depois de dormir aconchegada nos braços de um carneirinho em pele de lobo, acordei com um delicioso cheirinho de chá e bolo.Achei até que estava sonhando ao vê- lo tirando a forma de bolo pré assado do forno e colocando em cima da mesa.- Uau, além de gato, interessante e perfeito amante, você também é bom na cozinha? - olhei admirada levantando-me do sofá e indo até ele.- Eu não quero me gabar, mas sou bom em muitas outras coisas também.Pegou uma faca pequena na gaveta, passou em volta do bolo e em seguida o desenformou em um prato.- Mesmo? - indaguei curiosa - E quais seriam essas outras coisas? - parei do lado dele.- Isso você terá que descobrir pouco a pouco. - sorriu enigmaticamente para mim.- Tudo bem, eu tenho uma vida inteira para isso. - joguei meus braços em volta do pescoço dele e o olhei fixamente.- Que bom. - sorriu encantadoramente para mim, abraçando- me pela cintura - Mas agora o que você acha de eu usar uma das coisas que sei, e que sou muito bom por sinal, com
- E agora? - meu coração disparou ao ver o Alonzo de longe, sentado na frente da minha casa - Como eu vou entrar sem que ele me veja? - suspirei.Eu, então, decidi esperar a espreita, até que ele se cansasse e fosse embora, o que levou um tempo considerável, pois o amanhecer estava se aproximando rapidamente.Assim que o vi sair, esperei ele se afaster bem e então sai de onde eu estava escondida.- Bom, acho que agora eu posso entrar e ver como minha mãe está. Afinal eu estou morrendo de saudades dela. - caminhei em direção a minha casa e quando me aproximei da porta da cozinha fiquei em choque.Haviam faixas amarela, coladas de uma parede a outra, aquelas que as polícias geralmente usam em cenas de um crime contendo a frase: *scena del crimine non attraversare*.Eu não estava conseguindo acreditar que aquilo era verdade.- Não, não.. não.. não pode ser. - aflita e desesperada eu comecei a arrancar todas as faixas enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto - Se algo aconteceu com a mi
Depois de terminar de ler a carta que minha mãe havia me deixado, amassado e chorado bastante por alguns minutos, eu fui até o banheiro, joguei dentro do vaso sanitário e dei descarga.- Eu não posso deixar que alguém leia e saiba de tudo que minha mãe me disse. Nem minha melhor amiga. - suspirei - Não que eu não confie nela, mas de todo jeito é melhor eu guardar essas coisas só para mim. Não quero colocá- la em perigo por minha causa.Voltei para o quarto e decidi procurar uma mochila no closet do Vincenzo.Afinal eu não ia ficar andando para lá e para cá com uma caixa na mão.- Isso, achei. - peguei uma mochila preta, mesmo sem autorização e coloquei as coisas da caixa dentro da mochila.- Bom, eu acho que ele não vai se importar de eu ter pego para usar somente por hoje, amanhã eu já devolvo.Peguei a mochila e coloquei na costa.- Agora sim, bem melhor do que a caixa.Olhando para uma prateleira um pouco acima, eu avistei um revólver preto.Eu na curiosidade, é claro que peguei.-
- É, só que agora você terá que me ajudar com isso,.. - olhou para baixo e rapidamente voltou a me olhar fixamente - .. já que você me obrigou a manda- Las embora.Comecei a rir sarcasticamente.- Isso é piada, não é?Balançou a cabeça negativamente.- Me desculpe, Alonzo, mas agora eu estou sem tempo, então,.. - dei de ombro - .. você terá que resolver isso sozinho.- Não flor, você vai resolver isso para mim, e agora.- Ah, sério? - indaguei duvidosamente - E quem irá me obrigar?- Eu!. - respondeu sem hesitar.Comecei a rir novamente.- Desculpe, mas não estou com cabeça para as suas ironias hoje, Alonzo. Então, a gente se vê por aí, ok? - joguei o revólver no sofá, do lado dele, me virei e comecei a ir em direção a porta.Ele, então, levantou-se rapidamente, veio atrás de mim e segurou o meu braço direito com sua mão esquerda enorme, me virando para ele.Foi tão rapidamente que eu até fiquei sem reação.- Ei, espera aí flor da noite, nós ainda não acabamos.Olhei de canto de olho