— O duro é que eu também não sei amiga. - olhou me aflita — Ainda mais porque não sabemos nada sobre ele, não sabemos nem do que ele realmente é capaz.— Mas você acha que ele realmente terá coragem de cumprir suas ameaças? - indaguei preocupada.— Bom, eu queria te dizer que não, mas infelizmente eu tenho certeza que sim. Ainda mais por tudo que me disseram sobre ele naquela festa.— E o que, mais ou menos, te disseram sobre ele?— Me disseram que ele é muito frio. Ele não é o tipo de cara que demonstra sentimentos por ninguém. - passou a mão na nuca — Se ele tiver que torturar alguém para tirar alguma informação, ele tortura, sem dó nem piedade. Se ele tiver que matar alguém, ele mata, sem nem piscar os olhos.Cada coisa que ela me dizia sobre ele, me deixava cada vez pior e cada vez mais preocupada com a minha mãe, pois ela estava sozinha em casa.Eu coloquei os dois cotovelos em cima da mesa e encostei minha testa nas minhas mãos.— A única coisa que eu fiz foi comentar com o irmã
Ao entrar ele soltou o meu pulso, fechou a porta e foi até uma pequena geladeira.- Eu vou tomar uma cerveja, você quer uma?- Não, obrigada, não estou acostumada a beber bebidas alcoólicas tão cedo.- Ok, santa. - disse num tom de deboche enquanto abria a pequena garrafa.- Quem dera eu fosse mesmo uma santa, talvez assim o diabo não teria me trazido a força para esse lugar!.Ele começou a rir sem parar, sentando-se em um sofá marrom escuro, encostado em uma pequena janela.- Ah mais alguém aqui ou só nós dois? - indaguei com os braços cruzados.- Ué, se você quer saber se há mais alguém aqui fora nós dois, revista a casa. - sorriu ironicamente.- Com certeza eu farei isso. - disse firmemente, descruzando os braços e indo olhar os outros cômodos.Ao olhar em todos os cômodos da pequena cabana pitoresca, percebi que era apenas nós dois mesmo. Com isso voltei para a sala/cozinha.- Satisfeita, princesa? - perguntou num tom sarcástico.- Não, ainda não.Parei perto do sofá e cruzei meus
- Eu preciso dar um jeito de sair daqui e voltar para a minha casa, mas como? - disse a mim mesmo num sussurro enquanto pensava em um jeito - A não ser que.. - foi então que me veio uma ideia na cabeça.- Eu não vou sair do quarto para nada, pelo menos até escurecer.Deitei na cama e fiquei arquitetando o meu plano, até ouvir duas batidas na porta.- Alessia, eu preparei algo para nós comermos, você vem? - perguntou- me num tom amigável..." Eu até estou morrendo de fome, mas é melhor não. Eu tenho certeza que consigo aguentar mais um pouco.- Eu não estou com fome Alonzo, mas obrigada por perguntar. - agradeci.- Você tem certeza? - Indagou - Porque você precisa comer alguma coisa. - disse gentilmente, com um leve tom de preocupação.- Sim, eu tenho. - disse direta.- Ok, mas se caso mudar de ideia eu estou lá na sala, eu ia gostar muito se você me fizesse companhia.- Ok, eu vou pensar com carinho. - retribui sendo agradável também. - Tá bom, pensa sim.Ouvi o som dos passos dele i
- O que fiz ou disse a você foi na hora da raiva, porque o que eu realmente sinto e quero fazer com você é ... - suspirou fundo sem terminar de falar.Eu queria dizer para ele terminar de dizer o que ia me dizer, mas ouvi- lo estava fazendo muita diferença para mim.Monstrando- me "O outro lado de um mafioso".- Desde a primeira vez que te vi, você mexe comigo de uma tal maneira que ... - olhou-me fixamente - Se você soubesse como fico, quando preciso ir para longe de você. É um verdadeiro tormento para mim.Nessa hora eu fiquei um pouco confusa, sem entender ou saber do que ele estava falando.Eu, então, resolvi tirar a minha dúvida.- Do que você está falando, Alonzo? - indaguei.- Eu não queria que você soubesse assim, dessa maneira, nesse exato momento, mas ... - desviou o olhar do meu.- Mas o que, Alonzo? Diga!. - disse num tom suave.- Eu vigio, observo você já faz dois anos.- O que?- É, eu sei que é errado, mas eu estava apenas cumprindo ordens.O clima voltou a ficar tão te
Acordei aconchegada nos braços dele e com os pequenos raios do sol começando a aparecer sobre as árvores.— Obrigada senhor, por mais um dia concedido. - agradeci.Em seguida me virei lentamente para ele, e ao vê- lo ainda dormindo, tão tranquilamente, nu e quase que totalmente perfeito, imaginei minhões de coisas ao lado dele.Principalmente uma família..." Será que ele é o tipo de homen para se ter uma família? - suspirei levemente — De tudo que ele me disse ontem, será que alguma vez ele imaginou o mesmo que eu para ele?Me inclinei sobre ele, o olhei apaixonadamente e beijei delicadamente seus lábios ainda inchados pelos beijos intensos que demos durante minha primeira vez..." A primeira vez que imaginei muitas vezes que seria de outras formas e vários outros lugares. - mordi o canto do lábio — Confesso que minha primeira vez, em uma floresta e com um homem como o Alonzo, superou todas as minhas expectativas.Meu jeito de olhá- lo havia mudado, algo dentro de mim estava diferent
Depois de dormir aconchegada nos braços de um carneirinho em pele de lobo, acordei com um delicioso cheirinho de chá e bolo.Achei até que estava sonhando ao vê- lo tirando a forma de bolo pré assado do forno e colocando em cima da mesa.- Uau, além de gato, interessante e perfeito amante, você também é bom na cozinha? - olhei admirada levantando-me do sofá e indo até ele.- Eu não quero me gabar, mas sou bom em muitas outras coisas também.Pegou uma faca pequena na gaveta, passou em volta do bolo e em seguida o desenformou em um prato.- Mesmo? - indaguei curiosa - E quais seriam essas outras coisas? - parei do lado dele.- Isso você terá que descobrir pouco a pouco. - sorriu enigmaticamente para mim.- Tudo bem, eu tenho uma vida inteira para isso. - joguei meus braços em volta do pescoço dele e o olhei fixamente.- Que bom. - sorriu encantadoramente para mim, abraçando- me pela cintura - Mas agora o que você acha de eu usar uma das coisas que sei, e que sou muito bom por sinal, com
- E agora? - meu coração disparou ao ver o Alonzo de longe, sentado na frente da minha casa - Como eu vou entrar sem que ele me veja? - suspirei.Eu, então, decidi esperar a espreita, até que ele se cansasse e fosse embora, o que levou um tempo considerável, pois o amanhecer estava se aproximando rapidamente.Assim que o vi sair, esperei ele se afaster bem e então sai de onde eu estava escondida.- Bom, acho que agora eu posso entrar e ver como minha mãe está. Afinal eu estou morrendo de saudades dela. - caminhei em direção a minha casa e quando me aproximei da porta da cozinha fiquei em choque.Haviam faixas amarela, coladas de uma parede a outra, aquelas que as polícias geralmente usam em cenas de um crime contendo a frase: *scena del crimine non attraversare*.Eu não estava conseguindo acreditar que aquilo era verdade.- Não, não.. não.. não pode ser. - aflita e desesperada eu comecei a arrancar todas as faixas enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto - Se algo aconteceu com a mi
Depois de terminar de ler a carta que minha mãe havia me deixado, amassado e chorado bastante por alguns minutos, eu fui até o banheiro, joguei dentro do vaso sanitário e dei descarga.- Eu não posso deixar que alguém leia e saiba de tudo que minha mãe me disse. Nem minha melhor amiga. - suspirei - Não que eu não confie nela, mas de todo jeito é melhor eu guardar essas coisas só para mim. Não quero colocá- la em perigo por minha causa.Voltei para o quarto e decidi procurar uma mochila no closet do Vincenzo.Afinal eu não ia ficar andando para lá e para cá com uma caixa na mão.- Isso, achei. - peguei uma mochila preta, mesmo sem autorização e coloquei as coisas da caixa dentro da mochila.- Bom, eu acho que ele não vai se importar de eu ter pego para usar somente por hoje, amanhã eu já devolvo.Peguei a mochila e coloquei na costa.- Agora sim, bem melhor do que a caixa.Olhando para uma prateleira um pouco acima, eu avistei um revólver preto.Eu na curiosidade, é claro que peguei.-