Capítulo 3

  - Não poderia deixar de parabenizar nossa tão adorada Dona Teresa.- Rachel diz olhando para a anciã, que estava com uma carranca.

- E eu gostaria de jantar!- A velha b**e com a bengala no chão.-

  - Mamãe, por favor!- Lúcia sussurra exasperada.

  - Soube que nos tempos de juventude a senhora amava dançar, e me inspirando no seu exemplo, gostaria de lhe prestar uma homenagem com sua música favorita!- Rachel faz um sinal para os músicos, e eles se apressam em tocar a música que fora combinada.

  - Isso não está me cheirando bem.- Amanda sussurra para Nicolas.

  - Já sei exatamente o que essa pilantra planeja.- Murmurou Nicolas.

  - Bom, para prestar uma homenagem a nossa querida Dona Teresa, convidarei alguém muito especial, Nicolas, o meu ex noivo.- Rachel forçou um olhar apaixonado.

  

  Nicolas olhou para o rosto de Amanda, o desespero era nítido.

  

  - Me ajude!- Sussurrou.

  - Com qualquer coisa?- Perguntou a jovem.

  - Só me livre das garras dela!-

  

  E Amanda pisou ( discretamente) com toda a força que possuía no pé de Nicolas, o fazendo urrar de dor.

  

  Todos os convidados que o olhavam em expectativa, passaram a olhá-lo com espanto.

  

  - Ele torceu o tornozelo ontem, acho que passou tempo o suficiente em pé.- Amanda disse na defesa do amigo. 

  

  Rachel fuzilou a garota com os olhos.

  

  - Então não acho que seja prudente o rapaz ficar em pé, pode piorar o machucado.- Comentou Dona Teresa, ajudando a neta.

  - Exatamente, pode prender a circulação dele... Imaginem só! Sem oxigenação o suficiente para o seu membro inferior, ele pode acabar até perdendo o pé.- Completou Amanda.

  

  Todos fizeram um " Oh" , exceto Rachel, que pensava em todas as formas cruéis de torcer o pescoço de Amanda. 

  

  - Por favor, me ajude a sentar, meu tornozelo está latejando.- Mentiu Nicolas, pois claramente o que latejava era o seu pé.

  - Arthur, dance com a Rachel, a homenagem para a vovó precisa continuar.- Sugeriu Amanda.

  

  Arthur praticamente foi carregado pela mãe até a direção de Rachel, afinal, Lúcia jamais permitiria que a moça passasse uma vergonha daquelas sendo ignorada e largada ali sozinha, com a música já tocando.

  

  Nicolas sorriu vitorioso, foi um belo castigo para o Arthur, que estava se divertindo as suas custas.

  

  Mas o mundo gira, e foi graças a Amanda que ele girou favoravelmente para Nicolas.

  

  Arthur ainda fuzilava a irmã caçula com os olhos quando levou uma das mãos para a cintura de Rachel, e a outra para as suas costas.

  

  - Acho que ele está querendo nos matar.- Sussurra Amanda, conduzindo Nicolas a sentar-se no sofá.

  - É mesmo? E por que ele iria querer me matar?- 

  - Porque você está se divertindo com a situação-

  - E você não?- 

  

  Amanda deu uma espiada em seu irmão mais velho dançando com a megera de sua meio-irmã. O Arthur parecia prestes a cuspir fogo a qualquer momento e a Rachel... A Rachel nunca esteve tão furiosa, o jeito que trincava os dentes fazia com que parecesse capaz de morder o primeiro que passasse na sua frente.

  

  - Não posso evitar, está sendo a melhor parte do meu dia-

  - Achei que a melhor parte do seu dia foi me encontrar- Brinca Nicolas.

  - Bom... Você deu belos socos no Theo, te concederei esse mérito-

  - Você sempre teve um senso de humor extraordinário, menos quando estava com raiva-

  - Você recusou o convite do aniversário da Clarice e me expulsou do quarto, como queria que eu ficasse?-

  - A Clarice era apenas uma boneca- Nicolas cruzou os braços.

  - Ela É ( com ênfase no " é") uma boneca. Ainda a tenho na minha cama, por favor tenha respeito.-

  

  Nicolas tamborilou os dedos na própria coxa, por que demônios a Amanda era tão apegada aquela boneca?

  

  - Ainda assim, é apenas uma boneca-

  - E o que vocês estavam vendo naquele dia?- 

  - Ah...- Nicolas coçou a cabeça.- Eu não lembro, já faz muito tempo-

  

  Amanda, como sempre muito observadora, viu o Nicolas coçar a cabeça, e então decidiu tortura-lo.

  

  - No entanto você lembra o nome da minha boneca? Engraçado... Vocês não queriam que eu chegasse perto da tela do computador, com certeza foi algo muito marcante.- Provocou Amanda.

  - Am... Era um filme.-

  - Achei que não lembrasse-

  - Não lembro sobre o que era-

  - Com certeza algo indecente-

  - Você está ainda mais insolente do que naquela época.- Nicolas cruzou os braços.

  - E você está falando igual a vovó-

  - E eu acho que você deveria buscar um copo de suco para mim.- 

  - O que isso tem a ver com a conversa?-

  - Nada. Acontece que eu estou com sede e o meu tornozelo está machucado.- Nicolas esboçou um sorriso malicioso.

  

  Amanda estreitou os olhos.

  

  - Irei apenas para não estragar o meu desempenho como atriz.- Brincou, levantando-se da cadeira.

  

  Nicolas, pela primeira vez, pôde analisar a roupa que Amanda estava usando enquanto ela caminhava para buscar a bebida.

  

  Um vestido azul-claro muito justo na cintura e nos quadris, desenhava perfeitamente as curvas exuberantes da Amanda e ele achou que aquele tipo de vestido seria uma das causas da queda da torre de Babel ( sem querer blasfemar) se existisse na época de Ninrode ( o seu inventor).

  

  Mas o que um vestido inocente ( não tão inocente assim) teria a ver com a queda de uma torre tão enorme? 

  

  Na verdade, não tinha nada, ele só tentou fazer uma metáfora, mas aquilo estava mais para uma hipérbole, pois tratava-se de um grande exagero. 

  

  - Merda...- Sussurrou, chacoalhando a cabeça, não deveria estar analisando o vestido de Amanda. 

  

  Afinal de contas, ela é como se fosse a sua irmã mais nova.

  

  Mas ele não a desejava, estava apenas analisando e isso é tudo. 

  

  - Por que está tão pensativo?- Indaga Amanda, estendendo-lhe o copo de suco.

  - Ah... Nada, só estava pensando em quanto tempo vou ter que fingir um tornozelo machucado, já que meu tornozelo não vai sarar do dia para a noite- 

  - Para o Arthur você poderá contar a verdade e o papai não vai lembrar de nada.- Amanda fitou o seu pai com olhos de crítica.

  

  Ele estava na quinta taça de vinho e já começou a ficar alegre na segunda. 

  

  - É... Preciso concordar.- Sussurrou Nicolas.

  - Posso saber do que os dois traidores estão falando?- Indaga Arthur, surgido as costas de ambos.

  

  Era tão bom provocar o Nicolas que a Amanda nem percebeu quando a música acabou.

  

  - Olhe pelo lado positivo, você descobriu ser um bom dançarino.- Brincou Nicolas.

  

  Amanda pressionou os lábios comprimindo uma risada. 

  

  Arthur fuzilou o amigo com os olhos.

  

  - A Rachel pode ser muitas coisas, mas não é idiota. Acho que todo mundo percebeu que você inventou o tornozelo machucado.- Arthur praticamente empurrou a Amanda para o lado, sentando-se perto do amigo no sofá. 

  

  Irritada com a atitude de seu irmão, a moça deu um forte beliscão na coxa dele.

  

  - Sua...- Arthur grunhiu, massageando o local.

  - Epa!- Amanda ergueu o dedo.- Respeite o aniversário da vovó.

  - Você é uma diaba!-

  - E você um mal educado!- 

  - Bom... Se todos perceberam que eu inventei o tornozelo machucado, não vejo como pode ficar mais claro que eu não quero nenhum contato com a Rachel.- Disse Nicolas, de repente.

  - " Pode faltar oxigênio para os membros inferiores, e ele pode perder o pé".- Arthur tentou de um jeito ridículo imitar o tom de voz da irmã.- Aonde aprendeu a ser melodramática desse jeito? E desde quando você virou amiga do Nicolas?-

  - Não é melodrama, é fisiologia, li isso em um livro de medicina da vovó-

  - A vovó tem livro de medicina?-

  - Ela era médica, o que esperava que ela tivesse?- 

  - Você deve ser uma ótima escritora, Amanda, sua imaginação é fora de série.- Elogiou Nicolas.

  

  Arthur revirou os olhos. 

  

  E Amanda, pela primeira vez, não soube o que falar, pois nunca soube reagir a elogios.

  

  - Aonde foi a Sabrina?- Arthur perguntou a Amanda.

  - O nome dela é Samanta!- Amanda enfiou o indicador no tórax do seu irmão mais velho.- E não é da sua conta, fique longe das minhas amigas.-

  - Não seja egoísta.- Brincou Arthur.

  - Se você não fosse um safado que com certeza partiria o coração dela em mil pedaços, eu não ligaria-

  - Você está sendo exagerada-

  - Sabe que não estou.- Amanda cruzou os braços.- Mas já que quer "conhecer" melhor uma das minhas amigas, posso fazer o mesmo com seus amigos-

  

  A expressão do Arthur se transformou em uma carranca. 

  

  - Nenhum dos meus amigos prestam para um relacionamento, e eu arranco as pernas de qualquer um deles que se meter com você.- Ameaçou Arthur.

  - Está incluindo o Nicolas nisso?- Provocou Amanda.

  

  Nicolas quase engasgou com o suco e o Arthur quase engasgou com a própria saliva.

  

  - O que quer insinuar com essa pergunta?- Indagou o mais velho.

  - Ora... Você disse que nenhum dos seus amigos prestam... O Nicolas é seu amigo, ele não presta?-

  - Não!- Rugiu Arthur.

  - Obrigado pela parte que me toca.- Brincou Nicolas.

  

  Arthur o fitou com um olhar gélido.

  

  - O que? Você não acha que... Ah, pelo amor de Deus... Amanda é como se fosse minha irmã caçula, não seja idiota-

  - É bom que realmente seja- Murmurou Arthur.

  - Então você quer se envolver com as minhas amigas, mas o contrário não pode? Enfim, a hipocrisia-

  - Amanda, não me provoque.- Arthur apontou o dedo na direção da mais nova.- Sou seu irmão mais velho e deve me obedecer-

  - E você é um iludido por achar isso- Rebate Amanda.

  - Eu vou costurar a boca dessa menina!- Bradou Arthur.

  - Eu ajudo.- Acrescentou Hugo, chegando no local da conversa.

  - Você!- Arthur apontou para seu outro irmão.- Não se intrometa-

  - O que faz aqui?- Indagou Amanda, olhando para o grupo de amigos do Hugo, que devoravam os doces da festa-

  

  Ela fez uma careta.

  

  Deveria ter guardado uns brigadeiros.

  

  - Fugindo.- Respondeu.

  

  Arthur ergueu a sobrancelha.

  

  - Posso saber de quem?- Indagou o mais velho.

  - Da Carolina.- Hugo apontou para a amiga de dezesseis anos de uma das suas primas.- Prometi que dançaria uma música com ela-

  - E por que diabos você não quer dançar com ela?- Agora foi a vez de Nicolas perguntar.

  - Aquela menina tem os dois pés esquerdos-

  - E por que prometeu algo que não pensa em cumprir?- Perguntou Amanda.

  - Fui pressionado pela mamãe e pela nossa tia-

  - Você não é um homem.- Arthur revirou os olhos.

  - Se querer evitar a fúria da mamãe me faz menos homem, que seja- Hugo deu de ombros. 

  - A titia está acenando.- Constatou Amanda, olhando para a mulher mais velha.

  

  Hugo estremeceu.

  

  - Crianças, vamos cantar os parabéns.- Diz Lúcia, mãe de Arthur, Hugo e Amanda.- Depois do bolo você poderá dançar com a Carolzinha.- Lúcia deu dois tapinhas nas costas de seu filho do meio.

  - E o papai? Aonde foi?- Hugo estava desesperadamente tentando mudar o foco da conversa.

  - O papai bebeu tanto vinho que acho que vai passar a noite inteira no banheiro.- Arthur respondeu ao irmão. 

  - Parem de cuidar da vida do pai de vocês.- Repreendeu Lúcia.- Vão agora ficar perto da mamãe para os parabéns, e quanto a você!.- Novamente ela apontou para o Hugo.- Nem pense em tentar desconversar e fugir, depois do bolo...-

  - Dançar com a Carolina.- Resmungou o mesmo, tomando a iniciativa de caminhar até a mesa dos parabéns.

  

  Os três que ficaram para trás pareciam se divertir com a situação.

  

  - Do que é o bolo? Espero que tenha amendoim, eu amo amendoim.- Comentou Amanda. 

  

  ...

  

  O aniversário da avó de Amanda chegou ao fim, para o alívio de quase todos.

  

  Rachel tentou perseguir o Nicolas durante o resto da noite, Hugo fora obrigado a dançar com a Carol e terminou com o pé roxo, e o Arthur teve que servir de dama de companhia para a avó, que o acertou umas quinze vezes com a bengala enquanto fofocava com suas amigas.

  

  Amanda gargalhou ao lembrar. 

  

  E agora, na solidão da noite, já de pijama e quase pronta para dormir, a moça abriu o seu notebook e pôs-se a digitar.

  

  Todas as noites ela trabalhava com afinco naquele livro, era o único horário do dia que ficava completamente a sós com seus pensamentos. 

  

  Batidas na porta de seu quarto a fizeram tomar um pequeno susto, e ela praguejou mentalmente, com certeza seria Hugo para irritar.

  

  - O que é?- Perguntou áspera.

  - Sou eu.- Era a voz de Nicolas do outro lado da porta.

  

  Ela tinha esquecido que ele e o Arthur ficaram para dormir.

  

  - Pode entrar.- Ela se apressou em fechar a tela do notebook quando viu a maçaneta girar.

  - Estou sem sono e o seu irmão já dormiu, tinha a esperança que estivesse acordada para que nós pudéssemos assistir um filme-

  - Ah... Claro, podemos assistir.- Ela quase gaguejou, e Nicolas percebeu o nervosismo em sua voz, assim como percebeu o notebook fechado no seu colo. 

  - O que estava fazendo?- Ele cruzou os braços e arqueou a sobrancelha.

  - Bem, eu...- Suas bochechas começaram a ganhar um tom rosado.- Nada demais, estava conversando com as minhas amigas.- Mentiu.

  - Você é uma péssima mentirosa, Mandy.- Nicolas caminhou até o lado da garota, sentando-se em sua cama.- Eu sou ótimo em guardar segredos, pode confiar em mim-

  

  Amanda ficou em silêncio por um período curto de tempo.

  

  Ela conhecia Nicolas a vida inteira, mas jamais mencionou os seus livros a ninguém. 

  

  - Pode confiar em mim.- Ele tocou a mão da garota.

  

  Nicolas não costumava ser tão insistente, mas ele sentia que a Amanda não estava satisfeita com algo e que precisava de um encorajamento.

  

  Em silêncio, ela abriu a tela do computador e o colocou no colo de Nicolas, mas não teve coragem de olhá-lo nos olhos.

  

  E ele começou a ler.

  

  ...

  

  Amanda espiou algumas das expressões de Nicolas enquanto ele lia o seu livro e nenhuma delas parecia de desdém, ele estava gostando, ela tinha certeza. 

  

  - Você é muito inteligente, Mandy, além de senso de humor, sua obra é uma ótima aula de história-

  - Acho que falar " obra" é um pouco exagerado-

  - Termine o livro e o registre, eu sei exatamente para quem leva-lo.- Nicolas entregou o notebook para Amanda.

  - Como assim " levá-lo?-

  - Por favor, Mandy, você precisa publicar isso. Só você para transformar o meridiano de Greenwich em um lugar romântico- 

  - Eu achei que seria um ótimo lugar para um primeiro beijo- 

  - Eu não me lembro do meu primeiro beijo.- Confessou Nicolas.

  - O meu primeiro beijo foi na casa de praia... Mas não foi na praia em si, seria romântico demais para mim.-

  - E aonde foi?- Nicolas sentiu uma vontade urgente em saber.

  - Na sala de costura da vovó, brincando de verdade ou desafio-

  - De praxe- 

  - Sim... De praxe-

  - Por que você escolheu Greenwich para um primeiro beijo e não uma praia?- 

  - Sabia que Greenwich é o ponto zero para os navegadores? Antes dele, não existia nenhum roteiro de navegação e nenhum marinheiro sabia quando de fato começava uma viagem em alto mar- 

  - Você disse isso no livro... Foi por isso que eu falei, uma aula de história... É incrível sua imaginação para descrever tudo- 

  - Muito obrigada por me incentivar.- Amanda leva sua mão a tocar a mão de Nicolas, que está apoiada na própria coxa.

  

  Foi aí que ele pensou, o que claramente não deveria ter pensado, mas o que ela sentiu quando beijou pela primeira vez? Nicolas estava descobrindo que Amanda não era mais uma criança.

  

  Desde quando ela tinha ganhado lábios tão cheios? 

  

  Como seria toca-los? 

  

  Ele não deveria pensar em algo assim, pois aquela é a irmã caçula do seu melhor amigo, pode-se dizer que também é a sua irmãzinha.

  

  - Acho que muitos navegadores se perdiam em alto mar antes da Inglaterra criar os roteiros- 

  - Ah, com certeza, por isso eu achei tão inspirador usar o Greenwich para o lugar de um primeiro beijo- 

  

  Nicolas franziu a testa, não entendeu a linha de raciocínio de Amanda, não tinha nada romântico no Greenwich. 

  

  - Lugares históricos são sempre marcantes para um primeiro beijo- Ela responde, como se adivinhasse os pensamentos de Nicolas.

  - Pensando por esse lado... Não exija muito de mim para entender essas coisas, sou de exatas- Brinca Nicolas.

  - Como eu poderia esquecer? Já me livrou várias vezes de reprovar na escola. O Arthur nunca teve paciência para ensinar.-

  - O Arthur nunca teve paciência para nada.- Brincou Nicolas.

  

  Ambos riram do comentário.

  

  - Quer tomar sorvete enquanto assistimos filme?- Convidou Amanda.

  

  Ela estava feliz.

  

  Estava feliz por ter contado de seu livro a alguém.

  

  Estava feliz porque esse alguém gostou muito do seu livro e a encorajou a seguir em frente. 

  

  Sentia-se determinada.

  

  - Eu adoraria, nunca recuso sorvete- 

  - Te conheço o bastante para saber disso.- Amanda levantou-se da cama para buscar o sorvete. 

  - Mandy.- Nicolas a chamou enquanto a moça ainda estava segurando a maçaneta.

  - Hum?- Ela virou-se para ele.

  - Acho melhor assistirmos na sala, não quero despertar a ira do seu irmão por estar em seu quarto... Na sua cama.- 

  

  Nicolas achou que para a própria saúde física deveria levantar-se da cama de Amanda e segui-la até a cozinha.

  

  E juntos, os dois desceram para o primeiro piso do apartamento.

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