Como sempre, Amanda decidiu inventar algo que não era prático. Quis a todo custo fazer biscoitos para comerem com o sorvete.
- Mandy, isso realmente não é necessário.- Nicolas a encarou, enquanto a mesma estava em cima de uma escada, se esticando para pegar os ingredientes.
Na medida que Amanda se esticava para pegar um novo ingrediente que faltava, seu pijama ( que na verdade era uma camisola) muito imoral, subia, deixando uma boa parte de suas coxas as vistas.
Nicolas elevou os olhos a curva de seus quadris, o tecido fino da seda mostrava exatamente como era o seu desenho e o mesmo concluiu que roupas do tipo não faziam bem para a sanidade mental.
- Já acabou?- Perguntou, desviando os olhos para qualquer ponto da cozinha, mas já era tarde demais.
Seu corpo o traiu involuntariamente e o seu membro coberto começou a latejar.
- Só mais um pouco.- Respondeu Amanda, segurando o último ingrediente para a massa.
- Não, não.- Pragueja Nicolas, tentando respirar fundo e mandar aquela sensação para bem longe.Isso é errado.
É completamente errado.
Nunca poderia ver a Amanda como mulher.
- Algum problema?- A moça arqueia uma das sobrancelhas enquanto se vira para encara-lo.
- Não gire assim!- Grita Nicolas, mas foi tarde demais, pois o pé da Amanda girou em falso e só deu tempo da mesma sacudir os braços no ar.O tombo foi quase feio.
Quase.
Porque o Nicolas estava bem atrás dela, seria o seu salvador, exatamente como nos filmes e livros de romance.
Mas essa ideia foi por água abaixo quando Nicolas sentiu a força da gravidade.
A gravidade da Terra é aproximadamente 9,8 m/s ( ao quadrado) e se fosse um pouco menor a Amanda teria flutuado.
Naquele momento, Nicolas torceu para que a gravidade diminuísse, pois assim que segurou a moça em seus braços, foi a sua vez de pisar em falso e se esparramar no chão.
O saco de farinha que estava na mão da Amanda voou por toda a cozinha e caiu sobre eles, dando-lhes um banho.
O resultado final foi magnífico: A Amanda por cima do Nicolas e ambos jogados no chão, a cozinha inteira ( inclusive eles próprios) coberta de farinha, e para finalizar a escada tinha caído sobre os copos de vidro, derrubando todos.
- Acho que agora estamos encrencados.- Murmura Amanda, ainda deitada sobre o corpo do Nicolas, encarando-o.
O homem comprimiu os lábios, estava prestes a gargalhar, não por achar a situação engraçada ( por mais que estivesse realmente engraçada), o sorriso era de desespero.
- Vamos demorar a madrugada inteira para arrumar essa bagunça-
- E o nosso filme?- - Nosso filme já era, pelo menos por hoje- - Que diabos está acontecendo aqui?- Surge Hugo no canto da porta.Era tudo o que eles precisavam.
- Estávamos tentando fazer biscoitos- Amanda disse em defesa dos dois.
Hugo arregalou os olhos e os manteve fixo na parte do corpo de sua irmã que se juntava a outra parte do corpo de Nicolas de uma forma bastante íntima.
Claro que Amanda não tinha percebido nada.
- Vocês estão muito encrencados.- Hugo esboçou um sorriso malicioso.
- Já que está aí, poderia nos ajudar.- Opinou Amanda. - Nem morto.- - Hugo, qual é mesmo a saída?- Uma voz de uma mulher desconhecida interferiu na conversa.E a dona da voz projetou-se ao lado de Hugo, ainda não percebendo que tinham outras pessoas no local.
- É... Acho que terá que ajudar.- Agora é a vez de Amanda esboçar um sorriso malicioso.
- O que você quer?- Hugo perguntou com um humor ácido. - O nosso segredo pelo seu segredo... E você terá que ajudar- - Não está sendo convincente- Provocou Hugo. - Então serei mais convincente.- Amanda levanta-se do colo de Nicolas, caminhando de uma forma atrevida até seu irmão do meio.- Ou nos ajuda a limpar a cozinha, ou contarei a mamãe que traz mulheres à noite, quando todos estão dormindo.-Sentindo-se vitoriosa, Amanda ergue a cabeça e fita o seu irmão nos olhos, era maravilhosa a sensação de deixá-lo sem alternativa.
- Eu limpo o chão e vocês as paredes.- Resmunga Hugo, fuzilando com os olhos a moça clandestina de cabelos ruivos que estava bem ao seu lado.
Nicolas e Amanda se entreolham.
- Eu não quero tê-la como inimiga.- Sussurra Nicolas.
- Essa é a vantagem de ser a mais nova, sempre podemos chantagear os outros irmãos.-Amanda pega um pouco de farinha que ainda tinha sobre o balcão e passa na bochecha do Nicolas.
...
Graças a ajuda de Hugo, o trabalho desempenhado por Nicolas e Amanda de limparem a bagunça da cozinha foi concluído com sucesso, e ainda conseguiram assistir o filme.
Não o filme completo, claro, estavam exaustos demais, tanto que acabaram adormecendo no sofá.
Quando amanheceu, o casal de amigos foi despertado por um estrondoso barulho de panelas se chocando.
- Que merda é essa?- Resmunga Nicolas.
Amanda estava deitada em seu ombro e tinha babado na sua camisa de dormir.
- Eu é que pergunto, que merda é essa?- Indaga Arthur, franzindo a testa ao olhar para a tela da televisão.- Você estava assistindo " barraca do beijo" com a minha irmã?-
- Posso saber qual o problema nisso?- Indaga Amanda, cruzando os braços. - É, eu também quero saber.- Acrescenta Nicolas. - Eu preciso mesmo comentar?- Arthur diz em retórica. - Não venha com esse seu olhar de julgamento, foi por culpa dele que eu perdi o aniversário da Clarice.- Brinca Nicolas.Amanda não reprimiu a risada.
- De quem?- Pergunta Arthur, confuso.
- Você não entenderia.- Provoca Amanda. - Cara, vai tomar um banho e arrumar suas coisas, vamo para a praia.- Arthur se refere a Nicolas. - Achei que hoje adiantaríamos o trabalho.- - Amanhã faremos isso, hoje iremos a praia- - Eu também quero ir!- Bradou Amanda. - Não.- Diz Arthur, secamente. - Não estou perguntando.- Amanda deu de ombros.- Não sou criança e você não decide para onde vou.- - Sou seu irmão mais velho- - E eu não dou a mínima- - Amanda... Só vão homens do nosso grupo, não tem o menor sentido...- - No grupo de vocês só tem homens.- Amanda afunda o indicador no tórax de Arthur.- Está na hora de mudar um pouco, mandarei mensagem para as minhas amigas e todas iremos- - Vai convidar a Sabrina?- Indaga Arthur, com um sorriso malicioso. - Samanta!- Bradou Amanda.Arthur revirou os olhos.
- Sim, mas já disse que você não vai se meter com ela, pelo menos não até criar bom senso-
- Você é mãe da garota?- - Sou amiga, e estou exercendo o meu papel, você é o meu irmão, mas é um canalha- - Vou arrancar a língua dessa garota.- Sussurra Arthur.Nicolas prende o riso com os lábios.
- Bom, como quiser, mas se quiserem ir à praia conosco, estejam prontas em vinte minutos-
- Quarenta.- Rebateu Amanda. - Vinte e cinco.- Retrucou Arthur. - Trinta e cinco.- - Meia hora e não tem mais discussões.- Diz Arthur, colocando um ponto final aquela conversa.Amanda salta do sofá e sobe as escadas correndo, muita coisa precisava ser feita em meia hora.
...
E todas as moças cumpriram com o combinado, pois em exatos trinta minutos estavam prontas para ir à praia. Quando Arthur estacionou o carro, as quatro amigas foram as primeiras a saltarem.
- Viu? Eu disse que o Mário viria.- Sussurrou Letícia, dando uma cotovelada discreta na Amanda.
- Acha que eu consigo conversar com ele? Com o Arthur estando aqui?- Amanda sussurrou de volta. - Não custa tentar.- Responde Letícia. - O que estão sussurrando?- Era a voz de Arthur, caminhando logo atrás das meninas, acompanhado do Nicolas. - Nada que seja da sua conta.- Responde Amanda. - Eu posso distrair o Arthur para você.- Deduz Samanta, com um sorriso provocador.Amanda estreitou os olhos.
- Eu já dei minha opinião sobre isso.-
- Não se preocupe comigo, Mandy, sou imune aos encantos do seu irmão, eu sei apenas me divertir.- Samanta, enquanto falava, olhou na direção do Arthur e o mesmo encarava o grupo de amigas com uma certa curiosidade. - Amiga, ele nem sabe o seu nome, fica te chamando de Sabrina.- Confessa Amanda. - Depois dessa noite, ele jamais esquecerá o meu nome.- Brinca Samanta. - E o que pretende essa noite?- Indaga Ingrid. - Eu prefiro não saber.- Amanda não evitou a expressão de nojo. - Eu te conto depois.- Samanta sussurrou para Ingrid. - Eu também quero saber!- Bradou Letícia. - Façam isso enquanto eu estiver no banho, de preferência, em um lugar bem longe de mim.- Diz Amanda. - Você nunca se importou com os detalhes sórdidos, sempre contamos tudo umas as outras.- Provoca Ingrid. - É, mas nunca se tratou de um dos meus irmãos, nesse caso eu realmente prefiro não saber.- Amanda fez uma careta. - É falta de educação deixar os outros de fora da conversa.- Resmungou Arthur, chutando um pouco de areia na direção das meninas.- E tratem de andar mais rápido.- - Também é falta de educação tentar escutar a conversa dos outros.- Como sempre, Amanda tem a resposta na ponta da língua. - Arthur, o que acha de ir comigo comprar água de coco?- Indagou Samanta, afastando-se do seu grupo de amigas. - Eu acho uma ótima ideia.- Concordou Arthur, passando um de seus braços no ombro da garota.Amanda revirou os olhos.
- Eu realmente espero que ela não se decepcione depois.- Comentou Amanda.
- Olhe pelo lado bom, agora você está livre para conversar com o Mário.- Ingrid a encorajou. - Pensando por esse lado...- Amanda tamborila os seus dedos no queixo. - Eu não faria isso se fosse você.- Nicolas se aproxima das três amigas que restaram. - Além do Mario ser um safado que não leva ninguém a sério, o Arthur corta a cabeça dele se sonhar que está se aproximando de você- - Pensei que vocês fossem amigos.- Brincou Letícia. - E somos, ele é uma ótima pessoa, mas para relacionamentos...- Apesar de Nicolas ter deixado a resposta no ar, todas entenderam o que ele quis dizer. - Olha, nesse momento o Arthur está com uma de minhas melhores amigas fazendo sabe-se lá o que...- Amanda começou a sua explicação, mas Letícia, maliciosamente, a cortou. - Você sabe muito bem o que estão fazendo, e com certeza não estão usando a boca para conversar- - Letícia!- Amanda a repreendeu, acertando uma cotovelada na amiga.Letícia pressionou os lábios para conter a gargalhada.
- Voltando ao que eu estava falando... O meu irmão não tem nenhum direito de exigir nada, quando ele faz justamente o contrário.-
- Justo.- Concorda Ingrid. - É, não podemos exigir uma postura que não temos.- Acrescenta Letícia.Nicolas fuzilou a Letícia com os olhos, ele nunca sentiu tanta vontade de esganar aquela garota.
- Ainda acho que ficar com o Mário é um erro terrível, e vai constatar que estou certo quando quebrar a cara.- Nicolas cruza os braços, claramente irritado.
Mas Amanda o ignora, dando de ombros e caminhando para longe dele e de suas duas amigas.
- É... Só restamos nós duas...- Ingrid comentou o óbvio.
- Bom... Vamos comer alguma coisa e procurar pessoas interessantes.- Sugere Letícia, envolvendo seu braço no braço de sua amiga, arrastando-a para outro lugar.Nicolas revirou os olhos.
Como que a Ingrid disse que só restaram elas duas? Ele é uma estátua? É um punhado de areia? E ainda por cima, Letícia deixou claro que a sua companhia não era interessante.
Agora teria que caminhar até o seu grupo de amigos e assistir o comportamento idiota da Amanda flertando com o Mário.
Ele queria arrancar a cabeça do Mário fora.
Quando chegou no grupo dos cinco homens reunidos, Mário estava entre eles, cumprimentou cada um dos amigos com o humor ácido, praticamente sentiu o gosto da bile em sua boca.
- Cadê o seu irmão?- Mário perguntou a Amanda.
- Foi beber alguma coisa com a Samanta.- A mesma responde, retribuindo ao olhar de flerte do outro.Nicolas sentiu-se enjoado.
Claro que era apenas porque considera a Amanda sua irmã caçula, jamais deixaria que nenhum marmanjo se aproveitasse dela.
Era apenas isso, ele achava que sim.
- E o que acha de nós dois bebermos algo?- Mário propõe, com um sorriso malicioso.
- Eu adoraria.- Ela responde de imediato.Eu adoraria
Essas palavras ficaram ecoando na mente do Nicolas por pelo menos trinta segundos, antes de que ele percebesse que de fato a Amanda estava se afastando com o Mário para longe do grupo.
Amanda sentiu o coração acelerar e não sabia o porquê. Mário sempre foi um dos amigos de Arthur que ela sentia uma paixonite muito forte, mas devido à diferença de idade ( seis anos), os caminhos dos dois nunca se cruzaram. - Gosto dessa parte da praia, a água parece mais azul e poucas pessoas vêm aqui.- Mário toma a iniciativa de caminhar para o meio das pedras, mas assim como Amanda, sentia dificuldade em se locomover com os pés afundando na areia.- Ninguém poderá nos interromper.- Acrescenta, com um sorriso malicioso. Amanda abriu os lábios no intuito de dizer algo, mas as palavras foram perdidas a partir do momento que Mário capturou os seus lábios em um beijo de tirar o fôlego. ... Do outro lado da praia, Nicolas estava sentado na frente da casa de praia de um dos seus amigos, onde esteve desde que chegou, com a Jessica, uma ruiva de olhos negros, sentada ao seu colo. Apesar do seu corpo está presente, o seu pensamento estava distante, o que será que a Amanda estava f
- Acalme-se, não é o que está pensando!- Proferiu Samanta, agarrando o corpo de Arthur para que ele não matasse o melhor amigo. Ou matasse a própria irmã. - A minha irmã está praticamente nua... E agarrada com ele!- - A Amanda estava aqui com o Mário, não sei o que aconteceu, mas devemos ouvir a explicação deles.- Insiste Samanta. - Cara... Eu jamais me aproveitaria da sua irmã, há quanto tempo você me conhece? - O Mário tentou me forçar a... Você sabe! Ele só me ajudou!- Amanda Gritou, ficando no meio dos dois. - E-eu vi o seu...- Arthur desviou os olhos para qualquer outro lugar. Tudo o que ele não precisava ver era os seios da própria irmã. - Amiga... Acho melhor você se cobrir... Venha.- Samanta tirou a canga que estava usando amarrada na cintura, envolvendo-a no tronco de Amanda para cobri-la. - Deixaremos os dois conversarem a sós, mas não se matem... Estaremos esperando do outro lado da pedra. Amanda parecia relutante em sair, mas sua amiga conseguiu conven
- Se recomponha no banheiro, eu abro a porta.- Amanda praticamente o empurrou para fora de sua cama. A sorte dos dois é que o Arthur sempre esquecia das chaves. E quanto ao Nicolas... Seu membro continuava duro, como uma pedra, e ele precisava de algo que o fizesse voltar ao normal. Mas o que poderia ajudar? Ele pensava enquanto caminhava até o banheiro social. - Pense em coisas que te ajudem a brochar.- Sussurrou para si mesmo. Ele ouviu a voz de seu amigo perguntando por ele e a resposta da Amanda ao dizer " Está no banheiro". - Peixe boi de calcinha, Pericles rebolando de saia, minha tia Clotilde sem roupa.- Aquilo já fora o bastante, Nic nem precisava de nada mais. Além de ficar com a sensação de enjoo, a sua parte íntima houvera ficado mais mole que manteiga derretida. Ele a tocou para confirmar, suspirando de alívio. Quando abriu a porta do banheiro, se deparou com Arthur passando pelo corredor. - Espero que tenha lembrado de lavar as mãos.- Brincou o out
Sim, ela houvera beijado o melhor amigo de seu irmão. E não apenas beijado, ela o deixou tocá-la, e lamentou muito não poder fazer o mesmo. Por que parecía tão errado? Não deveria ser, mas a sensação de esconder algo como aquilo de seu irmão a estava matando, ela sabia que ele jamais perdoaria Nic por quase ter feito... Aquilo com ela. Mas o significava " aquilo"? Ele não iria deflora-la, Amanda já tinha perdido a virgindade com o ex namorado, assim como o seu ex namorado também perdeu com ela. Não foi uma experiência muito bonita, mas com o passar do tempo um fora se adequando ao outro. O engraçado é que as pessoas romantizam a virgindade muito além do que se deve. Não é porque você a entregou a alguém que pertencerá para sempre á pessoa, Amanda constatou isso em seu último relacionamento. Talvez o amor da sua vida já tenha passado em mil e quinhentas camas antes da sua, quem pode saber? Os pensamentos de Amanda se embaralhavam sobre coisas do tipo enquanto ela cam
- Eu não vou jogar isso... Não tenho dez anos de idade.- Amanda faz uma careta ao ouvir a proposta de Guilherme de todos jogarem verdade ou consequência. - Qual o problema? Não tem idade para se brincar disso.- Insiste Ingrid. - Isso é só uma desculpa para vocês ficarem com quem tem vontade.- - Ah, Amanda, vamos... Não seja estraga prazeres.- Letícia chacoalha o braço dela. - Tá bom... Mas olhem lá o que vão fazer. Não quero me meter em confusão.- Contra a sua vontade, Amanda deitou a garrafa de bebida que já estava vazia, e a rodou. Ao total, tinham dez pessoas no jogo, coincidentemente eram cinco meninas e cinco meninos. Não era tanta coincidência, já que Guilherme costumava equilibrar as festas daquela maneira. - Túlio faz a pergunta para Samanta.- Letícia apoiou o indicador sobre a garrafa no intuito de fazê-la parar de girar. - Verdade ou desafio?- Perguntou Túlio á Samanta. - Verdade.- Ela respondeu. - Lembrando que só tem direito á três verdades e você
- Eu beijei a sua irmã.- Nicolas pressionou as têmporas ao terminar de falar, criando coragem para levantar o olhar ao perceber que seu amigo continuava em silêncio. - O que disse?- Arthur parecía incrédulo. - Eu beijei a Amanda... E se você não tivesse chegado naquele momento... Nós iríamos...- As palavras de Nicolas foram cortadas por um abrupto soco no nariz. Ele poderia retrucar, mas não tirava o direito do amigo de se sentir traído. Quando Nicolas mal se deu conta, Arthur o puxou pela gola da camisa, disferindo mais três socos certeiros em seu olho direito, o que fez acumular sangue no local e nascer um hematoma. Provavelmente isso teria acontecido, se Nicolas dissesse ali, naquele momento, o que de fato o intrigava há semanas. Mas ao invés disso, ele respirou fundo, passou os dedos pelas mechas grossas de cabelo, e relatou algo completamente diferente. - Eu fiquei com a Rachel mais cedo, em meu apartamento. Seus amigos caíram em gargalhada. - Eu sabia que
- Calma... O que diabos aconteceu com você?- Samanta entregou um copo de água a Amanda, que parecia tremer muito. A primeira coisa que ela pensou ao sair clandestinamente da casa de Nic, foi ir até qualquer lugar que não fosse a sua casa. Ela precisava desabafar tudo o que estava sentindo, não tinha condições de entrar em um papel a qual não lhe cabia no momento. Ela não podia ser a Amanda de sempre. A Amanda que nunca beijou o Nic. A Amanda que ele nunca tocou. Ela estava furiosa com ele, e queria muito contar isso a outra pessoa, então a primeira pessoa que lhe ocorreu visitar foi Samanta, a garota sempre sabia dizer o correto. Amanda segurou o copo, pousando-o a boca. - Senta um pouco e respira.- Samanta a segurou pelo braço, conduzindo-a a ficar sentada. - O Nic...- - O que ele fez com você?- - Eu achei que precisávamos conversar sobre o que aconteceu ontem... Ah, aquele filho da...- - Sem palavrão, garota. Minha mãe tá em casa. Conta, o que foi que aco
Ele não deveria ter feito aquilo. Mas quando viu as bochechas dela coradas, devido a raiva que estava ( por causa dele, claro), Nicolás perdeu a cabeça. Ele a beijara ali, diante da praia cheia, com o Arthur a poucos metros de distância, e não estava nenhum pouco preocupado. A língua quente do rapaz contornava toda as cavidades de sua boca suave, e involuntariamente ela arquejava, dando-lhe mais acesso. As mãos dele passeavam pela curva das costas dela, até a do quadril. Nicolas precisava do corpo dela, ela transmitia diferentes vibrações que ele nunca sentira antes e por mais que parecesse tão errado, ele estava embarcando no momento de inépcia. E então a soltou, mantendo as duas mãos firmes na sua cintura. O que ele estava prestes a fazer era típico de um cafajeste, mas ainda assim, não podia evitar. - Se quiser conversar, eu estarei sozinho em casa durante o resto da tarde.- Ele sussurra. Ela parecia sem palavras, ainda estava em frenesi com o beijo. Mas então,