- Eu não vou jogar isso... Não tenho dez anos de idade.- Amanda faz uma careta ao ouvir a proposta de Guilherme de todos jogarem verdade ou consequência. - Qual o problema? Não tem idade para se brincar disso.- Insiste Ingrid. - Isso é só uma desculpa para vocês ficarem com quem tem vontade.- - Ah, Amanda, vamos... Não seja estraga prazeres.- Letícia chacoalha o braço dela. - Tá bom... Mas olhem lá o que vão fazer. Não quero me meter em confusão.- Contra a sua vontade, Amanda deitou a garrafa de bebida que já estava vazia, e a rodou. Ao total, tinham dez pessoas no jogo, coincidentemente eram cinco meninas e cinco meninos. Não era tanta coincidência, já que Guilherme costumava equilibrar as festas daquela maneira. - Túlio faz a pergunta para Samanta.- Letícia apoiou o indicador sobre a garrafa no intuito de fazê-la parar de girar. - Verdade ou desafio?- Perguntou Túlio á Samanta. - Verdade.- Ela respondeu. - Lembrando que só tem direito á três verdades e você
- Eu beijei a sua irmã.- Nicolas pressionou as têmporas ao terminar de falar, criando coragem para levantar o olhar ao perceber que seu amigo continuava em silêncio. - O que disse?- Arthur parecía incrédulo. - Eu beijei a Amanda... E se você não tivesse chegado naquele momento... Nós iríamos...- As palavras de Nicolas foram cortadas por um abrupto soco no nariz. Ele poderia retrucar, mas não tirava o direito do amigo de se sentir traído. Quando Nicolas mal se deu conta, Arthur o puxou pela gola da camisa, disferindo mais três socos certeiros em seu olho direito, o que fez acumular sangue no local e nascer um hematoma. Provavelmente isso teria acontecido, se Nicolas dissesse ali, naquele momento, o que de fato o intrigava há semanas. Mas ao invés disso, ele respirou fundo, passou os dedos pelas mechas grossas de cabelo, e relatou algo completamente diferente. - Eu fiquei com a Rachel mais cedo, em meu apartamento. Seus amigos caíram em gargalhada. - Eu sabia que
- Calma... O que diabos aconteceu com você?- Samanta entregou um copo de água a Amanda, que parecia tremer muito. A primeira coisa que ela pensou ao sair clandestinamente da casa de Nic, foi ir até qualquer lugar que não fosse a sua casa. Ela precisava desabafar tudo o que estava sentindo, não tinha condições de entrar em um papel a qual não lhe cabia no momento. Ela não podia ser a Amanda de sempre. A Amanda que nunca beijou o Nic. A Amanda que ele nunca tocou. Ela estava furiosa com ele, e queria muito contar isso a outra pessoa, então a primeira pessoa que lhe ocorreu visitar foi Samanta, a garota sempre sabia dizer o correto. Amanda segurou o copo, pousando-o a boca. - Senta um pouco e respira.- Samanta a segurou pelo braço, conduzindo-a a ficar sentada. - O Nic...- - O que ele fez com você?- - Eu achei que precisávamos conversar sobre o que aconteceu ontem... Ah, aquele filho da...- - Sem palavrão, garota. Minha mãe tá em casa. Conta, o que foi que aco
Ele não deveria ter feito aquilo. Mas quando viu as bochechas dela coradas, devido a raiva que estava ( por causa dele, claro), Nicolás perdeu a cabeça. Ele a beijara ali, diante da praia cheia, com o Arthur a poucos metros de distância, e não estava nenhum pouco preocupado. A língua quente do rapaz contornava toda as cavidades de sua boca suave, e involuntariamente ela arquejava, dando-lhe mais acesso. As mãos dele passeavam pela curva das costas dela, até a do quadril. Nicolas precisava do corpo dela, ela transmitia diferentes vibrações que ele nunca sentira antes e por mais que parecesse tão errado, ele estava embarcando no momento de inépcia. E então a soltou, mantendo as duas mãos firmes na sua cintura. O que ele estava prestes a fazer era típico de um cafajeste, mas ainda assim, não podia evitar. - Se quiser conversar, eu estarei sozinho em casa durante o resto da tarde.- Ele sussurra. Ela parecia sem palavras, ainda estava em frenesi com o beijo. Mas então,
- Essa vai ser a última vez.- Nicolas sussurra próximo aos lábios de Amanda, envolvendo sua boca com outro beijo. Ele subiu uma de suas mãos á nuca da garota, apertando os fios finos de cabelo dela. Nicolas puxa a cabeça dela para trás, levando sua boca a percorrer a linha fina do pescoço até o início da curvatura dos seios de Amanda. As mãos grandes e firmes que passeavam pelas costas da moça, escorregaram até o quadril largo e uma delas pousou em uma das nádegas volumosas. - Nicolas...- - Shhh... Vamos aproveitar a despedida.- Nicolas aperta a nádega que já tem na mão, puxando-a para cima, e desce a outra mão para segurar a nádega que sobrou, erguendo o corpo de Amanda á modo que ela cruzasse as pernas ao redor do corpo dele. A garota encostou as costas na parede cor creme, e Nicolas invadiu a camisa que ela vestia com as duas mãos, agarrando os seios pequenos e bem desenhados por cima do sutiã de renda. As pontas dos dedos hábeis dele deslizaram sobre os mamilos, e Nico
- Eu disse que não queria mais você aqui!- Berrou Nicolas. - Toda vez você diz isso e acaba se arrependendo.- Rachel levou uma de suas mãos a acariciar o rosto tenso do rapaz, mas ele a detém, agarrando o seu pulso ainda no ar. - Vou falar com o porteiro para vetar a sua entrada.- - O senhor Diógenes?- Rachel riu com desdém.- Por favor.- Nicolas trincou os dentes para conter a raiva. De fato, o senhor Diógenes passava mais tempo fora do seu posto, e não era de muita utilidade nesses casos. Amanda estava escondida no grande armário da dispensa, entre vários pacotes de arroz, macarrão, feijão… Ela se questionava como uma pessoa que mora sozinha pode comprar tanta comida. Amanda ouvia as vozes que vinham da porta da sala de estar, e mesmo sabendo que Nicolas não deixaria Rachel entrar, ela se encolhia em meio à feira do mês, como se pudesse se fundir aos pacotes e sumir. Se a ex noiva de Nicolas descobrisse que ela estava ali, tudo estaria perdido. Várias notificações
No dia seguinte - Arthur! Como senti sua falta.- Proferiu Priscila, praticamente jogando as malas aos pés de Amanda para abraçar o irmão mais velho dela. - Também sentimos sua falta, Pri.- Ele pousou um beijo na testa da outra garota. - Fale por você.- Amanda deu de ombros. Lúcia, mãe de Amanda, arregalou os olhos diante da grosseria de sua filha. - Ela está brincando, querida.- - Não estou, não.- Hugo, o do meio, comprimiu os lábios para abafar uma risada. - A Amandinha sempre teve um enorme senso de humor.- Priscila forçou um sorriso, caminhando até o outro primo para abraçá-lo também. - Ajude a sua prima a se acomodar no seu quarto, Amanda.- Falou Lúcia. Priscila e Amanda se entreolharam com uma pitada de rancor. As duas subiram as escadas para o primeiro andar, e ao adentrar o quarto, Priscila logo colocou a mala no chão. - Eu fico com a cama.- Disse Priscila, sentando-se sobre a enorme cama coberta com lençóis de seda lilás.
- Acho que estou com artrose.- Foi a mentira que lhe ocorreu, ao ver que todos prestavam atenção no seu pé descalço.- Uma dor horrível… Horrível.- - Pobre Nicolas… Tão novo.- Lúcia levou as mãos ao queixo, pesarosa. - Deixem o rapaz em paz, vocês se prendem a tudo.- Resmungou Teresa, jogando os próprios sapatos para fora dos pés.- Eu mesma não suporto mais essa tranqueira me apertando os dedos.- - Vou buscar a sobremesa.- Falou Amanda, praticamente pulando para fora da cadeira. Hugo, o irmão do meio de Arthur e Amanda, adentrou á casa pela porta da sala de estar. - Cheguei em boa hora?- Ele disse quando cruzou o corredor e chegou á sala de jantar, que ficava no segundo ambiente. - Mais de uma hora atrasado.- Repreendeu-o Lúcia.- Mamãe, coloque os sapatos.- - Estamos em um jantar informal!- Teresa bateu com a bengala no chão, acertando o dedo mindinho de Priscila que urrou de dor. - Vovó!- A menina resmungou, com os olhos marejados de lágrimas. - Tolice, só foi uma