- E como foi passar dois anos no Canadá? Não sentiu falta de casa?- Foi na primeira coisa que Amanda pensou para puxar conversa, enquanto ambos esperavam, sentados no sofá, os demais chegarem em casa.
Pouco original, pois é claro que todos perguntavam o mesmo. - Bom, ao menos eu tinha o Arthur de companhia, mas é claro que a saudade sempre é grande- Nicolas pigarreou, antes de olhar para o rosto de Amanda e perceber que ela também o olhava. Estavam sentados lado a lado, compartilhando o sofá.- E como foi a vida durante esse tempo?- - Um pouco entediante sem ter vocês para atormentar.- Brincou, e deu aquele breve sorriso. O sorriso da Amanda. Não era demais e tampouco inexpressivo. - Bom... De acordo com as duas cenas que presenciei, acho que sua vida foi mais movimentada do que a minha.- Amanda não conseguiu reprimir a vontade de virar os olhos. - Theo é o meu ex namorado, me traiu com a Daphne, minha ex melhor amiga.- - Isso parece coisa de filme- - Um pouco... Daphne e eu não somos amigas desde o primeiro ano do ensino médio, aquele típico clichê de drama adolescente.- Ou seja, há três anos, quando Amanda e a outra tinham apenas quinze. - Ele é um idiota por não saber valorizar você, Mandy.- Nicolas leva sua mão a tocar a mão da garota, e ela acolhe o gesto. - Estou feliz que tenham voltado.- Ela sorriu novamente e ajeitou a posição que estava sentada na cadeira, ter Nicolas tão próximo à estava deixando desconfortável.- Me conte mais sobre seus dois últimos anos, veio para ficar? Está gostando do trabalho?- - Sim e sim, Arthur e eu estamos com um projeto para 2022, se sair como esperamos, deixaremos a empresa de seu pai e começaremos a nossa.- - E qual seria o projeto?- - Bom... É segredo.- Amanda ergueu a sobrancelha, odiava ficar curiosa. - Bom... De qualquer forma, desejo que tudo saia bem para vocês.- - Obrigado... Mas, e você? Começou a faculdade esse ano, não é?- Amanda não estava nada animada para falar da faculdade. O que sempre desejou foi ser escritora, mas é claro que os seus pais, como a maioria da sociedade, achavam que ela acabaria passando fome se cursasse letras e tentasse seguir os seus sonhos. - Direito.- Foi tudo o que disse, tentando demonstrar alegria. - Pensei que tinha me dito que queria ser escritora- - E quero! Na verdade, eu...- Amanda chacoalhou a cabeça, apesar de conhecer Nicolas quase a vida inteira, não tinham intimidade o suficiente para que ela confessasse que estava escrevendo um livro em segredo.- Deixa, não é nada- - Você não pode começar uma frase e não terminar.- Resmungou Nicolas, cruzando os braços. - Acabei de fazer.- Amanda deu de ombros.- Além do mais, você fez algo parecido ao não me contar do projeto- - Então quer dizer que você continua vingativa?- - Um pouco- - Então irei me comportar, não quero ser vítima da sua raiva, aquele cara com certeza vai passar uns dias sem andar- - E você não deixou nenhuma namorada com o coração partido no Canadá?- Perguntou a moça, não fazendo um comentário a provocação. - Eu não, mas o seu irmão, sim- - Eu não acredito nisso! Vocês homens são uns imbecis- - Nem todos.- Nicolas ergueu o indicador. - Eu discordo, se não lembra, você fez o mesmo com a filha da minha madrasta- Nicolas estremeceu só em ouvir a Amanda mencionar a Rachel. - Eu já pretendia terminar com a Rachel muito antes de viajar para o Canadá- - Mas não terminou- - Achei mais sensível usar a viagem como desculpa, do que criticar a personalidade fria dela- - Bom... Com certeza, agora que você está de volta, ela terá esperanças em reconquista-lo- - Não me diga que ela vem para o aniversário da sua avó- - Infelizmente, sim- Nicolas coçou as têmporas, aquela seria uma longa noite. - Ainda não entendo o porquê da família do seu pai vim para o aniversário da família da sua mãe.- - Eu também não, meus pais não são mais casados, e aquela criatura excêntrica da mulher dele não tem nada a ver conosco.- - Menos ainda a Rachel, nem filha do seu pai ela é.- De repente, um barulho vindo da porta da rua batendo, tomou conta do local, atrapalhando a conversa dos dois que já estavam ali. - Ora, ora... Então quer dizer que trocou o Arthur pela Amanda?- Brinca Hugo, o irmão do meio. - Ao que parece o Arthur está atrasado... Assim como a mamãe e a vovó, ainda não voltaram do shopping?- - Está vendo as duas aqui?- Perguntou Hugo, grosseiramente. - Claro, elas devem estar enfiadas no seu...- Antes que Amanda pudesse completar o desaforo, Nicolas interveio. - Não vamos baixar o nível da conversa!- - Isso aconteceu a partir do momento que o Hugo entrou nela.- A moça aponta para o irmão, ainda encostado na parede. - Elas estão escolhendo um vestido para a vovó, acho que daqui a uma hora estarão de volta- - Você acha?- Amanda cruzou os braços. - Não tenho bola de cristal- - Não precisa ter bola de cristal quando se tem um celular e pode muito bem ligar e perguntar- - E por que você não fez isso? Já que você é a mais interessada- - Porque você é o mais desocupado- Nicolas apenas olhava de um irmão para o outro, brigas como aquela eram sempre comuns na casa de seu amigo, como ele não tinha irmãos, aproveitava a interação que existia entre os membros da família de Arthur. Estava se divertindo bastante. “ Estava” foi a palavra perfeita para a ocasião, pois ao que parece, a mãe e a avó de Amanda decidiram atrapalhar o divertimento de Nicolas. - Demoramos muito?- Perguntou a mulher mais nova, irrompendo o ambiente ao chegar da rua, acompanhada por sua mãe.- Temos uma hora para ficarmos prontos até os convidados chegarem!- Lúcia, mãe de Arthur, Hugo e Amanda, ergue as mãos para o alto. - Acho que uma hora é mais do que o suficiente.- Comenta Amanda. - Acho que os convidados chegaram mais cedo.- Dona Teresa, a avó dos meninos, coloca os óculos no rosto.- Ah, não é um convidado, é o Nicolas- - Mamãe!- Repreende Lúcia.- O Nicolas é nosso convidado.- A mulher caminha na direção do rapaz, envolvendo-lhe em um abraço carinhoso.- Fico feliz que tenha vindo, e cadê o Arthur?- - Ele perdeu o direito de ser chamado de convidado quando devorou toda a minha torta de pêssego!- Dona Teresa gira a bengala no ar, quase acertando a cabeça de Hugo, que se esquiva com maestria. Amanda pressionou os lábios para prender o sorriso. Nicolas fez o mesmo. - Mamãe, venha, vamos nos arrumar.- Lúcia segura sua mãe por um dos braços, guiando-a para o seu quarto que ficava no piso do térreo. - Eu já estou arrumada!- Resmungou a mais velha. - Não o suficiente.- Rebateu Lúcia. - Quando foi que você ficou tão insolente?- Novamente resmungou dona Teresa. - É... Pelo visto a noite vai ser longa- Comentou Hugo, só para não ficar sem dizer nada. ... Mais tarde, na hora do jantar, praticamente todos os convidados estavam na sala de estar da casa de Amanda, entre eles a temida Rachel, ex noiva de Nicolas. - A viagem para o Canadá lhe fez muito bem, Nic.- Rachel beberica um pouco de vinho. - Ah... Obrigado.- É tudo o que consegue dizer. Ele olha para o outro lado da sala a fim de pedir ajuda ao Arthur, mas o amigo apenas acena, estava muito ocupado conversando com alguma amiga da Amanda. Nicolas quase revirou os olhos. - O Arthur não tem jeito, continua o mesmo de sempre.- Rachel olha para a mesma direção que Nicolas no momento em que ele tenta pedir a ajuda de Arthur.- Agora que as amigas da Amanda estão com idade suficiente, ele...- - Porque não me conta sobre o seu trabalho no ateliê de sua mãe.- Nicolas muda visivelmente de assunto, não estava disposto a permitir que Rachel fizesse críticas ao seu melhor amigo. - Bom... Eu sou a gerente, supervisiono os funcionários, ajudo na contabilidade, nas vendas...- Nicolas quase cochilou diante da descrição tediosa da Rachel. - E você? Soube que está trabalhando junto com o Arthur na imobiliária do meu padrasto- - É, estamos, está sendo bem satisfatório.- Ele se limitou a dizer, sabia que a Rachel jamais prestaria atenção em explicações mais detalhadas e ele tampouco estava disposto a fazê-las com ela. Um silêncio breve se fez entre os dois, Nicolas estava quase inventando uma desculpa para sair de fininho, quando a outra começou a falar outra vez. - O que acha de almoçarmos amanhã?- - Amanhã? Ah... Eu...- - Imagino que não tenha nada de especial para fazer, recém voltou para a nossa cidade- Para a sorte do Nicolas, ele foi poupado de respondê-la quando ouviu uma voz conhecida chegar. - Esse vestido ficou lindo em você.- Era a Letícia, melhor amiga da Amanda. - Bom... Seu elogio melhorou minha auto-estima.- Brinca Amanda. Nicolas sabia que ela nunca deu a mínima para vestidos ou como ficaria linda neles. Espera aí, ele acabou de admitir que a acha linda? Óbvio que é muito bonita, ele tem dois olhos, não é cego. A garota continua sendo como sua irmã mais nova, independente de sua aparência adorável. - Nicolas?- Insiste Rachel, percebendo que ele não estava dando atenção. E ele não estava. Os olhos castanhos escuros e intensos de Amanda se cruzaram com os seus, e ela percebeu que ele precisava de ajuda. Nicolas a salvou do Theo naquele mesmo dia, agora é a sua vez de salvá-lo da Rachel. Então, a moça empertigou a coluna e escapou do seu pequeno grupo de amigas, caminhando na direção do melhor amigo de seu irmão e da pavorosa enteada de seu pai. - Espero que tenham feito refresco além do vinho, estou morrendo de calor.- Foi a primeira coisa que a Amanda comentou ao chegar. - Para a sua sorte, fizeram suco de manga, o seu favorito.- Responde Nicolas. - Deus ouviu as minhas preces.- Amanda leva a mão direita ao coração, em um gesto dramático. - Se me der licença, Amanda, eu estava marcando um almoço com o Nicolas quando você chegou.- Rachel não disfarça o seu tom de voz grosseiro. - Olá Rachel, não vi que estava aí.- Provocou Amanda. Nicolas sorriu, nem se deu ao trabalho de prender a risada, o que irritou sua ex noiva ainda mais. A mulher ignorou o comportamento de Nicolas, e fuzilou a irmã postiça com os olhos, ainda esperava que ela se retirasse. - Disse que marcou um almoço com o Nicolas para amanhã? Que pena, ele já tinha se comprometido em almoçar comigo e com o Arthur- Amanda espiou o irmão mais velho sorrateiramente e quase engoliu a própria língua ao ver que ele sussurrava algo no ouvido de uma das suas amigas. - É mesmo? Então não vão se importar de se reunirem a mais uma pessoa- Rachel não se deu por vencida. - Na verdade, vamos sim.- Agora é a vez de Nicolas de falar. Rachel piscou os olhos por várias vezes, ainda não acreditava na resposta do Nicolas. - Assuntos confidenciais.- Amanda decidiu ajudar. - Claro.- Rachel disse, bastante entediada.- Bom, se me dão licença, preciso cumprimentar as outras pessoas.- E finalmente ela se afasta. - Você me livrou de uma boa.- Ele deixa um leve tapinha no ombro da Amanda. - Eu sei, sou uma ótima amiga- - Não seja tão convencida- - Sou sincera- - Claro... Mas agora eu acho que realmente deveríamos almoçar juntos- Amanda cruzou os braços. - Como se o Arthur e você não pretendessem vir até aqui filar o almoço.- - Vamos fingir que eu sou um convidado do seu irmão e também seu- - Sempre fingimos- A conversa de Amanda e Nicolas fora interrompida por uns barulhos agudos que alguém fazia na taça. - Atenção... Atenção...- Era a voz de Lúcia, mãe da Amanda. - Primeiramente, gostaria de fazer um brinde a vida de minha mãe- - Acabe logo com isso, eu quero jantar!- Dona Teresa bradou em alto e bom som. Lúcia a fuzilou com os olhos. - Segundamente, eu quero ceder o espaço para uma amiga muito querida, a Rachel, que decidiu prestar homenagens nessa noite- Rachel cumprimentou a anfitriã com dois beijos na bochecha, e tomou o centro do local. Esse foi o momento que Nicolas sentiu congelar o âmago do seu ser, o olhar insinuante da ex noiva deixara muito claro que ela o colocaria em evidência, e mesmo com toda a ajuda da Amanda, não conseguiria se livrar tão rápido das garras da outra moça.
- Não poderia deixar de parabenizar nossa tão adorada Dona Teresa.- Rachel diz olhando para a anciã, que estava com uma carranca. - E eu gostaria de jantar!- A velha bate com a bengala no chão.- - Mamãe, por favor!- Lúcia sussurra exasperada. - Soube que nos tempos de juventude a senhora amava dançar, e me inspirando no seu exemplo, gostaria de lhe prestar uma homenagem com sua música favorita!- Rachel faz um sinal para os músicos, e eles se apressam em tocar a música que fora combinada. - Isso não está me cheirando bem.- Amanda sussurra para Nicolas. - Já sei exatamente o que essa pilantra planeja.- Murmurou Nicolas. - Bom, para prestar uma homenagem a nossa querida Dona Teresa, convidarei alguém muito especial, Nicolas, o meu ex noivo.- Rachel forçou um olhar apaixonado. Nicolas olhou para o rosto de Amanda, o desespero era nítido. - Me ajude!- Sussurrou. - Com qualquer coisa?- Perguntou a jovem. - Só me livre das garras dela!- E Amanda pisou ( discretamente)
Como sempre, Amanda decidiu inventar algo que não era prático. Quis a todo custo fazer biscoitos para comerem com o sorvete. - Mandy, isso realmente não é necessário.- Nicolas a encarou, enquanto a mesma estava em cima de uma escada, se esticando para pegar os ingredientes. Na medida que Amanda se esticava para pegar um novo ingrediente que faltava, seu pijama ( que na verdade era uma camisola) muito imoral, subia, deixando uma boa parte de suas coxas as vistas. Nicolas elevou os olhos a curva de seus quadris, o tecido fino da seda mostrava exatamente como era o seu desenho e o mesmo concluiu que roupas do tipo não faziam bem para a sanidade mental. - Já acabou?- Perguntou, desviando os olhos para qualquer ponto da cozinha, mas já era tarde demais. Seu corpo o traiu involuntariamente e o seu membro coberto começou a latejar. - Só mais um pouco.- Respondeu Amanda, segurando o último ingrediente para a massa. - Não, não.- Pragueja Nicolas, tentando respirar fundo e mand
Amanda sentiu o coração acelerar e não sabia o porquê. Mário sempre foi um dos amigos de Arthur que ela sentia uma paixonite muito forte, mas devido à diferença de idade ( seis anos), os caminhos dos dois nunca se cruzaram. - Gosto dessa parte da praia, a água parece mais azul e poucas pessoas vêm aqui.- Mário toma a iniciativa de caminhar para o meio das pedras, mas assim como Amanda, sentia dificuldade em se locomover com os pés afundando na areia.- Ninguém poderá nos interromper.- Acrescenta, com um sorriso malicioso. Amanda abriu os lábios no intuito de dizer algo, mas as palavras foram perdidas a partir do momento que Mário capturou os seus lábios em um beijo de tirar o fôlego. ... Do outro lado da praia, Nicolas estava sentado na frente da casa de praia de um dos seus amigos, onde esteve desde que chegou, com a Jessica, uma ruiva de olhos negros, sentada ao seu colo. Apesar do seu corpo está presente, o seu pensamento estava distante, o que será que a Amanda estava f
- Acalme-se, não é o que está pensando!- Proferiu Samanta, agarrando o corpo de Arthur para que ele não matasse o melhor amigo. Ou matasse a própria irmã. - A minha irmã está praticamente nua... E agarrada com ele!- - A Amanda estava aqui com o Mário, não sei o que aconteceu, mas devemos ouvir a explicação deles.- Insiste Samanta. - Cara... Eu jamais me aproveitaria da sua irmã, há quanto tempo você me conhece? - O Mário tentou me forçar a... Você sabe! Ele só me ajudou!- Amanda Gritou, ficando no meio dos dois. - E-eu vi o seu...- Arthur desviou os olhos para qualquer outro lugar. Tudo o que ele não precisava ver era os seios da própria irmã. - Amiga... Acho melhor você se cobrir... Venha.- Samanta tirou a canga que estava usando amarrada na cintura, envolvendo-a no tronco de Amanda para cobri-la. - Deixaremos os dois conversarem a sós, mas não se matem... Estaremos esperando do outro lado da pedra. Amanda parecia relutante em sair, mas sua amiga conseguiu conven
- Se recomponha no banheiro, eu abro a porta.- Amanda praticamente o empurrou para fora de sua cama. A sorte dos dois é que o Arthur sempre esquecia das chaves. E quanto ao Nicolas... Seu membro continuava duro, como uma pedra, e ele precisava de algo que o fizesse voltar ao normal. Mas o que poderia ajudar? Ele pensava enquanto caminhava até o banheiro social. - Pense em coisas que te ajudem a brochar.- Sussurrou para si mesmo. Ele ouviu a voz de seu amigo perguntando por ele e a resposta da Amanda ao dizer " Está no banheiro". - Peixe boi de calcinha, Pericles rebolando de saia, minha tia Clotilde sem roupa.- Aquilo já fora o bastante, Nic nem precisava de nada mais. Além de ficar com a sensação de enjoo, a sua parte íntima houvera ficado mais mole que manteiga derretida. Ele a tocou para confirmar, suspirando de alívio. Quando abriu a porta do banheiro, se deparou com Arthur passando pelo corredor. - Espero que tenha lembrado de lavar as mãos.- Brincou o out
Sim, ela houvera beijado o melhor amigo de seu irmão. E não apenas beijado, ela o deixou tocá-la, e lamentou muito não poder fazer o mesmo. Por que parecía tão errado? Não deveria ser, mas a sensação de esconder algo como aquilo de seu irmão a estava matando, ela sabia que ele jamais perdoaria Nic por quase ter feito... Aquilo com ela. Mas o significava " aquilo"? Ele não iria deflora-la, Amanda já tinha perdido a virgindade com o ex namorado, assim como o seu ex namorado também perdeu com ela. Não foi uma experiência muito bonita, mas com o passar do tempo um fora se adequando ao outro. O engraçado é que as pessoas romantizam a virgindade muito além do que se deve. Não é porque você a entregou a alguém que pertencerá para sempre á pessoa, Amanda constatou isso em seu último relacionamento. Talvez o amor da sua vida já tenha passado em mil e quinhentas camas antes da sua, quem pode saber? Os pensamentos de Amanda se embaralhavam sobre coisas do tipo enquanto ela cam
- Eu não vou jogar isso... Não tenho dez anos de idade.- Amanda faz uma careta ao ouvir a proposta de Guilherme de todos jogarem verdade ou consequência. - Qual o problema? Não tem idade para se brincar disso.- Insiste Ingrid. - Isso é só uma desculpa para vocês ficarem com quem tem vontade.- - Ah, Amanda, vamos... Não seja estraga prazeres.- Letícia chacoalha o braço dela. - Tá bom... Mas olhem lá o que vão fazer. Não quero me meter em confusão.- Contra a sua vontade, Amanda deitou a garrafa de bebida que já estava vazia, e a rodou. Ao total, tinham dez pessoas no jogo, coincidentemente eram cinco meninas e cinco meninos. Não era tanta coincidência, já que Guilherme costumava equilibrar as festas daquela maneira. - Túlio faz a pergunta para Samanta.- Letícia apoiou o indicador sobre a garrafa no intuito de fazê-la parar de girar. - Verdade ou desafio?- Perguntou Túlio á Samanta. - Verdade.- Ela respondeu. - Lembrando que só tem direito á três verdades e você
- Eu beijei a sua irmã.- Nicolas pressionou as têmporas ao terminar de falar, criando coragem para levantar o olhar ao perceber que seu amigo continuava em silêncio. - O que disse?- Arthur parecía incrédulo. - Eu beijei a Amanda... E se você não tivesse chegado naquele momento... Nós iríamos...- As palavras de Nicolas foram cortadas por um abrupto soco no nariz. Ele poderia retrucar, mas não tirava o direito do amigo de se sentir traído. Quando Nicolas mal se deu conta, Arthur o puxou pela gola da camisa, disferindo mais três socos certeiros em seu olho direito, o que fez acumular sangue no local e nascer um hematoma. Provavelmente isso teria acontecido, se Nicolas dissesse ali, naquele momento, o que de fato o intrigava há semanas. Mas ao invés disso, ele respirou fundo, passou os dedos pelas mechas grossas de cabelo, e relatou algo completamente diferente. - Eu fiquei com a Rachel mais cedo, em meu apartamento. Seus amigos caíram em gargalhada. - Eu sabia que