A sogra de Niara nunca foi uma mulher muito fácil. Era amarga e cruel, para com a ex-nora. Tudo começou quando Niara foi apresentada à família com a esposa de André, a mãe quase morreu de raiva. Porque sua nora perfeita era a Alice. Não só porque era filha de uma de suas amigas mais íntimas, a Flor, mas também porque vinha de uma família rica e de tradição.Para André simplesmente não dava cola, entre ele e Alice, nunca sentiu qualquer tipo de atração por ela. Apesar de para Alice não ser o mesmo. A sogra continuou empurrando e empurrando Niara sem qualquer pingo de respeito ou consideração.Ninguém sabia que toda essa má conduta tinha haver com o próprio casamento. Margarida era uma moça muito mimada pelos seus pais, muito bonita quando jovem, tinha vários pretendentes. Porém ela escolheu o mais mulherengo e ganancioso para a noite. Como os pais se amavam muito e a amava também aceitavam o noivado.O homem era filho de uma tradicional família pernambucana. Filho único de mãe viúva,
Discretamente, sem levantar qualquer suspeita Jorge foi até Niara. Na cidade de São Caitano. Ele havia comprado um pequeno sítio por lá. Para aproveitar sua aposentadoria. Como sua esposa nunca o acompanhou a lugar nem que fosse de divertimento, ele chegou à cidade sem levantar suspeita do filho. Que não sabia onde a mulher tinha ido parar.Ao chegar na cidade ele foi direto a casa de Jaciara falar com Niara.“Boa tarde.”“Boa!’Respondeu a índia com cara de poucos amigos. Jaciara estava sozinha em casa com a menina. Enquanto Niara havia ido até uma comunidade próxima atender alguém que estava passando mal. “Vim falar com Niara.”“ela não está no momento.”Respondeu a mulher quando uma garotinha veio correndo de dentro da casa. O homem a viu, ela era uma mini-Niara. Ele teve certeza que aquela era sua neta que não via há muito tempo.Jaciara estava se preparando para botá-lo para correr quando um carro velho entrou na propriedade. Era Niara voltando da comunidade da Pitombeira. Quand
Que problemas cognitivos, que nada. A garota só não entendia porque tinha que ficar quatro horas em uma sala fechada, sentada recitando palavras ou desenhando letras.Em casa ela ou estava fora, cuidando da horta com a mãe ou estava agarrada aos livros de medicina, a mãe sempre achou que o que a atraia para os livros eram as figuras. O que ninguém nunca percebeu é que ela já era alfabetizada aos sete anos. E que para ela o conteúdo que os colegas de sua idade tinham que aprender era maçante.Ela quase nunca fazia as atividades em sala, as de casa só fazia porque a mãe estava sempre ao seu lado. Mas um incidente mudou completamente a perspectiva de olhar sobre a garota.A turma estava no pátio lendo, a professora havia optado por essa atividade porque naquela manhã não se sentia muito bem. Não estava em condições de dar explicações sobre o assunto por sentir falta de ar, suor frio, enjoo, vômitos, sensação de indigestão, cansaço, sensação de peso, queimação e/ou dor no peito, que pode
"Você sabia que sua filha tem altas habilidades? E já sabe ler aos sete anos?” Essa pergunta pegou Niara de surpresa, assim que ela entrou na sala da direção.“O que?”Perguntou à mãe atordoada.A garota então falou:“Pessoas que possuem altas habilidades, são chamadas de prodígios, gênios, superdotados. Porém, muita gente acha que todas as pessoas desse grupo são a mesma coisa.”As pessoas na sala se espantaram com a descrição da criança.“Mas vocês sabiam que existem alguns indivíduos com um distúrbio psíquico relacionado a um desequilíbrio no intelecto. A principal característica é uma habilidade excepcional em determinada área e ao mesmo tempo em que apresenta déficits intelectuais. Se chama, síndrome de Savant.”E a menina continuou:“Costumam se interessar por coisas incomuns, fazem muitas perguntas e sempre tentam entender o fenômeno pelo qual se interessaram, são bastante enérgicas, o que pode causar um diagnóstico errado, de hiperatividades, são inquisidores e normalmente n
A vida seguiu seu curso, e cerca de um mês depois Débora já havia se adaptado completamente à nova rotina e à escola. Niara era uma médica muito requisitada no interior, a oportunidade de ter uma profissional de tal categoria era rara. Mesmo assim ela não deixava de cumprir com certas demandas. Como atender em comunidades carentes, mesmo sem receber da prefeitura ou de outro forma. Nos sábados ou feriados ela disponibiliza seu tempo para ir em comunidades mais distantes, ajudava a montar hortas de ervas medicinais, atendia pessoas da comunidade e nos casos que demandava atendimento hospitalar ou exame médico ela recomendava a consulta. Naquele sábado, Niara e Débora foram à comunidade de Santa Luzia, fazer as consultas com os agricultores da região. Elas saíram de casa às cinco e meia da manhã. O carro que Niara usava era o automóvel de Taiguara. Porque no tempo que esteve no Recife teve que vender seu carro. Era um veículo já bastante usado, mas em boas condições mecânicas, ele n
Com o conhecimento do primeiro socorro que tinha percebeu que não havia nada mais grave com a cabeça de sua mãe. Então ela começou a verificar outras partes do corpo. Inicialmente não tinha nenhum sintomas mais grave. Então ela fez uma limpeza nos seus próprios ferimentos. “Mãe, mãe, mãe.” Em meio a névoa de dor ela respondeu aos chamados urgentes da filha. “Oi, querida.” A voz era fraca e contada pela respiração. "Estou com medo daquele homem voltar aqui.” "Está muito escuro, provavelmente ele não voltará. Vamos ficar em silêncio e ela não nos encontrará." A respiração cortante da mãe preocupava a menina. “Mãe, você está sentindo alguma coisa mais séria, no seu corpo? A preocupação da garota era certa, a mãe dela estava tendo um sangramento interno que mais tarde iria levá-la ao estado de choque hipovolêmico. Que é uma situação de emergência decorrente da perda de grande quantidade de líquidos e sangue. Essa situação faz com que o coração deixe de bombear sangue para o corpo
Depois de sair da reunião, passar no departamento financeiro, providências as questões no RH, Débora despachou Tina para o hospital e saiu para outro destino. Vos olhos negros dela vertiam lágrimas, a imaagem gelada e dura da garota caiu por terra diante da jovem mulher na foto do tumulho de marmore. Em alguns segundos tudo que mãe e filha passaram juntas veio à cabeça da garota.Débora aprendeu com os golpes da vida a ser dura e implacável com quem mexia com os seus parentes amados. Ela ainda era uma criança quando passou uma noite inteira tentando salvar a mãe. Uma médica que sempre cuidou para todos tivessem o direito à atenção básica de saúde, mas que morreu por falta de atendimento. Era duro ter essa certeza, se a mãe e a filha tivessem sido socorridas apenas algumas horas antes o seu quadro não teria agravado.A filha se ajoelhou em frente à última morada da mãe e deixou que seus sentimentos conturbados tivessem vez de se expressar. A garota estava tão focada na sua miséria i
O sangue foi levado imediatamente para a sala de cirurgia onde André estava sendo operado. A faca havia perfurado o fígado. o sangue logo foi trazido para a sala e a transfusão foi feita com sucesso, em algum tempo o paciente foi transferido para a UTI e o médico foi informar a família sobre a situação do paciente.Informados pelos seguranças de Débora sobre a lesão de André, Amélia, Izabel e Carlos correram para o hospital em busca de saber sobre a condição dele. Izabel e Carlos chegaram primeiro. A mulher quis fazer um escarcéu quando viu que o médico que veio falar com eles não era Débora.O médico saiu da sala de cirurgia e falou:“O senhor André teve uma lesão no fígado. Mas como ele recebeu atendimento imediato por parte da doutora Débora, Tivemos apenas que fazer alguns procedimentos menos invasivos para a conferência e controle do ferimento. Fizemos uma transfusão de sangue para repor o perdido e agora ele foi encaminhado para a UTI.”Ao terminar de informar as condições do p