Débora correu com os primeiros socorros para Ângela, quando viu que a garotinha estava bem, ela olhou em volta. Fred havia trazido Izabel que tentou fugir quando viu que Débora havia encontrado ela e a menina. A mãe abraçou a filha e falou com o Delegado: “É melhor levar essa sequestradora para a delegacia, vou levar minha filha até o hospital. Daqui a pouco irei dar o depoimento. Quero essa mulher na cadeia por muito tempo.” O delegado Arthur com certo receio pegou no braço de Izabel. De qualquer maneira, o melhor era tirar a mulher daqui. De um lugar sobre o pavimento do segundo andar um homem olhava para a cena em baixo, a forma protetora como a mãe protegia a filha. De verdade parecia que ela queria matar a outra mulher. "Eu só queria passear com ela.” Débora encostou a cabeça da criança no ombro e pôs a mão sobre o ouvido da garota. “Qual a credencial de uma amante, para se aproximar da minha filha.” Quando a multidão ouviu essas palavras um burburinho de indignação per
Do outro lado da linha o advogado se espantou, nunca em sã consciência imaginaria que a calma e composta Débora poderia levantar a mão para bater em alguém. Passou a mão na testa suada em respondeu a interlocutora.“E você está indo para onde?”“para a delegacia do bairro.”“Certo estarei lá o mais rápido possível.”O advogado desligou o telefone e se preparou para sair, ele era um homem de meia idade, amigo do avô de Débora. Havia visto a garota crescer desde que ela passou a morar com ele. E sabia que esse tipo de atitude era incomum na vida da garota.O advogado distinto entrou na delegacia ao mesmo tempo em que Dèbora dizia ao delegado Arthur. O delegado prevendo problemas, quando Débora chegou, passou a mão na própria cabeça. E arregalou os olhos quando ouviu o que a médica falou. “Eu bati em alguém.”Falando de supetão no meio da recepção da delegacia. Era cedo e provavelmente por ser hora de troca de plantão não havia ninguém esperando para ser atendido.O advogado se aproxim
Trinta e cinco anos antesNiara Pankará viu pela primeira vez a cidade grande, e também, pela primeira vez, se separou de Jacira, sua irmã de leite e de tragédia. Estava vindo a capital para estudar. depois de se formar nos estudos Normais, iria ensinar em uma escola ligada a ordem religiosa do orfanato em que cresceu.A jovem passou no concurso vestibular e estava se preparando para fazer o curso de medicina, na universidade Federal, como no significado do seu nome, Naira era uma mulher em busca de grandes objetivos, apesar de ser muito jovem, a garota já havia assumido bastante responsabilidade sobre si. Iria viver em uma hospedaria para moças, dentro do convento já havia vindo de orfanato da mesma ordem. Ensinaria no colégio Marista do Recife, e faria suas aulas de medicina no campus na Vazear. A turma era majoritariamente composta por homens, as poucas mulheres lá eram filhas de grandes famílias do estado, mulheres muito orgulhosas e elegantes, que não se misturavam com qualquer
Os dois comeram, ali, sentados na calçada, enquanto observavam as pessoas passando, para os bares e clubes culturais perto. "Vou embora. Até amanhã.”Depois de terminar seu cuscuz.“Espere!”Niara entrou no casarão e foi até seu apartamento pegou uma sacola cheia de dinheiro e desceu.“Não quero dormir com isso em casa.”Falou entregando a bolsa com o dinheiro da entrada do carro que estava comprando. Sabia que era um negócio de amigo para amigo, por isso tirou todo o dinheiro que tinha na poupança para dar a primeira parte.O rapaz pegou e foi embora.Niara o observou caminhar até seu carro novinho em folha e partir. Um dia com sua filha Debora nos braços, Niara pensou que esse foi o tempo mais tranquilo de sua vida.Niara sabia que Roberto tinha alguns sentimentos por ela, mas, ele tinha uma noiva, que o amava de verdade. E Niara não queria se meter no meio do relacionamento de ninguém, eles namoravam desde a infância. Além do mais, não sentia qualquer atração por ele. Gostava dele
Os dias passaram e logo André recebeu alta médica, Niara achava que nunca mais iria ter alguma notícia dele. Afinal homens como ele não levavam as mulheres muito a sério. O hospital era de referência, por tanto custava muito caro ser atendido lá, e Niara já havia sentido a dose de como era lidar com jovens ricos na universidade.Certo dia vinha chegando do hospital depois de um plantão especialmente agitado quando pensou ter visto o paciente André sair da porta vizinha. dias e dias se passaram para que ela o visse de novo, desta vez não tinha como negar que era ele. Niara abria a porta do seu apartamento para sair quando a porta ao lado também abriu, de lá saiu ninguém menos que André Nascimento.“Bom dia, vizinha!"“Bom dia, Vizinho!"“Que coincidência!”O homem exclamou chamando a atenção de Niara que estava organizando algumas coisas em uma pasta sobre o braço esquerdo. Ela imediatamente levantou a cabeça e reconheceu o homem.“Você mora aqui?!!”“Sim. E você também! Nossa!!!!”“Mo
Dias atuaisCarlos que tinha uma importante reunião durante a manhã saiu de casa cedo, em direção a sede da empresa. Ele havia ficado um bom tempo com sua filha, que era uma garotinha doce e inteligente, durante parte da noite. E depois de se separar dela foi para o seu quarto e dormiu um sono reparador. Mesmo depois das trapalhadas de Izabel que queria se aproximar da menina à força, estar em casa lhe trazia uma tranquilidade única.Assim que chegou na empresa começou a se preparar para a reunião. Poucos minutos antes dela começar, o seu celular particular tocou, eu se espantou quando viu no identificador de chamadas que era Arthur. Passou a mão na testa, já prevendo problemas, e respondeu a interlocutora.“Alo?”“É melhor você vir agora para a delegacia do bairro. Porque sua esposa está aqui dando um depoimento que implica que sua namorada invadiu a casa de vocês hoje e se eu dê continuidade na coisa todas, Izabel vai parar no presídio feminino até a data da audiência de instrução d
A certo momento do dia, o pai de Carlos, André Nascimento, entrou como uma tempestade na sala em que seu filho estava trabalhando para tentar minimizar os problemas causados pela especulação de que ele iria se separar de Débora. A agitação provocou uma queda nas ações do grupo.“Como isso está acontecendo agora? estamos quase obtendo a estabilidade necessária para nos desamarrar mos e agora tudo pode voltar a estaca zero. Como você foi tão imprudente?”“Desculpe, pai.”O rapaz estava verdadeiramente arrependido de suas ações imprudentes. Nos últimos cinco anos eles trabalharam tanto para conquistar estabilidade para o grupo. E com duas ações de Izabel tudo foi por água abaixo."Não me venha desculpas. Se livre daquela mulher!”“Ela não tem culpa. Fui eu quem desencadeou tudo isso. Se não tivesse agido com precipitação nada disso estaria acontecendo.”O rapaz respondeu humildemente para o homem mais velho. Afinal se havia percebido a sua culpa, o melhor era assumi-la. Além do mais, não
Vint e sete anos antesDepois de um plantão muito ocupado, Niara e Rosa sentaram para um café na cafeteria do hospital.“Como estou cansada!”“Nem me fale! Até eu que não trabalho no plantão de emergência, fiquei sobrecarregada, hoje.”“Aquele acidente com nossa equipe de médicos, foi realmente muito estressante.”“E para mim. Que tive a incubencia de ligar para todos os parentes das vítimas. Só não foi pior, porque não foi tão grave e não houve morte.”“Eu tive que dobrar o plantão! E atender meus colegas e professores! Toda hora em pensava! Não posso errar! Não posso errar! Não posso errar!”“Logo você que seu trabalho com o maior cuidado!”“Além de está cansada, poderia falar por está nervosa de atendê-los."As duas garotas com semblante fechado eram de fato muito bonitas, uma com aparência típica da mistura brasileira e a outra indigena das pontas dos cabelos até as pontas dos pés, mesmo vestindo uma roupa comum.“Vamos falar de coisa boa! Como vai a sua situação com o Roberto?”"