Nos dias que seguiram o Dom sempre ia ver o filho e Guadalupe na fazenda.–Temos que marcar logo a data do nosso casamento, mal posso esperar para te os dois comigo. – Andreas sorria ao dizer a Guadalupe.–Eu também quero muito Andreas, mas vamos esperar pelo menos mais alguns dias. Não fica bem que eu tenha enterrado o marido e a poucos dias já me case novamente.– Perdoe-me por intervir, mas todos na vila sabem as circunstâncias que te levaram a se casar com Igor. Não acho que tenha que se preocupar com falatórios. – Ester disse sorrindo, queria ver logo a filha feliz.– Certo, vamos marcar a data para daqui a um mês. – Guadalupe escolheu a data e todos ficaram felizes.–Espero que esse mês passe muito rápido. – Andreas exclamou.–Dona Ester, temos mais uma visita. – Nádia anunciou a chegada de Luíza.– Bom dia Lupe!– Finalmente veio me ver. – Guadalupe falou sorrindo e Sebastião logo os cumprimentou também.– Patrão, bom dia.– Agora que tudo ficou esclarecido e olhando bem, Benja
Andreas chegou em casa com Héctor, sabendo que ainda teria que pagar uma boa quantia àqueles dois pais desnaturados. No entanto, tudo valia a pena para ver o sorriso de sua filha. Gabriel entrou no quarto com o menino no colo, e assim que ela o viu, abriu um lindo sorriso.– Eu sabia que você o traria de volta para mim! – Jamile falou emocionada para Gabriel, mas ele revelou a verdade.– Agradeça ao seu pai meu amor, ele resolveu tudo e trouxe o pequeno de volta. Me desculpe pelo modo agressivo que falei com você, eu temi que você perdesse nosso filho, mas Héctor é nosso primeiro filho e sempre será independente de laços de sangue.– Obrigada aos dois. – Jamile disse, abrindo os braços para receber o abraço de seu pequeno filho.– Não quero agradecimentos, apenas o seu sorriso e saber que vai ficar tudo bem. Eu só tenho motivos para agradecer a Deus por tudo o que tem acontecido nos últimos dias. – Andreas se emocionou ao dizer.Leandro precisava acompanhar o caso de Celina na delegac
Andreas pagou ao casal o dinheiro para que Gabriel e Jamile pudessem adotar legalmente Héctor e tudo ficou resolvido. Com os papéis assinados, eles jamais poderiam chantagear ou querer ficar com Héctor novamente.Leandro viu Luíza na igreja com a filha pequena nos braços, a cumprimentou e pode compreender que de fato não a amava mais e entre os dois tudo o que havia acontecido de bom ou ruim, havia ficado no passado.Vejo que você está feliz. – Leandro perguntou para Luíza.– Muito Leandro e espero que você seja também, soube que se casou. Que você e sua esposa possam ter muitos filhos.– Obrigado, por ser tão bondosa e pelo seu perdão. Ele me libertou para me tornar o homem que sou hoje! – Leandro e ela estavam livres para serem felizes cada um com seu grande amor.Sebastião os viu conversar, mas não sentiu ciúmes sabe e confia no amor que Luíza tem por ele e que nada será capaz de mudar isso.Edith e ele regressaram para o Capital.Dias depois...Raul se sentia a cada dia mais solit
Guadalupe sentia os lábios do Dom descerem de sua boca, ao seu pescoço e até o meio dos seus seios, desnudando cada um deles e provando-os com lambidas delicadas e que a fizeram arrepiar inteira.Ela sentiu falta dos lábios dela, a jovem segurou o rosto dele rente ao seu corpo, acariciando os cabelos curtos de Andreas e fazendo-o ouvir seus gemidos e pedir sempre por mais.Guadalupe ficou em cima dele, montando-o como amava fazer. Beijando sua boca, apalpando seu peito másculo... Virou-se de costas para ele.– Tire minhas roupas! – Guadalupe pediu.Sentiu desfazer os laços de seu espartilho, ficou desnuda e ao tocar seu corpo, percebeu que ele também estava. Guadalupe deitou seu corpo nu sobre o dele, enquanto beijava o Dom e ele apertava suas nádegas.Ela quis fazer como ele sempre fazia e a jovem jamais esqueceu, desceu os seus beijos por todo o corpo dele, sentindo os pelos aumentarem a quantidade conforme descia pelo seu peito até embaixo do umbigo.Os gemidos dele foram aumentando
Guadalupe sempre foi uma jovem forte, determinada e jamais se deixou abater pela deficiência visual. Desde cedo, fez questão de ser o mais independente possível dentro de suas limitações. Ela nunca teve o desejo de se casar, pois sempre sonhou em dedicar sua vida a Deus, apesar da vontade dos pais, que, por serem idosos, desejavam que ela tivesse uma família e a proteção de um marido. Dom Andreas, por outro lado, sempre foi um galanteador incorrigível, conhecido por viver de cama em cama, até ser obrigado a se isolar em uma fazenda. Quando viu Guadalupe pela primeira vez, ficou encantado com sua beleza e com a força que ela demonstrava ao enfrentar a vida. O desejo de possuir essa mulher despertou nele uma obsessão perigosa, levando-o a tomar atitudes cruéis para se casar com ela. Porém, ao se ver apaixonado, ele não conseguiu admitir esse sentimento, nem para si mesmo, nem para Guadalupe, o que causaria sofrimento a ambos. Puebla, México – 1900 Esther, mãe de Guadalupe, reflete sob
A jovem saiu a cavalo, levando a comida para o pai que passaria todo o dia vendendo por lá. Tudo estava normal o vento agitava seus cabelos como ela tanto amava sentir, até que ouviu o som de um cavalo se aproximar cada vez mais.Senti meu coração acelerar, todos por essas bandas me conhecem e denunciam logo sua presença para não me assustar sabendo da minha deficiência, mas essa pessoa ficou em silêncio até chegar perto, perto demais...– Será que pode me dar a honra de lhe falar um instante? – Diz Dom Andreas surpreendendo-a no meio do caminho.Guadalupe ficou tensa de medo daquela voz grossa e desconhecida, sabia que pelo som dos passos do cavalo ele a estava seguindo. Não respondeu, apenas bateu as rédeas do cavalo delicadamente para fazê-lo ir mais rápido.– Não te ensinaram que que deixar alguém falando sozinho é descortês? Já basta a recusa de seu pai ao meu convite, assim vou achar que isso é um atributo da sua família, estou certo? – Ele a olhava dos pés à cabeça, não se impo
Dom Andreas esperava todos os dias por Guadalupe, vê-la passar havia se tornado um hábito. Sempre estava naquela janela ansioso por avistar aquele encanto de garota.– Eu preciso conversar com aquela donzela, encontrar uma forma de ficar a sós com ela, mas com aquele pai estúpido eu não vejo como! – Resmungava Dom Andreas.– Pelo que parece a família dela é bem sistemática, recusaram seu convite para jantar. Sebastião me disse que eles são muito religiosos e vão a missa todos os domingos sem falta. – Lembrou Amélia e Dom Andreas adorou a sugestão.– Então é isso que farei, vou me tornar o maior católico desse lugar!Dom Andreas sorriu, agora tinha certeza de que a veria e muito.– Está tão interessado assim nessa menina filho? A ponto de se converter de verdade? – Amélia sabia que o patrão não era nada religioso e jamais havia entrado em uma igreja.– É que além de bela, ela é diferente das outras eu não sei por que, mais vou descobrir o que tanto me encanta naquela mulher, além da be
Dia seguinte...– Seja bem-vindo padre, está em sua casa. – Diz Dom Andreas ao ver Amélia abrir a porta para seu ilustre convidado.– Os reparos que fizeram deixaram essa mansão ainda mais bela e aprazível, lembro-me de seu pai o comendador, era um bom homem. – O padre olhava o quão bela tinha ficado aquela fazenda.– Sim, meu pai era um homem de bem, pena que tenha se entregue ao vício do cigarro.– Padre, nos honra receber o senhor e eu já irei servir o almoço. – Avisa Amélia da porta da cozinha.– Então, apenas me diga de quanto precisa e agora mesmo passarei a quantia para as obras de caridade. – Diz Dom Andreas se sentando e o padre também.– Antes me responda, você é batizado filho?– Na verdade não padre, meus pais nunca tiveram a religião como uma prioridade na vida.– Pois deve se batizar, entenda que para que Deus reconheça sua oferta é importante que não só seja de coração, mas que esteja entregue a fé e celebre este novo começo como tem que ser feito.– Claro que sim padre