Capítulo 21
Capítulo 21.

Eliza Campos.

Cada passo de Pedro ecoa pelo estacionamento deserto, um ritmo irregular que parece marcar a tensão do momento. Da entrada do prédio, olhares curiosos nos seguem, era um verdadeiro espetáculo gratuito para quem busca drama numa noite qualquer.

No elevador, seus braços me envolvem com uma delicadeza calculada que me irrita ainda mais. Pelo reflexo do espelho, percebo uma senhora nos observando, seus olhos brilhando com aquela sabedoria que só os anos podem dar.

— Ah, esses jovens de hoje... — ela murmura, ajeitando a bolsa. — No meu tempo, a gente pelo menos esperava o terceiro encontro para esse tipo de cena.

Sinto minhas bochechas queimarem. Pedro, é claro, tem a audácia de rir.

Quando todo mundo desce, o silêncio pesa entre nós. A presença dele parece ocupar todo o espaço do elevador, nada como aqueles encontros aparentemente casuais na cafeteria. Seu perfume era uma mistura sofisticada de café torrado e algum sabonete absurdamente caro, que invade meus sen
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