Copyright © 2021 por Jê Agne
Título original: O destino é o amor
Revisão: Shainnee e MSL
Jerusa Agne mais conhecida como Jê Agne, nascida e criada em um bairro pobre de Porto Alegre, em meio a tantas adversidades começou a escrever para tentar superar uma crise de síndrome do pânico, começou a pegar gosto pela escrita e surge a primeira obra publicada em 1º de novembro de 2018. Amante de séries, filmes e literatura, divide o seu tempo entre a família e o trabalho. Hoje Jê mora com sua família em uma pequena cidade de Santa Catarina, Taió, onde continua escrevendo.
Jê diz que sua vida está no auge da juventude. Alegre, extrovertida, tem a música como companheira para escrever e se inspirar. Além de trazer em suas histórias um pouco de sua personalidade e vivência pessoal.
Tudo que faz é com amor, pois acredita que nada que se faça sem amor é bem feito.
Acadêmica no quadro de associados na Academia Independente de Letras ocupante da cadeira 107 com a persona Kairós: Origem do Grego o tempo de Deus, o momento oportuno, certo, supremo.
Com um estilo peculiar de escrita, suas obras apresentam conflitos e muitas críticas sociais. Totalmente diferente dos padrões literários, Jê, tenta expressar em seus romances nada convencionais, personagens fortes que enfrentam a vida. Seus gostos por finais surpreendentes, faz com que todo o livro tenha grandes mudanças em seus enredos, além de gostar de manter o suspense em cada página.
Permita-se sentir grandes surpresas e emoções!
O destino é o amorDedico este exemplar para todos os amigos, revisores, parceiros e divulgadores que acreditaram e me apoiaram a realizar mais este sonho, em especial minha família, meu marido e minhas filhas que estão sempre ao meu lado me incentivando. Aos que em momento algum duvidaram do meu trabalho e se mantiveram firmes em todas as ocasiões, em cada conquista, em cada decepção, alegrias e tristezas. Fica um forte carinho por tudo que cada pessoa fez e faz por mim, e minha sincera gratidão para todos que de uma forma ou de outra cruzaram meu caminho,
O destino é o amor.Hoje estou cansada, ainda bem que amanhã é sábado. Vou tomar um banho e morrer na cama, não, vou tentar assistir alguma coisa. Tomara que o ChinHwa não invente nada para hoje, ele irá sozinho. Amo meu trabalho, mas hoje foi difícil.Eu sou Janaina, mais conhecida por Jany, tenho vinte e um anos, exerço a profissão mais importante do mundo, sou professora, também sou conhecida por tia Jany, prof. Jany ou sora Jany. Ensino os primeiros passos, o ABC e o 123, formada em pedagogia e letras, moro com meu namorado, ChinHwa, ele tem vinte e sete anos e é gerente de departamento pessoal, não me perguntem o motivo dele morar aqui no Brasil, até hoje não entendo direito, acho que ele sabia que eu morava aqui e veio me conhecer, só pode ser isso.Nos conhecemos há cinco anos quando entrei na faculdade, a hist
Eu estava bem bela e feliz em uma segunda-feira chegando da escola, vocês devem se perguntar quem fica bela e feliz numa segunda-feira? Eu mesma! Entrei tirando meu casaco, falta pouco para irmos morar na China, contra minha vontade, que fique claro... Então, entrei, pensando naquela turminha que iria deixar nas mãos sabe-se lá de quem, sempre é difícil deixar uma turma, ainda mais assim, nestas circunstâncias. Fui arrancada dos meus pensamentos quando o levei um tremendo susto.- Vamos correr?- Deus do céu, Chin, quase pari um filho agora! De onde você saiu?- Brotei do piso amor!- O que faz em casa essa hora? Quer ir morar sozinho me avisa, não precisa me matar!- Eu fui ver nossos vistos, aproveitei e fiquei em casa, estava esperando você para subir na academia...- Vou trocar de roupa, já venho.- Quem sabe corremos depois?- Isso me parece &e
Eu estava arrumando minhas malas para irmos então para o tão sonhado trabalho dele, não, para China, é isso... Separando o que eu deixaria e o que levaria, na verdade não tenho muito para levar, a proposta era deixar quase tudo e comprar lá o que faltasse, que dificuldade de me desfazer das minhas roupas, mesmo sabendo que irá para doação me dói. Minhas maletas de maquiagem, eu parada sentada no chão com as pilhas de roupas ao meu redor sem saber o que deixar ou levar, a cena devia ser engraçada, mas eu não estou feliz, estou tentando não transparecer, mas estou muito chateada de ter que ir embora e recomeçar minha vida em outro país, o qual a cultura é muito diferente, embora a qualidade de vida seja um pouco melhor que a nossa, não quero deixar minhas crianças, meus amigos, meus pais. Mas eu prometi que não o abandonaria e ele está feli
Estamos na China enfim, fomos bem recebidos, e pegamos as chaves do nosso novo apartamento, ele é muito bonito, mas é a metade do nosso. Já estamos nos acomodando, aliás, estou me acomodando, pois ele já está se acomodou reclamando do espaço e que ele teria que colocar borracha ou algo assim para amortecer as batidas nos cantos dos móveis, se lá eu já tinha problemas com isso... Ali melhor nem comentar.- Vem me ajudar.- Espera, estou cansado, senta um pouco aqui comigo.- Eu passei horas sentada naquele avião, aqui não tem academia, né? Seria pedir demais, eu acho...- É, amor, seria pedir demais! Você ficou linda assim... Só acho que tem pegar mais leve.-Mais ainda? Olha para mim, estou engordando.- Será que isso não é culpa do bebê?- Que beber? Faz tempo que não bebo! Acho que o fuso p
Saí cedinho para fazer duas entrevistas de emprego, aproveitei e fiz algumas compras, ainda não consegui me acostumar com o clima daqui, com o povo, sei lá, ainda não estou bem ambientada. Eu não consigo me sentir a vontade nos lugares, parece que me observam o tempo todo. Caminhei muito e não comprei quase nada. Como sinto falta de onde morava, passei no mercado e comprei algumas coisas, estava com as mãos cheias. Larguei as sacolas no chão para abri o portão, e aquele ser simpático que ainda não sabia o nome juntou minhas sacolas. Desta vez ele se apresentou, Cheng, esse era o nome do meu vizinho simpático. Me apresentei e ainda disse que estamos a pouco mais de um mês.- Eu sei, lembro-me do nosso primeiro encontro no elevador. Sabia que era nova no prédio. São poucas pessoas com traços ocidentais por aqui. E é impossível não reparar.-
Eu estava arrumando nosso apartamento quando Chin entrou, fiquei olhando para ele que ficou sem falar nada, continuei fazendo o que fazia quando ele chegou. Ele entrou no banho, depois veio até mim e me segurou.- Amor, programei um passeio para nós hoje.- Vamos almoçar fora?- Isso, não aguento mais sua comida, quero comer algo diferente...- Engraçadinho.- Estou brincando, minha pérola rara...- Aqui eu sou rara mesmo! Não se nem parecidas.- Vamos lá?- Vou tomar um banho rapidinho!- Ele pode ficar demorado se quiser...- Não, eu quero sair.- Tudo bem, princesa!Tomei meu banho, me arrumei, saímos, fomos almoçar e depois passear.- Coisinha fofa da minha vida, como está? Fala para mim, eu preciso saber se já se adaptou, se gostou do apartamento, você não fala daqui, meu amor!-
- Amor, vem aqui!- O que foi, Chin?- Recebi um e-mail agora, vamos fazer as malas... Iremos para Seul!- Uou! Que legal, meu amor! Quando iremos?- Em quinze dias.- Estou muito feliz com isso.- Acho que meu poder de persuasão voltou por completo agora...- Que bom, estava sentindo falta.- Vem comigo, minha fofinha...- Estava preocupada com você.- Deixa eu te beijar e encher você de amor, antes que o vizinho da cobertura se encarregue disso, se é que já não está, pela informalidade que ele anda te tratando. Isso não é uma coisa que aconteça tão fácil assim!- Não, meu fofinho, ele não está!- Ainda bem que sou bonito... Estou na vantagem se tratando desse quesito. Eu te amo, e agora chega de conversa.Ficamos um tempo abraçados deitados na cama. Ele estava muito diferente, voltou