A igreja cantou as doze badaladas, era finalmente noite de Natal e o dia que Antonella faria quinze anos, ela olhou a mesa posta, as crianças sorrindo e os seus pais encostando as malas na porta correndo para lhe abraçar em conjunto enquanto beijavam cada lado da bochecha da garota, se aquilo não era um milagre de Natal, ela não poderia definir o que era. Noah saiu da mesa e foi até a cozinha depressa e ela percebeu. - Feliz aniversário, meu amor. - Megan falou primeiro perto de sua bochecha lhe entregando um presente que ela já sabia do que se tratava, era o cupcake de aniversário que Megan lhe entregava todos os anos no início do dia com sua idade no topo, para que pudessem começar as comemorações logo cedo. Aquele era o doce mais gostoso dentre os dotes culinários de sua mãe e se tinha uma razão para ela gostar de seu aniversário era poder comer aquela gostosura. - Feliz quinze anos, querida. - Foi a vez de Tayler lhe entregar uma caixinha com um anel em pedras preciosas e brilh
Era o próprio dia de Natal, Ayla passava os pães de queijo e colocava a mesa para o café da manhã com Megan. Tayler e Josh tinham saído para ir ao mercado comprar a lista de itens que precisava para preparar o jantar a noite que seria com Antony e o pai de Megan. Já estava dando quase dez horas da manhã e apenas Antonella tinha descido para o café, enquanto Noah estava trancado no quarto com a placa de não perturbe que raramente costumava usar. Antonella comia quieta e respondia apenas com meias-palavras, agindo estranho, o que era algo inacreditável vindo dos dois. Ayla subiu as escadas para ver o que estava acontecendo. Abriu a porta e Noah estava em frente ao computador com o fone de ouvido. - Filho. - Chamou e ele nem se movimentou. - Noah. - Apertou o botão da tela para desligar e ele finalmente descer os fones e a olhar. - Você nem mesmo escovou os dentes. Por que não desceu para tomar café? - Eu não quero, estou sem fome. - O que está acontecendo, eu te conheço há anos meu
Durante todo o dia, Tayler passou os vigiando e reclamando de algumas coisas que estavam fazendo, embora ambos estivessem felizes demais para se preocupar com aquilo naquele momento. Eles foram até a praça quando o sol abaixou de mãos dadas, aproveitando para curtir a tarde linda de sol, muitas pessoas corriam de um lado para o outro seja para ser mais rápido e dar tempo de comprar comida para o natal, só se exercitar mesmo ou passear com os cachorros. Antonella lembrava claramente da imagem de Troy, ele era seu melhor amigo na infância e sempre a acompanhava quando não tinha companhia para passear. Ele morrera no ano passado de velhice, quando seu corpo estava cansado demais para continuar, Antonella tinha a certeza que chegara o momento dele partir e isso aconteceu enquanto ela fazia carinho em sua barriga, após a lamber uma última vez. Olhar aquelas pessoas com seus respectivos melhores amigos a fazia sentir uma pontada de inveja, ela não queria substituir Troy de sua vida, mas si
Megan subiu as escadas para colocar uma roupa mais confortável que aquele vestido longo e encontrou no fim da mala, uma foto dela e seus pais juntos. - Eu queria que estivessem aqui para ver que consegui, queria que ainda estivessem aqui para poder lhes dar esse orgulho. Continuem me amando daí que nunca deixarei de amá-los daqui. - Beijou a foto. - Eles com certeza estão orgulhosos de você. - Tayler se aproximou, a beijando. - Tayler, querido, onde está? - Diana gritou do corredor. - Tenho que ir, já volto. - A beijou outra vez. ~X~ Sentada ao lado de seu mais novo namorado, Antonella estava pensativa, deixando um sorriso de canto ao lembrar da noite anterior e não era relacionado ao beijo e nem ao momento em que Noah lhe tocara e sim na hora em que a garota tinha recebido o bolo com as velas de quinze anos acesas e no fim todos entoaram para que fizesse um pedido. Há algumas semanas, ela tinha certeza de qual era seu pedido e não era nada tão absurdo, apenas que pudesse encon
Capítulo 1 Tayler Costello estava inquieto essa madrugada. Embora a cama fosse das mais confortáveis, não era assim que se sentia, afinal mais um de seus frequentes pesadelos ousavam o atingir como pedra. Ele não costumava se deixar abater enquanto acordado, permanecia sempre ocupado para esquecer a culpa e o vazio que carregava dentro de si. Então, acreditava que seu corpo se beneficiava com o descanso para lhe pregar uma peça. Não que isso fosse injusto, na verdade, pensava o oposto, só que era exaustivo demais. Depois de muito girar sobre os lençóis, ele acorda atordoado, as cenas de seu melhor amigo com inúmeras queimaduras sobre a cama do hospital passam rapidamente pela sua memória. "Está tudo bem, Tayler, eu sempre estarei com você. Por favor, cuide do meu pai", foram seus últimos pedidos e Tayler sempre fez questão de cumprir, mesmo que Clince tivesse partido antes de escutar isso de sua boca, levando consigo uma boa parte daquilo que um dia Tayler realmente fora. Como se al
Capítulo 2 - O de sempre. - O rapaz mais velho pede. Era quase um ritual ir ao pub todo dourado e preto, revestido de espelhos e bancos madeirados, ordenados em um espaço oval. Às vezes, para Tayler, era entediante vir no mesmo lugar, mas a energia contrária ao seu caos interior, sempre o trazia de volta. Hoje, em especial, estava ocupado demais para pensar nisso. Uma garota de cabelo negro, liso e curto até o ombro, da qual ele nunca tinha visto por ali, desajeitadamente tentava fazer um drink. Quando ela percebe seus olhares e evita, observar atentamente o seu desespero estava começando a ser divertido, até tinha feito um pouco da vontade de socar alguém se esvair. Antony por sua vez, permanecia em silêncio porque sabia que sua companhia bastava. Aos poucos, várias doses descem rasgando por sua garganta, mas nem o torpor do álcool era capaz de desinteressá-lo por cada passo que a garota dava. O ar misterioso instigava todos os seus sentidos, sensação essa que ele não sentia há mui
- Feliz pela visita? - dois homens encapuzados a seguram por trás antes que ela possa correr. - Nós viemos cobrar a dívida daquele velho idiota. - O outro comenta com uma voz divertida. - Não se refira ao meu pai assim. - Megan protesta, sentindo os braços começarem a doer pela força exercida. - Cala a boca. - sente o cano da arma ser apontado no lado direto da cabeça. - Agora você só ouve e obedece, se não ficaremos satisfeitos em acabar com você. - Vocês já reviraram tudo, o que mais querem? - O chefe quer que faça um serviço, e assim nós a deixaremos em paz, por enquanto... - Garanto que nada do que faço irá o interessar. - Não é o que ele acha. - pressiona a pistola ainda mais. - Você realmente não imaginou que facilmente alguém poderia descobrir o que faz pela manhã? A resposta era não, ela realmente não imaginava que seus momentos de hacker seria tão perceptível assim. Megan amava programação e tinha um bom conhecimento graças a sua mãe que a ensinava. Todas as manhãs Meg
- Eu preciso que entregue isso para o senhor Costello. - estende o pequeno computador, após perceber que não havia câmeras por ali. - Tudo bem, quer que diga alguma coisa? - Não, mas não conte quem eu sou. Olhando torto, o homem balança a cabeça concordando e depois de alguns segundos Megan estende um papel escrito "Em breve tudo estará funcionando normal. Alguém está empenhado em te destruir, deveria ser menos arrogante." pedindo que lhe entregue também. Sem olhar para trás, arranca o carro na direção oposta, se certificando de que só o porteiro tivesse a visto. ~X~ No dia anterior, antes de Tayler descobrir a perda milionária causada pelo sistema bloqueado, ele estava sentado em sua mesa sem conseguir se concentrar. Sentia os pensamentos em outro lugar, mais precisamente naquela garota cujo perfume tinha ficado em sua camiseta, mesmo após lavar. Não tinha percebido até aquele momento o quanto estava gastando tempo demais pensando em uma mulher que só vira uma vez, já que nas n