Riccardo

Saio às pressas de casa, pois cada segundo conta. Meu advogado conseguiu uma autorização do juiz para fazer a gravação, o que foi bom, assim não vou depender somente dos policiais como testemunha.

Chego na delegacia quase correndo, e assim que avisto o meu advogado, seguimos para dentro. Falamos com um policial, e ele nos encaminha até o delegado.

— Que bom que vieram cedo. Parece que ele se arrependeu de não ter entregado ela naquele dia.

— Sabe o que aconteceu, delegado?

— Mais ou menos. Ele pediu para ligar para ela, e pelo estado em que ele ficou depois da ligação, acho que não foi muito satisfatório para ele. — Dou uma risada de lado. Eu sabia que ela não ia pagar para soltar ele.

Agora, eu só tenho que tomar cuidado com o que eu falar, pois como vai estar gravado, ela pode usar isso na justiça falando que eu subornei para que ele falasse que foi ela. O delegado me leva até a mesma sala que falei com ele da outra vez, e eu o espero.

Ele aparece, dessa vez com um rosto mais sombri
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