Saio às pressas de casa, pois cada segundo conta. Meu advogado conseguiu uma autorização do juiz para fazer a gravação, o que foi bom, assim não vou depender somente dos policiais como testemunha.Chego na delegacia quase correndo, e assim que avisto o meu advogado, seguimos para dentro. Falamos com um policial, e ele nos encaminha até o delegado.— Que bom que vieram cedo. Parece que ele se arrependeu de não ter entregado ela naquele dia.— Sabe o que aconteceu, delegado?— Mais ou menos. Ele pediu para ligar para ela, e pelo estado em que ele ficou depois da ligação, acho que não foi muito satisfatório para ele. — Dou uma risada de lado. Eu sabia que ela não ia pagar para soltar ele.Agora, eu só tenho que tomar cuidado com o que eu falar, pois como vai estar gravado, ela pode usar isso na justiça falando que eu subornei para que ele falasse que foi ela. O delegado me leva até a mesma sala que falei com ele da outra vez, e eu o espero.Ele aparece, dessa vez com um rosto mais sombri
Assim que o áudio terminar, ela começa a gaguejar, falar que é mentira, que eu fiz ele falar tudo aquilo. Sorrio e peço para o Bernardo abrir a porta e mandar as pessoas que estão do lado de fora entrarem. Ela não tira a mão do telefone até ver a polícia entrando.— Ele falou tudo isso diante dos policiais, diante do delegado. E antes que você pergunte, sim, conseguimos autorização para a gravação.— Não permiti que a polícia entrasse. Aqui é minha empresa, minha sala, e não é um local público. Podem se retirar.— Temos um mandado de prisão, senhora. — Meu advogado coloca o documento em cima da mesa, e ela pega, mas não lê. Apenas rasga o papel e joga os pedaços em cima da mesa. — Não tem mandado nenhum.— Essa era uma cópia. Tenho mais aqui, caso a senhora queira extravasar antes de ir para a cadeia. — Ele coloca outro papel na mesa dela, e ela se afasta.— Pode prendê-la. — O delegado fala, se aproximando dela, e ela vai indo mais para trás, até bater as costas na janela de vidro.—
— Primeiro, como você se chama? Que eu não sei o seu nome.— Deniel... Daniel Rothman. — Ele fala gaguejando, como se estivesse na frente do pai da minha mãe.— Minha mãe ficou sozinha por um longo período, depois achou que tinha voltado ao amor, mas foi enganada. Se você estiver olhando para minha mãe só pelo desejo da carne, como vocês homens dizem... Carne fraca, sugiro que pare agora mesmo, ou vou pedir para o Riccardo te demitir agora mesmo.— Eu não sou um moleque, nem um adolescente para fazer isso. Fiquei casado por vinte anos, e nos divorciamos normalmente, sem brigas. Jamais brincaria com sua mãe, dona Montelli.— Você chama o Riccardo de Riccardo, então pode me chamar de Gabrielly. Se não é um adolescente, para de ficar paquerando ela como se fosse um, e vai lá falar com ela. Leva ela para jantar, dá uma noite romântica para ela, pois ela nem sabe o que é isso além do que assistiu nas novelas.Ele dá um leve sorriso de lado, e eu me viro de costas para ele e vou até o Ricca
Ela passa o aparelho e dá uma mexidinha, uma leve apertada e sorri. Minha mãe e dona Marly ficam em cima, como se pudessem ver alguma coisa entre os borrões. Só vejo que tem um bebê ali porque a médica mostra cada pedacinho dele, se não, eu não ia ver nunca.— Parece que... — Ela começa a falar e para. — Bom, esse aqui está nitidamente mostrando o piupiu dele, é um menino. — Minha mãe pula, gritando que acertou. — Calma, ainda não acabei.O silêncio toma conta da sala. Como assim ela não terminou? Olho para o Riccardo sem entender, e ela chama a nossa atenção.— Aqui, encontrei. Parabéns, mamãe, você está grávida de gêmeos. Não estão na mesma placenta, por isso quase não encontro o outro. Sorte que eu gosto de explorar bem, para os papais não se assustarem na hora do parto.— Consegue ver o sexo do outro? — Dona Marly pergunta, e ela pede para esperar um pouco, pois o menino está bem na frente. — Ela coloca o aparelho na máquina, mexe um pouco com as mãos sobre a minha barriga, e volt
Eu sabia que esse dia ia chegar, mas, vendo Sophie ali, no banco dos réus, quase me fez rir. A mulher que adorava andar de nariz empinado, vestindo as melhores grifes, agora estava ali, de roupa simples, maquiagem básicas. Em vez de pulseiras caras de jóias, uma algema brilhosa. Está com um olhar de desespero fingido, fingindo não está sendo preocupada em está sendo julgada.A juíza entrou e todos nos levantamos, assim que ele se senta, todos fazem o mesmo. Ela ajeitou os óculos e bateu o martelo, chamando atenção do tribunal. O advogado de Sophie se levantou, tentando o impossível: limpar a barra dela, que estava mais podre que o lixão.— Meritíssima, minha cliente não teve a intenção de atentar contra a vida da senhora Montelli. Ela foi manipulada por terceiros...Soltei uma risada seca, sem me segurar. Manipulada? Sophie nunca foi manipulada. Ela que manipulava.— Tem alguma coisa engraçada, senhor Riccardo? — a juíza me olhou por cima dos óculos.— Nenhuma, meritíssima. Só achei
Sophie não diz nada, apenas sorri, aceitando a condenação. Isso é estranho, muito estranho na verdade. Eu jurava que ela ia fazer ao menos um escândalo, mas não, não fez nada.Ela se levanta e um policial se aproxima dela para pegar a algema e colocar nos pulsos dela. Mas, por um descuido do policial, ela puxa a arma dele e aponta para todos.— Saiam da minha frente, antes que eu atire em todo mundo. — alguns se afastando, e quando outro policial vai se aproximar, ela pega o advogado dele e o faz de refém. — Eu vou sair, se tentarem me impedir, eu atiro nele.— Larga a arma e se entregue, Sophie. — o policial tenta barganhar mas ela sorrir.— Eu não vou morrer dentro de um inferno de jaula. Eu só quero sair. — El vai dando passos para trás levando o advogado juntos. Vamos andando segundo ela mas sem chegar muito perto. Os policiais do tribunal, não parece está preparado para esse tipo de coisa, acho que nunca aconteceu, ou são novatos.— Riccardo... — O chamo e ele vem para perto de m
Riccardo comportado? Seria o milagre do século. Se ele não está pensando em trabalho, ele está pensando em transar, sempre um ou outro. As vezes até os dias juntos. Quando eu vou responder, o advogado pede licença e vai até a minha mãe. Tento me aproximar junto, mas o Riccardo segura o meu braço.— Melhor deixar ele sozinho, não acha? — ele fala dando um sorriso.— Ele é um cagão, deixou ela naquele dia.— Porque você intimou ele, e ele ficou com medo. Gostei do que você fez pela sua mãe, e acredito que faria a mesma coisa pela minha. Mas vamos ver no que vai dar, pois ele já é homem, e seu recado para ele não brincar com ela já foi dado. Acredito que ele não vai pisar na bola. Vamos embora, vamos deixar eles a sós.Até tento recusar, mas ele sai me puxando até o carro, abre a porta e me coloca dentro. Olho para minha mãe e os dois olham para mim. Fecho a cara pro Deniel, ele tem que entender que mesmo eu indo embora, eu estou de olho nele.Riccardo liga o carro e seguimos. De início,
HotSe tem uma coisa que eu nunca achei que veria na minha vida era Riccardo dançando. E não era qualquer dança, não. O homem tava ali, na minha frente, se movendo no ritmo da música, com aquele olhar que prometia pecado, que transmitia luxúria, desejo. Me fazendo pecar.Cruzei as pernas e tentando fingir que aquilo não tava me afetando. Mas, meu Deus do céu, como não ser afetada por um homem daquele tamanho, todo trabalhado no músculo, rebolando daquele jeito? Era sacanagem comigo. Ele faz movimentos de como se estivesse em cima de mim, transado com força, como só ele sabe fazer.Ele não dizia nada, só me encarava, com aquele sorrisinho de canto que sempre me deixa sem ar. E eu? Bom, eu mordi o lábio, porque minha boca tava seca e eu não sabia o que fazer com as mãos. Quando eu dancei para ele, ele se tocava. Tenho vontade de fazer isso, mas estou com um pouco de vergonha. Mas minha intimidade, lateja, baba, saliva por ver tamanha gostosura na minha frente.A água parece está ficando