Ele não tinha por que negar, afinal a relação deles nunca sairia daquilo que era.— Oh Roman, eu gosto de você também.— O quê? Você não pode. Somos primos. — ele deu a ela um olhar de advertência.Luciana fez beicinho e, posteriormente, sorriu perversamente sem que ele visse. Quando chegaram à suíte em que estava hospedada, ela voltou a tocar no assunto.— Roman, você acha correto termos sido criados como se fôssemos primos, se na verdade não somos? — Luciana perguntou ao servir um pouco de uísque a Roman.— Não acho certo, de verdade. — ele bebeu um gole com cuidado, sentindo o líquido esquentar seu interior. — Mas foi assim que fomos criados a vida toda, e agora não há nada que possa ser feito.— Mas você disse que gosta de mim. — ela sentou-se perto dele.— É , Luciana. — Respondeu Roman com cautela. — Mas...— Nada de mas. Eu também gosto de você, então o que acha que podemos fazer a respeito disso?Roman sorriu. Ela tinha coragem por perguntar isso. Se seu tio Eduardo ao menos s
— Marco, você tem que vir à Califórnia. Seu pai está em pânico. — Camila disse ao filho pelo telefone. — Eu liguei para Luciana, mas ela não está atendendo. Pelo que parece, sua irmã está muito ocupada hoje em uma sessão de fotos.Marco estava no meio de uma reunião de negócios durante o almoço com um grupo de investidores japoneses em um famoso restaurante japonês de Nova Iorque, quando sua mãe ligou. Ele havia saído da mesa para atender a ligação, mas notava que os homens que o aguardavam não estavam muito satisfeitos.— Eu não posso mãe. Eu tenho um grupo de investidores japoneses aqui comigo. Ainda estamos negociando nossa expansão na Ásia no início do próximo ano.— Esta é uma emergência familiar. Eu quero você aqui para falar com Luciana. Ela ouve você. Cancele sua reunião, você pode ir ao Japão na próxima semana para isso.— Mãe, eu sou uma pessoa muito ocupada. Tenho muitos compromissos.— Não precisa me lembrar da sua incapacidade de tirar umas férias. Eu sei perfeitamente da
Mais tarde naquela noite, Marco saiu do seu avião particular carregando uma mochila de couro depois de pousar na pista de pouso privada dos Valdez. Todos que o viam, pensavam nele único e exclusivamente como um homem de negócios influente e poderoso, mas a jaqueta de couro preta e o jeans desbotado que ele usava davam a ele um ar de bad boy. Ele ficou surpreso ao ver Roman encostado em sua Lamborghini. Achava que o motorista iria buscá-lo e não o primo.— Ora, ora, ora. Parece que você levou muito à sério o tratamento de rei que eu pedi. Afinal, não mandou seus lacaios, veio pessoalmente.Roman sorriu. Em seguida, eles se abraçaram.— Uau! Você está péssimo, Roo. Papai deve ter te batido forte mesmo, hein. — Marco disse ao se afastar, em seguida se aproximou e fingiu examinar de perto o estado do rosto de Roman. — Tem certeza que não precisa de pontos na boca?— Deixa de ser palhaço.— Minha irmã já viu isso?— Ainda não. Eu não disse a ela ainda.— Não se preocupe, ela conhece muito
Marco tinha feito uma cirurgia LASIK havia alguns anos para corrigir seu problema de visão. Ele decidiu fazer depois do que aconteceu com Charlotte e talvez aquilo tivesse sido a melhor coisa que resultou daquele relacionamento.— Sei que está nervosa, mas já conversamos sobre isso. — Ele sorriu. — Vai dar tudo certo. É um procedimento bastante seguro.Nicole fez que sim, mas não respondeu. Pensaria depois nisso mais um pouco. Agora ela só queria curtir ter seu primo de volta. Luciana era ótima, e ela adorava poder conversar com uma garota, mas Marco era seu primo favorito.— Eu senti muito a sua falta. — ela disse, abraçando-o de novo.— Eu também senti sua falta.Marco beijou sua testa e acariciou seu cabelo.— Até que enfim um pouco de folga do trabalho, seu maníaco.— Sim, mas apenas graças ao idiota do seu irmão. Mamãe pediu para falar com ele e Luciana. Papai está soltando fogo pelas ventas.— Eu sei, Roman me disse. Oh, deixe-me dizer que Charlotte está aqui.Marco revirou os o
— Marco. — Charlotte disse suavemente.Marco sorriu.— Você parece diferente. Sabe, não parece ser mesma Charlotte que eu costumava conhecer.Charlotte tossiu e balbuciou.— Ah... ah... eu ainda sou a mesma pessoa. — Ela estava com vergonha, era ridículo estar gaguejando diante de Marco depois de tantos anos. — Eu... eu tenho que projetar a imagem perfeita de uma Miss Universo.Marco assentiu. Depois acrescentou em tom mais sério.— Não... não foi uma crítica fútil... quero dizer, você está parecendo mais cheinha, sabe. Um pouco mais gordinha. Mas não se preocupe, isso combina com você. — Ele pontuou a frase com um sorriso arrogante.Charlotte sentiu-se insultada. Ela mantinha uma dieta rigorosa e praticava exercícios como uma condenada apenas para manter a forma. Era um absurdo que ele tivesse dito que ela estava gorda. Mas mesmo assim Charlotte não pôde deixar de olhar para a sua barriga, apenas para conferir se tinha gordurinhas a mais aparecendo sob o vestido. Mas notou o sorriso
Marco quase rolou os olhos, mas não queria irritá-la. Também não estava confortável em deixá-la com aquele cara, que poderia muito bem ser apenas um cara a fim de se dar bem. Ele olhou para onde estava minutos antes e viu Charlotte bebericando sua bebida com um homem sentado ao seu lado.— Preciso de um favor.— Jura que ainda vai me pedir favor? Achei que era pra vir porque queria ver os homens babando por mim.— Isso foi antes de eu vê-la.— Quem? — Nicole perguntou com interesse.— Charlote.— Oh! Sério? Onde?— No bar.— E você quer fazer ciúme pra ela. — Nicole afirmou com um sorriso diabólico.— Eu só... — Marco bufou, pois não queria que Nicole pensasse isso, mas não é que não fosse inteiramente verdade.— Tudo bem, Marc. Seremos o par um do outro hoje, mas vê se pega leve nesses beijos ou vou ficar tonta.Após a breve conversa, Nicole ficou muito cooperativa. Ela abraçava Marco o tempo todo e fazia questão de rir sobre tudo que ele dizia. Em alguns momentos, olhava de soslaio
Ele agarrou a mão de Nicole e a abraçou com força.— O que foi? — Nicole perguntou surpresa.— Ela está aqui.— Oh! Ok. — disse ela e abraçou-o de volta. A raiva momentânea já tinha passado.— Ei, não exagerem as coisas. Você são primos. — Roman disse atrás deles. Luciana deu uma cotovelada no namorado e o mandou ficar quieto.Marco deu a Roman um olhar irritado.— Vai se foder.— Só mais tarde. — disse Roman. Luciana jogou as mãos para cima e foi sentar-se em um sofá em um dos cantos do clube.— Vamos lá, vamos dançar. — Marco arrastou Nicole na pista de dança.Eles dançaram até seus pés começarem a doer. Nicole pediu um tempo para descansar, mas quando a música ficou lenta, Marco pediu que ela continuasse a dançar com ele pelo menos aquela música, e seu sorriso foi tão lindo e galante que ela não teve como negar.Então alguém tocou o ombro de Marco.— Você se importa se eu dançar com Nicole?Marco ficou sem palavras. Ele estava prestes a dizer que se importava, quando Nicole respond
Marco voltou para o clube e começou a procurar por Nicole. Logo a encontrou, dançando ainda com o tal príncipe. Caramba, ele tinha saído havia um bom tempo e pelo menos três músicas já tinham tocado, então por que ela ainda estava dançando com ele? E pior, rindo em seus braços. Marco não confiava nele e ficou irritado, caminhando em direção a eles.— Acho que é o bastante. — Marco disse firmemente ao príncipe. — Eu disse apenas uma dança.O príncipe ficou surpreso quando viu Marco ao seu lado.— Sí, sí, está bien. — Ele recuou, mas piscou para Nicole. — Eu te ligo.Marco perfurou a parte de trás da cabeça do príncipe com o olhar enquanto ele se afastava e Nicole deu-lhe um tapa forte no braço, claramente irritada.— Marc, o que você está fazendo? — ela reclamou com a voz ácida.— Você está flertando com ele. — Ele cerrou os dentes.— E o que você tem a ver com isso? Você está agindo muito estranho hoje.Ela deu outro tapa nele, dessa vez, na nuca.— Isso machuca, sabia? — Marco disse