Capítulo 12

Rapidamente me aproximei de Jhonathan e expliquei a ele o que estava acontecendo. Ele me ofereceu ajuda, mas recusei, dizendo que daria um jeito. No entanto, ele, como alguém que não aceita um "não" como resposta, pôs a mão em minhas costas e me guiou até o carro, pedindo que eu desse o endereço de onde estava minha filha. Durante todo o trajeto, eu balançava as pernas nervosamente, ansiosa pelo que encontraria. Assim que chegamos, agradeci e saí rapidamente do carro. Bati no portão e Verinha atendeu, com a minha filha no colo, tentando respirar. Rapidamente peguei sua bombinha e fiz os procedimentos necessários. Quando minha filha respirou normalmente, senti o alívio me tomar.

— Desculpe mesmo, Anthonella. Eu não sei o que aconteceu. – Verinha parecia preocupada.

— Não foi o que ela comeu, era a crise de asma. Lembra das instruções e dos medicamentos que eu deixei pra você? Como você estava nervosa, eu não consegui entender o que era. – Expliquei calmamente, tentando acalmá-la.

Ela se desculpou mais uma vez e eu disse que agora estava tudo bem. Agradeci a ela e levei Maria Fernanda para casa, dei banho nela e a pus para dormir.

Me sentei no sofá e pude respirar aliviada. Tudo que importa é que a minha princesa está bem. Quando minha amiga chegou, contei a ela o ocorrido, e ela se desculpou por não ter visto a ligação de Verinha.

— Ainda bem que a nossa pequena está bem. – Joy disse, e eu concordei.

— Pois é, e a sorte era que eu estava relativamente perto, então Jhonathan me trouxe.

— Como assim ele te trouxe? E o seu carro? – Joyce questionou, confusa.

Expliquei a ela tudo o que tinha acontecido, desde a reclamação dele por eu não ter entregue o documento certo até a ligação de Verinha.

— Mais esse cara é um mala, credo! Fazer um auê por causa de uma crase. – Joyce expressou sua indignação.

— Ele pode ser chato, mas meio que está certo, Joy. Não posso ficar cometendo erros amadores. – Respondi, ponderando sobre a situação.

— Se você diz, pra mim ele vai ser sempre um mala sem alça. Mudando de assunto, você não ficou com medo dele ver a MaFê? – Joyce mudou o tópico da conversa.

Olhei para minha amiga por alguns segundos e balancei a cabeça negando.

— Claro que fiquei. Eu nem queria que ele viesse, só que o cara é mais teimoso que uma mula, quando chegamos, praticamente pulei do carro.

— Você não acha que deveria contar para ele a verdade? – Joyce tentou retomar o assunto.

Olhei para ela, ponderando sobre suas palavras, e neguei.

— Pra que? Pra ele achar que quero o seu dinheiro? Pra ele ou a sua família tentarem tirar a minha filha de mim? Ou pra ela ser maltratada pela sua namorada, noiva, concubina, ou seja lá o que for? Dispenso, amiga.

— Criamos a Fê até agora sem a ajuda dele, An. O que eu quero dizer é que já pensou se ele acaba descobrindo que ela também é filha dele? O que você acha que ele vai fazer? – Ela me faz perguntas difíceis de responder. 

— Isso não vai acontecer nem nos meus piores pesadelos. – Afirmei, determinada.

Me levantei e fui até a cozinha terminar o jantar. Quando Joy tentou voltar ao assunto, disfarcei, mudando de assunto.

No dia seguinte, Jhonathan me ligou, perguntando como estava a minha filha. Ele realmente estava preocupado e disse que eu não precisava trabalhar hoje, já que seria um dia mais tranquilo. Antes que eu pudesse agradecer, Jhonathan desligou na minha cara.

— Homem doido! – Exclamei, frustrada.

— Quem é doido, An? – Joyce apareceu e se jogou no sofá massageando os pés.

— Jhonathan. Ele me disse que eu poderia ficar em casa com a minha filha hoje, só que quando fui agradecer, ele desligou na minha cara. Bom, já que estou em casa hoje, vou sair com a MaFê. Ela está precisando sair um pouco depois do acontecido ontem. – Peguei o celular e liguei para escola de Fernanda expliquei o ocorrido e avisei que ela não iria para a escola. 

— Pedi a minha colega para trocar o dia comigo para eu ficar com a minha afilhada, então vou sair com vocês. – Joyce anunciou, animada.

Pedi a ela que fosse na padaria enquanto me levantei para preparar o café. Com tudo pronto, acordei minha filha e, depois do café, a arrumei. Chamamos um carro de aplicativo e fomos até o apartamento de Jhonathan, peguei o meu carro. Eu queria subir para falar com dona Beatriz e apresentá-la a Mafê, só que fiquei com medo de trombar com meu chefe.

Enquanto nos dirigíamos ao shopping, Maria Fernanda estava animada, conversando sem parar sobre as coisas que queria fazer e ver lá. Joyce e eu trocamos olhares cúmplices, sabendo que seria um dia cheio de diversão.

Assim que chegamos, Maria Fernanda correu em direção às lojas de brinquedos, ansiosa para explorar cada corredor em busca de novidades. Joyce e eu a seguimos de perto, observando sua empolgação.

— Ela está tão feliz, não é? – Comentei com Joyce, enquanto observávamos MaFê examinar cada brinquedo com grande entusiasmo e saber que anos atrás eu ficava com medo de não poder dar uma vida confortável para a minha pequena. 

— Sim, é ótimo vê-la assim. Ela merece momentos como esse. – Joyce respondeu, com um sorriso caloroso.

Enquanto Maria Fernanda se entretinha com os brinquedos, aproveitamos para explorar algumas lojas. Experimentamos roupas, provamos sapatos e nos divertimos experimentando óculos de sol extravagantes.

Depois de algumas horas de compras e diversão, decidimos fazer uma pausa para o almoço. Após o almoço, decidimos explorar outras partes do shopping. Passamos por uma sorveteria e não resistimos em experimentar alguns sabores diferentes. Maria Fernanda estava radiante, segurando seu cone de sorvete com um sorriso de orelha a orelha, era muito bom ver o sorriso de felicidade no rosto de nossa pequena. 

— Mamãe, a gente pode ficar mais um pouco? 

— Não mesmo mocinha, está ficando tarde e amanhã temos que acordar cedo.  – Ela reclamou, mas aceitou o que disse. 

— Ai, An, a gente podia ficar só mais um pouquinho, não é? – Agora foi a vez de Joy e revirei os olhos. 

— Não vou nem responder Joyce, você já ouviu o que eu falei com a MaFê. 

— Estraga prazeres. – Às vezes não sei quem é a criança lá de casa. 

Quando estávamos prestes a sair trombamos em alguém que eu não fazia questão alguma de ver. 

— Oi, An, não vai cumprimentar a sua amiga?

Olhei para a pessoa à minha frente sem reação. 

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