— Caralho! Não acredito, amiga. Será que é verdade? Espero muito que ela seja a sua mãe, pois parece ser uma pessoa legal. — Desde que a conheci, senti algo especial por ela, sabe? Como se fosse uma amiga antiga.— Então, ela pode mesmo ser sua mãe. Estou realmente feliz por você. — Minha amiga me abraçou, e pude sentir o calor de sua sinceridade.Pedi a ela que não comentasse isso perto de Maria Fernanda, pois prefiro confirmar antes de contar à minha filha e ela concordou. Mais tarde, fui para a cama e liguei para Jhonathan, ansiosa para compartilhar a novidade com ele. Sua voz ficou imediatamente animada ao ouvir minhas palavras.— Tomara que isso seja verdade, amor. Você sempre fala do sonho de encontrar sua família e agora...— Eu sei, Jhon. Parece surreal. Vamos fazer um exame de DNA para confirmar, mas meu coração está dizendo que é verdade, mas quero pisar no acelerador para não acabar me frustrando. — Entendo, An. Você está certa em esperar uma confirmação. — Obrigada, Jh
Anthonella FagundesMaristela e eu fizemos o exame de DNA secretamente; não queríamos fazer alarde até realmente saber a verdade. A possibilidade de finalmente ter encontrado a minha mãe me animava muito.— An, você está mais animada que o normal. — Berenice disse, olhando para mim.— Estou animada sim, Bere. Parece que finalmente as coisas estão se ajeitando e, por isso, não posso deixar de estar animada.— Se são notícias boas, fico feliz por você. — Sorri para ela em forma de agradecimento.Meu celular apitou e vi o número de Jhonathan piscando na tela.“Senhorita Anthonella, por favor, compareça em minha sala.” Levantei e peguei minha agenda.Bati na porta dele e ele disse que eu poderia entrar.— Me chamou, senhor Lancaster?— Sim, senhorita Fagundes.— Se é sobre a reunião das 15h, ela precisou ser remanejada para as 15h30 e sua reunião na hora do almoço acontecerá às 12h. — Continuei tagarelando sobre sua agenda e ele se levantou e me silenciou com um beijo. — Lembra que combin
Na hora do almoço, por onde eu passava ouvia um burburinho e aquilo estava começando a me irritar. Desci para pegar o almoço de Jhonathan e, quando parei na recepção, as meninas estavam me encarando.— O que foi, meninas, podem dizer. — As duas se encararam.— Anthonella, Breno está espalhando para todo mundo que você ficou correndo atrás dele e ele te deu um fora.— Pois é, está todo mundo comentando.O entregador chegou, peguei a encomenda e respirei fundo. Não acredito que Breno estava me difamando porque eu não quis ficar com ele.Quando dei por mim, já estava em seu setor e o encontrei contando como eu era grudenta e corri atrás dele.— Mano! — Um dos seus colegas o chamou, mas ele continuou de costas.— Estou dizendo para vocês, Anthonella é uma mulher carente, tinha que ver como ela estava insistindo para ficar comigo, dizendo até que me amava, vocês acreditam nisso? — Ele contava se gabando.— Breno! — O colega dele o chamou mais uma vez.— O que você quer? Nem me deixou termi
— Eu sabia, desde o momento em que te vi, que havia algo especial entre nós. — Maristela sussurrou entre lágrimas.— Eu também. — Respondi, segurando-a com força.Ficamos ali, abraçadas, por um tempo que pareceu eterno. Finalmente, eu tinha encontrado minha mãe, e isso mudava tudo. De repente, o mundo parecia um lugar mais completo.Joyce apareceu na sala, observando a cena emocionada.— Então é verdade? — Ela perguntou, sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.— Sim, Joyce. Maristela é minha mãe. — Confirmei, ainda abraçada a Maristela.— Estou tão feliz por você, amiga. — Joyce disse, vindo nos abraçar também.Aquele momento era tudo o que eu sempre quis. Finalmente, eu tinha uma família, uma mãe, alguém que sempre esteve faltando em minha vida. As lágrimas continuavam a rolar, mas agora eram de felicidade.— Você não sabe o quanto tempo procurei, o quanto sofri, nunca esqueci de você, filha. Nunca.— Agora que eu encontrei minha mãe, quero muito saber o que aconteceu para eu ter i
Camila OlivasEu estava em meu apartamento, terminando de me arrumar para o jantar, quando o telefone tocou. Era minha mãe.— Oi, Camila. Só liguei para lembrar do jantar hoje à noite. Temos uma grande surpresa! — A voz da minha mãe estava cheia de entusiasmo.— Surpresa? O que é? — Perguntei, curiosa.— Você vai ter que esperar para ver. — Ela respondeu. — Filha, por favor, mantenha a mente aberta. — Já vi que lá vem bomba, não prometo nada. Desliguei o telefone, intrigada. Não sabia o que esperar, mas qualquer coisa que animasse minha mãe, já sabia que não iria gostar. Terminei de me arrumar e saí, dirigindo até a casa dos meus pais. Cheguei e estacionei o carro, ajustando meu vestido uma última vez antes de entrar. Ao abrir a porta, ouvi risadas vindas da sala de jantar. Entrei, sorrindo.— Olá, pessoal! — Chamei, andando para dentro da sala.Meu olhar encontrou Jhonathan primeiro, e meu coração disparou. Ele não olhava para mim, mas mesmo assim,não me importava. Mas meu sorris
Anthonella Fagundes O jantar na casa da minha mãe foi bom, tirando a parte do show de Camila. Entendo que deve ser difícil para ela conhecer uma nova pessoa e tudo mais, mas eu não quero roubar ninguém. Tudo o que eu queria era ter uma família para chamar de minha.Hoje, iria conhecer o túmulo do meu pai. Minha mãe disse que ele era maravilhoso, e eu gostaria muito de tê-lo conhecido.— Mamãe, como a gente vai ‘conheche’ o vovô se ele tá no céu? — Ela perguntou curiosa.— Nós vamos conhecer a lápide dele, meu amor.— ‘Num’ ‘chei’ o que é, ‘mai’ ‘vo’ ‘decobi’. — Olhei para minha filha e sorri.Maristela chegou e entramos no carro dela.— Comprei uma cadeirinha para MaFê. Até umas semanas atrás estava buscando por minha filha e agora, eu tenho uma filha e uma neta. Isso é surreal. — Ela acariciou meu rosto.— ‘Obigado’ pela ‘cadelinha’.— Não precisa agradecer, meu amor. É o mínimo que sua avó faz por você. Anthonella, me conta como foram seus dias depois que saiu do orfanato.Suspirei
Chegou o tão aguardado dia: 25 de agosto, meu aniversário e a inauguração do bar que eu e Joyce sonhávamos há anos. A manhã começou agitada, com preparativos finais e a adrenalina correndo solta. Minha mãe, Maristela, estava radiante, ajudando em cada detalhe, enquanto minha nova família estava toda presente, se integrando de maneira natural ao nosso círculo.A família de Jhonathan havia viajado especialmente para estar aqui. Era maravilhoso vê-los se juntarem a nós para celebrar esses momentos tão significativos.Jhonathan parecia mais nervoso do que nós, as verdadeiras donas do evento. Eu ria vendo ele tão agitado, quase tropeçando em seus próprios pés enquanto tentava ajudar em tudo ao mesmo tempo.— Calma, Jhon. Vai dar tudo certo — disse, tentando acalmá-lo.— Só quero que tudo dê certo para vocês. — Ele respondeu, dando um risinho nervoso.Maria Fernanda estava no meio de uma disputa acirrada entre as duas avós, Maristela e a Emma. As duas se revezavam em paparicar minha filha,
Acordei naquela manhã admirando o anel em meu dedo, uma joia que simbolizava tanto amor e um futuro. Era impossível não sorrir toda vez que olhava para ele. O brilho do diamante parecia refletir todo o amor que Jhonathan e eu compartilhávamos.Enquanto me perdia em pensamentos, Joyce surgiu na cozinha, com seu jeito descontraído e uma xícara de café na mão.— Já se passaram dois meses desde que você ganhou essa aliança, Anthonella. — Ela comentou, com um sorriso brincalhão.— E nunca vou me cansar de olhar para ele. — Respondi, sorrindo de volta.Joyce riu e se aproximou, olhando para o anel com a mesma admiração que eu sentia.— Ele fez um bom trabalho, não é? — Ela disse, observando o brilho da joia.— Fez sim. — Concordei. — Jhonathan sempre sabe como me surpreender, o anel é lindo.Depois do café, pedi a Joyce para cuidar de MaFê. Minha pequena estava doente, com uma febre que não passava. Eu odiava deixá-la, mas precisava trabalhar. Joyce, sempre a melhor amiga e companheira, não