— Eu sabia, desde o momento em que te vi, que havia algo especial entre nós. — Maristela sussurrou entre lágrimas.— Eu também. — Respondi, segurando-a com força.Ficamos ali, abraçadas, por um tempo que pareceu eterno. Finalmente, eu tinha encontrado minha mãe, e isso mudava tudo. De repente, o mundo parecia um lugar mais completo.Joyce apareceu na sala, observando a cena emocionada.— Então é verdade? — Ela perguntou, sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.— Sim, Joyce. Maristela é minha mãe. — Confirmei, ainda abraçada a Maristela.— Estou tão feliz por você, amiga. — Joyce disse, vindo nos abraçar também.Aquele momento era tudo o que eu sempre quis. Finalmente, eu tinha uma família, uma mãe, alguém que sempre esteve faltando em minha vida. As lágrimas continuavam a rolar, mas agora eram de felicidade.— Você não sabe o quanto tempo procurei, o quanto sofri, nunca esqueci de você, filha. Nunca.— Agora que eu encontrei minha mãe, quero muito saber o que aconteceu para eu ter i
Camila OlivasEu estava em meu apartamento, terminando de me arrumar para o jantar, quando o telefone tocou. Era minha mãe.— Oi, Camila. Só liguei para lembrar do jantar hoje à noite. Temos uma grande surpresa! — A voz da minha mãe estava cheia de entusiasmo.— Surpresa? O que é? — Perguntei, curiosa.— Você vai ter que esperar para ver. — Ela respondeu. — Filha, por favor, mantenha a mente aberta. — Já vi que lá vem bomba, não prometo nada. Desliguei o telefone, intrigada. Não sabia o que esperar, mas qualquer coisa que animasse minha mãe, já sabia que não iria gostar. Terminei de me arrumar e saí, dirigindo até a casa dos meus pais. Cheguei e estacionei o carro, ajustando meu vestido uma última vez antes de entrar. Ao abrir a porta, ouvi risadas vindas da sala de jantar. Entrei, sorrindo.— Olá, pessoal! — Chamei, andando para dentro da sala.Meu olhar encontrou Jhonathan primeiro, e meu coração disparou. Ele não olhava para mim, mas mesmo assim,não me importava. Mas meu sorris
Anthonella Fagundes O jantar na casa da minha mãe foi bom, tirando a parte do show de Camila. Entendo que deve ser difícil para ela conhecer uma nova pessoa e tudo mais, mas eu não quero roubar ninguém. Tudo o que eu queria era ter uma família para chamar de minha.Hoje, iria conhecer o túmulo do meu pai. Minha mãe disse que ele era maravilhoso, e eu gostaria muito de tê-lo conhecido.— Mamãe, como a gente vai ‘conheche’ o vovô se ele tá no céu? — Ela perguntou curiosa.— Nós vamos conhecer a lápide dele, meu amor.— ‘Num’ ‘chei’ o que é, ‘mai’ ‘vo’ ‘decobi’. — Olhei para minha filha e sorri.Maristela chegou e entramos no carro dela.— Comprei uma cadeirinha para MaFê. Até umas semanas atrás estava buscando por minha filha e agora, eu tenho uma filha e uma neta. Isso é surreal. — Ela acariciou meu rosto.— ‘Obigado’ pela ‘cadelinha’.— Não precisa agradecer, meu amor. É o mínimo que sua avó faz por você. Anthonella, me conta como foram seus dias depois que saiu do orfanato.Suspirei
Chegou o tão aguardado dia: 25 de agosto, meu aniversário e a inauguração do bar que eu e Joyce sonhávamos há anos. A manhã começou agitada, com preparativos finais e a adrenalina correndo solta. Minha mãe, Maristela, estava radiante, ajudando em cada detalhe, enquanto minha nova família estava toda presente, se integrando de maneira natural ao nosso círculo.A família de Jhonathan havia viajado especialmente para estar aqui. Era maravilhoso vê-los se juntarem a nós para celebrar esses momentos tão significativos.Jhonathan parecia mais nervoso do que nós, as verdadeiras donas do evento. Eu ria vendo ele tão agitado, quase tropeçando em seus próprios pés enquanto tentava ajudar em tudo ao mesmo tempo.— Calma, Jhon. Vai dar tudo certo — disse, tentando acalmá-lo.— Só quero que tudo dê certo para vocês. — Ele respondeu, dando um risinho nervoso.Maria Fernanda estava no meio de uma disputa acirrada entre as duas avós, Maristela e a Emma. As duas se revezavam em paparicar minha filha,
Acordei naquela manhã admirando o anel em meu dedo, uma joia que simbolizava tanto amor e um futuro. Era impossível não sorrir toda vez que olhava para ele. O brilho do diamante parecia refletir todo o amor que Jhonathan e eu compartilhávamos.Enquanto me perdia em pensamentos, Joyce surgiu na cozinha, com seu jeito descontraído e uma xícara de café na mão.— Já se passaram dois meses desde que você ganhou essa aliança, Anthonella. — Ela comentou, com um sorriso brincalhão.— E nunca vou me cansar de olhar para ele. — Respondi, sorrindo de volta.Joyce riu e se aproximou, olhando para o anel com a mesma admiração que eu sentia.— Ele fez um bom trabalho, não é? — Ela disse, observando o brilho da joia.— Fez sim. — Concordei. — Jhonathan sempre sabe como me surpreender, o anel é lindo.Depois do café, pedi a Joyce para cuidar de MaFê. Minha pequena estava doente, com uma febre que não passava. Eu odiava deixá-la, mas precisava trabalhar. Joyce, sempre a melhor amiga e companheira, não
Jhonathan Lancaster A festa estava em pleno andamento, cheia de gente, música e risadas. Eu estava ali, cumprimentando todos os conhecidos da empresa, mas minha mente estava em outro lugar. Segurando um copo de uísque, eu só conseguia pensar em Anthonella e MaFê. Queria estar em casa, cuidando da minha pequena e ao lado da mulher que amo.Enquanto estava absorto em meus pensamentos, Camila apareceu do nada. Ela me cercava, com aquele jeito insistente que eu conhecia bem.— Jhon, podemos conversar? — Ela pediu, um sorriso forçado nos lábios. — Eu ainda te amo. — Camila, já falei que não. — Minha paciência se esgotando. — Não te amo. Por favor, se afasta.Ela olhou para mim com raiva, virou as costas e sumiu na multidão. Suspirei, pegando meu uísque e dei um gole, tentando afastar a tensão.Um garçom apareceu, oferecendo uma nova bebida. Peguei o copo, agradeci e tomei um gole. Imediatamente, algo parecia errado. Minha visão começou a ficar turva, e minha cabeça girava. Antes que pude
Hoje era a noite da festa a fantasia no bar. Estávamos todos empolgados, principalmente porque sabíamos que essas noites atraíam uma multidão. Joyce se superou na escolha de sua fantasia e estava vestida de Rainha de Copas, com um vestido volumoso e uma coroa imponente. Maria Fernanda, minha pequena, estava adorável como Chapeuzinho Vermelho, correndo de um lado para o outro com sua capa vermelha balançando. Eu escolhi me vestir de Elsa, de "Frozen", um clássico que sempre fazia sucesso.Quando Jhonathan chegou, não pude deixar de rir. Ele estava vestido de Jack Frost, o personagem do filme "A Origem dos Guardiões". — Olha só, An! Vocês estão vestidos de casal! — Disse ela, com um sorriso malicioso. — Ao contrário do Marinho, que resolveu se vestir de "marica" de peruca.Ri, olhando para Marinho, que estava realmente engraçado.— Ele está vestido de um dos Três Mosqueteiros. — Disse, tentando conter a risada.— E cadê os outros dois mosqueteiros, então? — Joyce retrucou, fazendo todo
Os últimos três dias foram um verdadeiro pesadelo. As buscas por Maria Fernanda continuavam, mas parecia que cada pista era um beco sem saída. Não conseguíamos dormir, e trabalhar se tornou impossível. Cada segundo longe da minha filha era uma tortura.Minha mãe veio de Nova York assim que soube da notícia. Estava devastada, mas determinada a ajudar de qualquer forma que pudesse. Sua presença trouxe um pouco de conforto em meio ao caos.Naquela manhã, Jhonathan e eu estávamos sentados na sala de estar, cercados por papéis e mapas, tentando rastrear cada possível lugar onde MaFê poderia estar.— Eu sei que a encontraremos, An. Temos que manter a esperança. — Disse Jhonathan, segurando minha mão firmemente.— Estou tentando, Jhon. Mas cada minuto que passa sem notícias me destrói. — Respondi, sentindo as lágrimas ameaçarem cair novamente.Minha mãe entrou na sala com uma xícara de chá para cada um de nós.— Aqui, querida. Tente beber um pouco. Você precisa se manter forte. — Obrigada,