Jhonathan Lancaster A festa estava em pleno andamento, cheia de gente, música e risadas. Eu estava ali, cumprimentando todos os conhecidos da empresa, mas minha mente estava em outro lugar. Segurando um copo de uísque, eu só conseguia pensar em Anthonella e MaFê. Queria estar em casa, cuidando da minha pequena e ao lado da mulher que amo.Enquanto estava absorto em meus pensamentos, Camila apareceu do nada. Ela me cercava, com aquele jeito insistente que eu conhecia bem.— Jhon, podemos conversar? — Ela pediu, um sorriso forçado nos lábios. — Eu ainda te amo. — Camila, já falei que não. — Minha paciência se esgotando. — Não te amo. Por favor, se afasta.Ela olhou para mim com raiva, virou as costas e sumiu na multidão. Suspirei, pegando meu uísque e dei um gole, tentando afastar a tensão.Um garçom apareceu, oferecendo uma nova bebida. Peguei o copo, agradeci e tomei um gole. Imediatamente, algo parecia errado. Minha visão começou a ficar turva, e minha cabeça girava. Antes que pude
Hoje era a noite da festa a fantasia no bar. Estávamos todos empolgados, principalmente porque sabíamos que essas noites atraíam uma multidão. Joyce se superou na escolha de sua fantasia e estava vestida de Rainha de Copas, com um vestido volumoso e uma coroa imponente. Maria Fernanda, minha pequena, estava adorável como Chapeuzinho Vermelho, correndo de um lado para o outro com sua capa vermelha balançando. Eu escolhi me vestir de Elsa, de "Frozen", um clássico que sempre fazia sucesso.Quando Jhonathan chegou, não pude deixar de rir. Ele estava vestido de Jack Frost, o personagem do filme "A Origem dos Guardiões". — Olha só, An! Vocês estão vestidos de casal! — Disse ela, com um sorriso malicioso. — Ao contrário do Marinho, que resolveu se vestir de "marica" de peruca.Ri, olhando para Marinho, que estava realmente engraçado.— Ele está vestido de um dos Três Mosqueteiros. — Disse, tentando conter a risada.— E cadê os outros dois mosqueteiros, então? — Joyce retrucou, fazendo todo
Os últimos três dias foram um verdadeiro pesadelo. As buscas por Maria Fernanda continuavam, mas parecia que cada pista era um beco sem saída. Não conseguíamos dormir, e trabalhar se tornou impossível. Cada segundo longe da minha filha era uma tortura.Minha mãe veio de Nova York assim que soube da notícia. Estava devastada, mas determinada a ajudar de qualquer forma que pudesse. Sua presença trouxe um pouco de conforto em meio ao caos.Naquela manhã, Jhonathan e eu estávamos sentados na sala de estar, cercados por papéis e mapas, tentando rastrear cada possível lugar onde MaFê poderia estar.— Eu sei que a encontraremos, An. Temos que manter a esperança. — Disse Jhonathan, segurando minha mão firmemente.— Estou tentando, Jhon. Mas cada minuto que passa sem notícias me destrói. — Respondi, sentindo as lágrimas ameaçarem cair novamente.Minha mãe entrou na sala com uma xícara de chá para cada um de nós.— Aqui, querida. Tente beber um pouco. Você precisa se manter forte. — Obrigada,
(Dois anos depois) Anthonella Fagundes Passaram-se dois anos desde aquele terrível episódio que quase nos destruiu. Agora, ao olhar para trás, vejo como superamos tantas dificuldades e como estamos todos em um lugar melhor. Jhonathan expandiu a empresa e quando eu quis pedir demissão do cargo de assistente para focar no bar, ele simplesmente não deixou.— Não encontrarei ninguém melhor do que você, An. — Ele disse com aquele sorriso irresistível. E foi assim que continuei a me desdobrar entre o cargo de assistente e o bar, que agora é um sucesso absoluto. Joyce e eu estamos até pensando em expandir.Maristela pediu para que meu registro fosse modificado, para que eu passasse a usar o nome Olivas. Mas decidi deixar como está. Afinal, me conheço a vida toda como Anthonella Olivério Fagundes e seria estranho modificar isso agora.Minhas irmãs, que são uns amores, estão sempre em contato. Sempre que estão no Brasil, saímos juntas e nos divertimos muito. Nossa relação se fortaleceu muito
Dez anos se passaram e aqui estamos, no estádio, assistindo a nossa querida MaFê jogar pela seleção brasileira. O estádio está lotado, as cores verde e amarelo dominam as arquibancadas, e a excitação é palpável. Quando MaFê entrou em campo vestida com o uniforme da seleção, nossa família inteira explodiu em gritos e aplausos.Ao meu lado, Jhonathan segurava a mão de Gustavo, nosso filho de dez anos. Ao meu colo, Ana Fernanda, de cinco, assistia atenta ao jogo, enquanto Anthony, de apenas dois anos, estava aninhado no colo de Joyce. Joyce também estava gritando animada, acompanhada de seus três filhos: Mario Fernando, Gabriel e João Lucas.Os hinos foram cantados, e quando o jogo finalmente começou, MaFê fez defesas espetaculares, e nossa torcida vibrava a cada defesa. Então, a seleção francesa sofreu um pênalti. Meu coração disparou. Enquanto MaFê se concentrava, sussurrei: "Pega, filha," e fechei os olhos na hora da cobrança. Aquele momento pareceu durar uma eternidade, até que ouvim
MaFê na DisneyFinalmente estávamos na Disney, um sonho que Maria Fernanda alimentava há anos. Assim que chegamos ao parque, ela mal podia se conter de tanta empolgação, seus olhos brilhando com a expectativa de explorar cada canto daquele lugar mágico.— Mamãe, ‘vamo’ naquele! — Ela gritou, apontando para a montanha-russa.Jhonathan e eu mal conseguíamos acompanhar sua energia. Corremos atrás dela, tentando manter o ritmo. Cada brinquedo era uma nova aventura, e MaFê fazia questão de aproveitar cada segundo.— ‘Oia’ só essa foto, pai! — Disse ela, mostrando a foto que tinha tirado com o Mickey.— Está incrível, minha campeã. — Jhonathan respondeu, rindo.— Está se divertindo, MaFê? — Perguntei só para ouvir a sua resposta.— ‘Caio’ que ‘chim’.Passamos o dia inteiro explorando o parque. Entre carrosséis, montanhas-russas e encontros com personagens, MaFê estava no paraíso. Tiramos inúmeras fotos, registrando cada sorriso, cada momento de alegria. Jhonathan e eu não conseguíamos parar
O Grande Dia(Anthonella Fagundes) Joyce estava ao meu lado, ajustando o último detalhe do meu vestido de noiva. O grande dia finalmente havia chegado. O nervosismo e a emoção se misturavam, criando um turbilhão de sentimentos dentro de mim.— Está quase pronto. — Joyce disse, sorrindo. — Agora pra relaxar beba isso.— Joyce, não vou beber vodka antes do casamento. — Vai por mim, você irá precisar, Jhonathan e os caras mataram uma garrafa de uísque sem nem pensar duas vezes. — Jhon, com toda certeza está nervoso. — Bebe isso e vira pra mim. — Joyce pediu e assenti. Ela estava prestes a colocar o véu quando a porta se abriu e minha mãe entrou. Maristela trazia uma pequena caixa em suas mãos e um sorriso emocionado no rosto.— Trouxe algo especial para você, filha. — Disse ela, com a voz suave.Joyce nos olhou e, percebendo que aquele era um momento só nosso, se retirou discretamente, deixando-nos a sós. Minha mãe se aproximou, seus olhos brilhando de orgulho.— Você está linda, Ant
O Grande DiaJhonathan Lancaster Estava parado na frente do espelho, ajustando minha gravata borboleta com as mãos trêmulas. O nervosismo estava à flor da pele, mas havia também uma onda de excitação que mal podia conter. Hoje era o grande dia. O dia em que Anthonella e eu finalmente nos tornaríamos marido e mulher.— Cara, relaxa. Você está parecendo que vai desmaiar. — Mark entrou no quarto com um sorriso de canto.Ri nervosamente e ajustei a gravata mais uma vez.— É mais fácil falar do que fazer, Mark. — Respondi, tentando respirar fundo.— Ele está com razão. Só precisa se acalmar. — Disse Dave entrou logo em seguida. — Que cara é essa mano? Tá bizarro! — Eu sei, eu sei. — Suspirei. — É só que... quero que tudo seja perfeito para Anthonella.Mark deu um tapinha no meu ombro e sorriu.— Vai ser perfeito, mano. Porque é vocês dois. Isso é tudo o que importa.Olhei para meus irmãos, me sentindo um pouco mais calmo. Eles tinham razão. O que realmente importava era que Anthonella e