O Grande Dia(Anthonella Fagundes) Joyce estava ao meu lado, ajustando o último detalhe do meu vestido de noiva. O grande dia finalmente havia chegado. O nervosismo e a emoção se misturavam, criando um turbilhão de sentimentos dentro de mim.— Está quase pronto. — Joyce disse, sorrindo. — Agora pra relaxar beba isso.— Joyce, não vou beber vodka antes do casamento. — Vai por mim, você irá precisar, Jhonathan e os caras mataram uma garrafa de uísque sem nem pensar duas vezes. — Jhon, com toda certeza está nervoso. — Bebe isso e vira pra mim. — Joyce pediu e assenti. Ela estava prestes a colocar o véu quando a porta se abriu e minha mãe entrou. Maristela trazia uma pequena caixa em suas mãos e um sorriso emocionado no rosto.— Trouxe algo especial para você, filha. — Disse ela, com a voz suave.Joyce nos olhou e, percebendo que aquele era um momento só nosso, se retirou discretamente, deixando-nos a sós. Minha mãe se aproximou, seus olhos brilhando de orgulho.— Você está linda, Ant
O Grande DiaJhonathan Lancaster Estava parado na frente do espelho, ajustando minha gravata borboleta com as mãos trêmulas. O nervosismo estava à flor da pele, mas havia também uma onda de excitação que mal podia conter. Hoje era o grande dia. O dia em que Anthonella e eu finalmente nos tornaríamos marido e mulher.— Cara, relaxa. Você está parecendo que vai desmaiar. — Mark entrou no quarto com um sorriso de canto.Ri nervosamente e ajustei a gravata mais uma vez.— É mais fácil falar do que fazer, Mark. — Respondi, tentando respirar fundo.— Ele está com razão. Só precisa se acalmar. — Disse Dave entrou logo em seguida. — Que cara é essa mano? Tá bizarro! — Eu sei, eu sei. — Suspirei. — É só que... quero que tudo seja perfeito para Anthonella.Mark deu um tapinha no meu ombro e sorriu.— Vai ser perfeito, mano. Porque é vocês dois. Isso é tudo o que importa.Olhei para meus irmãos, me sentindo um pouco mais calmo. Eles tinham razão. O que realmente importava era que Anthonella e
A Ascensão de Camila OlivasSer a rainha do baile era meu sonho desde que entrei no ensino médio. Me imaginava com a coroa na cabeça, no centro das atenções, enquanto todos aplaudiam e admiravam minha vitória. Quando anunciaram as candidatas, vi que Trish Thompson estava concorrendo. Trish, com seu jeito doce e simpático, era a favorita. Isso não podia acontecer. A coroa era minha e eu não deixaria que ninguém atrapalhasse meu destino.Foi então que tive a ideia. Sabia que Trish tinha uma reputação impecável, mas isso não significava que não poderia ser manchada. Inventei uma história elaborada sobre Trish, alegando que ela havia ficado com o professor de educação física e também espalhei que ela estava ficado com garotos embaixo da arquibancada. Sabia que, em um ambiente cheio de adolescentes ávidos por drama, a notícia se espalharia como fogo.Espalhei a fofoca com habilidade. Primeiro, falei com algumas amigas que adoravam um bom drama. Como esperado, a história se espalhou rapi
Amor à Primeira VistaGustavo & Maristela (1994)Estava tendo um dia típico com minha melhor amiga, Giulia. Caminhávamos pela praça principal, rindo e conversando sobre os últimos acontecimentos em nossas vidas. O sol brilhava, e a brisa suave tornava a manhã ainda mais agradável. A vida parecia perfeita.Estávamos atravessando a rua quando ouvi um grito agudo.— Maris! — A voz da minha amiga ecoou, me enchendo de pavor.O menino da bicicleta tentou frear, mas acabei sendo atropelada por ele.— Amiga, você está bem? — Giulia me levantou, a preocupação evidente em seu rosto.— Estou, sim. — Respondi, alisando o joelho que começava a doer.Giulia se aproximou do menino, visivelmente irritada.— Você está louco? Quase matou minha amiga! — Gritou ela, os olhos faiscando de raiva.O rapaz se aproximou parecendo igualmente chocado e preocupado. Ele tinha cabelos escuros e olhos penetrantes, que agora estavam arregalados de pavor.— Meu Deus, me desculpe! — Ele levantou as mãos em um gesto d
O Nascimento de MaFêAnthonella Fagundes Estava uma noite tranquila, e eu estava em casa com Joyce, minha melhor amiga e parceira de todas as horas. Estávamos assistindo a um filme e conversando sobre a chegada iminente de Maria Fernanda, carinhosamente chamada de MaFê. Estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo, mas também animada para conhecer minha filha.De repente, senti uma dor aguda na parte inferior do abdômen. Tentei ignorar, pensando que poderia ser apenas um desconforto passageiro, mas a dor não passava. Pelo contrário, só aumentava. Tentei respirar fundo e me acalmar, mas a dor estava ficando insuportável.— Joyce, acho que... acho que está na hora. — Disse, com a voz trêmula e o rosto contorcido de dor.Joyce, que estava ao meu lado, imediatamente percebeu a gravidade da situação. Ela se levantou rapidamente, pegou minha mão e me ajudou a levantar do sofá.— Vamos, Anthonella. Precisamos ir para o hospital agora. Joyce me ajudou a caminhar até a porta, mas a dor era tão in
O Nascimento de MaFê — Parte 2 Com o passar dos dias, comecei a me sentir mais confiante como mãe. Cada sorriso de MaFê, cada gugu-dadá, fazia meu coração se encher de alegria. Sabia que havia desafios pela frente, mas também sabia que estava pronta para enfrentá-los, com Joyce ao meu lado e com o amor incondicional que sentia por minha filha.Olhei para MaFê, que dormia tranquilamente em meus braços, e sorri. A jornada havia sido difícil, mas cada momento havia valido a pena. Eu estava pronta para começar essa nova fase da minha vida, como mãe, com minha filha nos braços e minha amiga ao meu lado.Os primeiros meses com MaFê foram desafiadores. Havia noites sem dormir, fraldas intermináveis e a constante preocupação com cada pequeno detalhe. Mas, ao mesmo tempo, havia risadas, descobertas e momentos que eu sabia que jamais esqueceria.Uma das maiores dificuldades foi amamentar. Nos primeiros dias, MaFê tinha dificuldade em pegar o peito, e isso me deixava extremamente frustrada e pr
Joyce Silva A busca pela minha mãe biológica sempre foi uma dor latente no fundo da minha alma. Eu cresci no orfanato, pedi a tia Maria que me ajudasse a encontrar minha mãe, pois eu precisava saber da verdade. Depois de meses de busca, finalmente encontrei uma pista sólida. Seu nome era Silvia e vivia em uma cidade a poucas horas de distância. Meu coração batia forte enquanto me aproximava da casa dela. Eu estava prestes a enfrentar uma parte de mim que sempre esteve oculta, um mistério que sempre desejei desvendar.Quando bati na porta, uma mulher de meia-idade abriu, seus olhos se arregalaram ao me ver. Havia um reconhecimento imediato, uma faísca de algo que não podia ser negado, mesmo que ela só tenha me visto quando era recém nascida. Mas, em vez de alegria, vi um brilho de desconforto em seus olhos.— Olá, Silvia. — comecei, tentando manter a voz firme.— Oi. — Você sabe quem eu sou? — Perguntei e ela deu de ombros. — Talvez. — Meu nome é Joyce. Sou sua filha.O silêncio
A Partida de FutebolMaria Fernanda Fagundes LancasterNão conseguia conter minha animação. Finalmente, o grande dia havia chegado. A partida de futebol que eu tanto esperava estava prestes a começar, e eu tinha sido escalada para jogar no time misto da escola. Treinei duro para esse momento e sabia que estava pronta para dar o meu melhor em campo.Enquanto me preparava, minha mãe, entrou no meu quarto com um sorriso encorajador.— Está pronta, MaFê? — perguntou ela, seus olhos brilhando de orgulho.— Estou, mãe! — respondi, tentando esconder o nervosismo.— Você vai arrasar, filha. Confio em você. — disse ela, me abraçando apertado.Mas havia uma preocupação no ar. Meu pai não estava tão seguro sobre eu jogar no time misto. Ele sempre foi superprotetor e, quando soube que eu jogaria com meninos mais velhos e fortes, ficou apreensivo.Quando descemos para a sala, encontrei meu pai de braços cruzados, com uma expressão séria no rosto.— MaFê, eu não sei se isso é uma boa ideia. — disse