O aroma de enchiladas já dominava o apartamento; minha mãe realmente caprichou nos temperos dessa vez. — Bebê, você chegou. — Minha mãe saiu da cozinha e logo abraçou Anthonella, que estava um pouco sem jeito. — Então, essa é a famosa Maria Fernanda?— Oi, tia. Pode me ‘chama’ de MaFê e não ‘so’ famosa ‘po que’ famoso vai na ‘Diney.’— MaFê, senhora Emma, me desculpe por isso. Às vezes a minha filha fala mais do que deveria. Anthonella olhava para Maria Fernanda de maneira severa, mas a menina parecia não se importar. Minha mãe olhava para a menina e para mim, e por fim sorriu. — Gostei de você, MaFê, e sabe por quê? — Minha mãe perguntou, e a menina negou com a cabeça. — Porque você é das minhas.— Viu, mamãe. A tia ‘goto’ de mim.— E gostei mesmo. Venha, querida, não precisa ficar acanhada. Somos pessoas normais. — Minha mãe sorriu, puxando Anthonella para a cozinha.Maria Fernanda quis ficar comigo, então fiquei na sala brincando com ela até que meu pai pigarreou.— Está aí há m
Anthonella FagundesAcordei com a luz suave da manhã entrando pela janela. Olhei para o lado e vi Jhonathan ainda dormindo, seu rosto tranquilo. Sorri, lembrando da noite anterior. Me levantei silenciosamente para não acordá-lo e fui para o banheiro me refrescar.Depois de me vestir, fui até a cozinha para beber um pouco de água. Quando cheguei lá, encontrei Joyce sentada na bancada, rindo sozinha enquanto mexia no celular.— Bom dia, amiga. — Disse, tentando soar casual.Joyce levantou os olhos e me lançou um olhar divertido.— Bom dia, Anthonella. — Ela respondeu, com um sorriso malicioso. — Dormiu bem?Senti meu rosto esquentar e me aproximei da geladeira para pegar uma garrafa de água.— Dormi sim. E você? — Respondi, tentando desviar o assunto.Joyce soltou uma gargalhada.— Pelos gemidos que ouvi, acho que você dormiu muito bem, não é? — Ela disse, rindo ainda mais.Quase engasguei com a água, sentindo meu rosto ficar ainda mais vermelho.— Joyce! — Disse, sentindo meu rosto esq
A terça-feira chegou e, com ela, a audiência. Estava sentada na sala de espera do tribunal, bastante calma, ao lado de Afrodite.— A sua tranquilidade me assusta. — Ela disse olhando para mim.— Eu sei o resultado. Estou louca para ver Ramón quebrando a cara e me deixando em paz de uma vez por todas.De repente, vi Ramón se aproximando. Ele tinha aquele sorriso arrogante que sempre me irritava.— Olá, Anthonella. Como você está? — Seu tom de voz parecia mais uma provocação do que um cumprimento.— Olá, Ramón. — Respondi sem vontade, desviando o olhar.— É assim que você trata o pai da sua filha? — Ele brincou, claramente tentando me provocar.— Você não é o pai dela. — Respondi, firme.Ele riu, cheio de confiança.— Isso quem vai dizer é o juiz.Revirei os olhos, exasperada, e logo fomos chamados para a audiência.Entramos na sala de audiências, e o juiz iniciou as considerações finais. O juiz abriu o envelope com o resultado do exame de DNA e, quando ele finalmente revelou o resultad
Durante a reunião, Jhonathan estava agindo de maneira rude com o pessoal, mas eu lhe dei um beliscão e ele olhou para mim de cara fechada e respirou fundo, tentando ser mais cordial com o pessoal. Quando a reunião acabou, Rafael e Gabi me puxaram para um canto e me agradeceram.— Com você aqui, a reunião foi bem mais agradável. — Rafael disse e Gabi concordou.— Menina, como você consegue lidar com esse homem? O cara é muito rude.— Senhor Lancaster tem seus momentos. Mas, no geral, é um bom chefe.— Só fala isso porque é obrigada a conviver com ele diariamente.— Se continuar falando assim, quando precisar que eu entregue algum relatório, eu vou deixar você enfrentar a “fera” sozinho.Ele rapidamente se calou enquanto Gabi e eu rimos. Jhonathan surgiu na porta, ajeitamos a postura e saímos.Enquanto estávamos no elevador, Jhonathan perguntou o que Gabi e Rafael estavam falando e eu disse que era sigilo entre colegas de trabalho. Ele me encarou.— Eu também sou um colega de trabalho.
Estava sentada ao lado de MaFê quando minha amiga chegou e, ao olhar para mim, perguntou como havia sido na audiência.— E aí, amiga? Fez aquele filho da puta quebrar a cara?Olhei para ela e apontei para Maria Fernanda, que já estava observando a conversa.— Fefê, linda da dinda. Dá uma licencinha pra dinda conversar com a mamãe, vai lá pro seu quarto brincar com a sua bebê reborn que você ganhou do tio Jo.— Já sei, vocês vão ‘fala’ coisa de ‘aduto.’ — Ela se levantou revirando os olhos.Esperamos ela ir para o quarto e, quando ouvimos a porta ser batida, minha amiga foi até a cozinha e pegou a garrafa de vinho.— Me conta o que aconteceu?Contei tudo a ela sobre a abertura do resultado e minha amiga me encarou.— Amiga, como isso pode ter acontecido? Você tem certeza que ele não é mesmo pai?Encarei Joyce e tomei todo líquido da minha taça, enchendo-a novamente.— Joyce, você estava lá e viveu tudo isso comigo. Então você seria a última pessoa a me perguntar uma coisa dessas. Você
Assim que chegamos em seu apartamento, subimos direto para o seu quarto. Jhonathan trancou a porta e sorriu de maneira predatória.— Espero que a senhorita cumpra com o que prometeu nas mensagens.— Hum! Já que estou aqui, não tem mais volta, não é mesmo? — Ele balançou a cabeça de maneira negativa. — Tudo bem então, senhor Lancaster.Me aproximei dele, beijando-o, e enquanto ele se distraía, o empurrei para que se sentasse na cama. Comecei a dançar para ele de maneira provocante e sensual. Jhonathan tentava me tocar, mas eu dizia que não. Continuei dançando e retirando uma peça de roupa, finalizando sentando em seu colo.— Vamos nos livrar dessas suas roupas. — Puxei sua camiseta para cima e lambi o seu peito de maneira erótica.— Mulher… Mulher… Assim fica difícil.— O quê? — Perguntei de maneira inocente enquanto abria a sua bermuda. — Vamos nos livrar disso aqui também e te deixar mais confortável.Jhonathan riu baixinho, me ajudando a tirar a bermuda e a cueca. Seu olhar estava f
mAssim que amanheceu, pedi a Jhonathan que me levasse para casa, pois eu precisava levar MaFê para a escola. Ele me pediu para esperar enquanto ele se arrumava. Quando ficou pronto, me chamou para irmos. Como estava de pijama, Emma me emprestou um sobretudo e agradeci a ela, dizendo que devolveria lavado.Ao chegar em casa, Maria Fernanda já estava tomando café e, quando me viu, cruzou os bracinhos e me encarou.— Mamãe, onde cê ‘tava’? — Ela perguntou.— A mamãe precisou resolver um problema, filha.— De ‘madugada’? — Minha filha continuou me encarando.— A mãe aqui é quem? — Perguntei com a mão na cintura.— Você.— Então pronto! Tome seu café enquanto eu vou me arrumar.Enquanto minha filha terminava o café, fui para meu quarto separar minhas roupas. Joyce entrou no meu quarto e sorriu.— O que foi? — Perguntei enquanto estava indecisa entre usar um vestido tubinho ou uma calça social.— E aí? Deu muito? — Joyce perguntou, e eu revirei os olhos.— Se está esperando eu te contar, v
O domingo finalmente chegou, trazendo consigo uma tensão palpável. Passei a manhã inteira tentando me distrair, mas não conseguia afastar a preocupação com Maria Fernanda. Quando o carro de Ramón finalmente estacionou em frente à casa, corri para a porta.Assim que vi minha filha, percebi que algo estava errado. Maria Fernanda parecia acuada, os olhos baixos e o corpo encolhido. Me aproximei rapidamente, agachando à altura dela.— O que aconteceu, meu amor? — Perguntei suavemente, levantando seu queixo para olhar em seus olhos.Maria Fernanda permaneceu em silêncio por um momento, hesitante. Então precisei insistir mais uma vez.— A 'buxa' 'fea' me ‘belicou.’Meu coração disparou e minha visão ficou turva de raiva. Olhei para Priscila, que estava se aproximando com um sorriso de superioridade.— O que você fez com a minha filha?— Ela mereceu. — Priscila disse, com desdém. — Sua filha precisa aprender a respeitar os outros.Aquelas palavras foram o estopim. Sem pensar, avancei para ci