Durante a reunião, Jhonathan estava agindo de maneira rude com o pessoal, mas eu lhe dei um beliscão e ele olhou para mim de cara fechada e respirou fundo, tentando ser mais cordial com o pessoal. Quando a reunião acabou, Rafael e Gabi me puxaram para um canto e me agradeceram.— Com você aqui, a reunião foi bem mais agradável. — Rafael disse e Gabi concordou.— Menina, como você consegue lidar com esse homem? O cara é muito rude.— Senhor Lancaster tem seus momentos. Mas, no geral, é um bom chefe.— Só fala isso porque é obrigada a conviver com ele diariamente.— Se continuar falando assim, quando precisar que eu entregue algum relatório, eu vou deixar você enfrentar a “fera” sozinho.Ele rapidamente se calou enquanto Gabi e eu rimos. Jhonathan surgiu na porta, ajeitamos a postura e saímos.Enquanto estávamos no elevador, Jhonathan perguntou o que Gabi e Rafael estavam falando e eu disse que era sigilo entre colegas de trabalho. Ele me encarou.— Eu também sou um colega de trabalho.
Estava sentada ao lado de MaFê quando minha amiga chegou e, ao olhar para mim, perguntou como havia sido na audiência.— E aí, amiga? Fez aquele filho da puta quebrar a cara?Olhei para ela e apontei para Maria Fernanda, que já estava observando a conversa.— Fefê, linda da dinda. Dá uma licencinha pra dinda conversar com a mamãe, vai lá pro seu quarto brincar com a sua bebê reborn que você ganhou do tio Jo.— Já sei, vocês vão ‘fala’ coisa de ‘aduto.’ — Ela se levantou revirando os olhos.Esperamos ela ir para o quarto e, quando ouvimos a porta ser batida, minha amiga foi até a cozinha e pegou a garrafa de vinho.— Me conta o que aconteceu?Contei tudo a ela sobre a abertura do resultado e minha amiga me encarou.— Amiga, como isso pode ter acontecido? Você tem certeza que ele não é mesmo pai?Encarei Joyce e tomei todo líquido da minha taça, enchendo-a novamente.— Joyce, você estava lá e viveu tudo isso comigo. Então você seria a última pessoa a me perguntar uma coisa dessas. Você
Assim que chegamos em seu apartamento, subimos direto para o seu quarto. Jhonathan trancou a porta e sorriu de maneira predatória.— Espero que a senhorita cumpra com o que prometeu nas mensagens.— Hum! Já que estou aqui, não tem mais volta, não é mesmo? — Ele balançou a cabeça de maneira negativa. — Tudo bem então, senhor Lancaster.Me aproximei dele, beijando-o, e enquanto ele se distraía, o empurrei para que se sentasse na cama. Comecei a dançar para ele de maneira provocante e sensual. Jhonathan tentava me tocar, mas eu dizia que não. Continuei dançando e retirando uma peça de roupa, finalizando sentando em seu colo.— Vamos nos livrar dessas suas roupas. — Puxei sua camiseta para cima e lambi o seu peito de maneira erótica.— Mulher… Mulher… Assim fica difícil.— O quê? — Perguntei de maneira inocente enquanto abria a sua bermuda. — Vamos nos livrar disso aqui também e te deixar mais confortável.Jhonathan riu baixinho, me ajudando a tirar a bermuda e a cueca. Seu olhar estava f
mAssim que amanheceu, pedi a Jhonathan que me levasse para casa, pois eu precisava levar MaFê para a escola. Ele me pediu para esperar enquanto ele se arrumava. Quando ficou pronto, me chamou para irmos. Como estava de pijama, Emma me emprestou um sobretudo e agradeci a ela, dizendo que devolveria lavado.Ao chegar em casa, Maria Fernanda já estava tomando café e, quando me viu, cruzou os bracinhos e me encarou.— Mamãe, onde cê ‘tava’? — Ela perguntou.— A mamãe precisou resolver um problema, filha.— De ‘madugada’? — Minha filha continuou me encarando.— A mãe aqui é quem? — Perguntei com a mão na cintura.— Você.— Então pronto! Tome seu café enquanto eu vou me arrumar.Enquanto minha filha terminava o café, fui para meu quarto separar minhas roupas. Joyce entrou no meu quarto e sorriu.— O que foi? — Perguntei enquanto estava indecisa entre usar um vestido tubinho ou uma calça social.— E aí? Deu muito? — Joyce perguntou, e eu revirei os olhos.— Se está esperando eu te contar, v
O domingo finalmente chegou, trazendo consigo uma tensão palpável. Passei a manhã inteira tentando me distrair, mas não conseguia afastar a preocupação com Maria Fernanda. Quando o carro de Ramón finalmente estacionou em frente à casa, corri para a porta.Assim que vi minha filha, percebi que algo estava errado. Maria Fernanda parecia acuada, os olhos baixos e o corpo encolhido. Me aproximei rapidamente, agachando à altura dela.— O que aconteceu, meu amor? — Perguntei suavemente, levantando seu queixo para olhar em seus olhos.Maria Fernanda permaneceu em silêncio por um momento, hesitante. Então precisei insistir mais uma vez.— A 'buxa' 'fea' me ‘belicou.’Meu coração disparou e minha visão ficou turva de raiva. Olhei para Priscila, que estava se aproximando com um sorriso de superioridade.— O que você fez com a minha filha?— Ela mereceu. — Priscila disse, com desdém. — Sua filha precisa aprender a respeitar os outros.Aquelas palavras foram o estopim. Sem pensar, avancei para ci
Assim que estacionei na escola da minha filha, vi Ramón encostado no seu carro e fui ao seu encontro.— O que faz aqui?— Calma, An. Eu vim em paz.Ele levantou as mãos para o alto.— Você e paz não combinam na mesma frase.Ramón deu um sorrisinho de canto e revirei os olhos à procura de Priscila.— Cadê a puta-mor?— Está resolvendo assuntos dela, vim aqui pegar minha filha para tomar sorvete. — O encarei por algum tempo. — Por que está me encarando assim?— Me responde uma coisa, Ramón. Por que você quer tanto ser o pai da minha filha?— Eu não quero ser, eu sou o pai dela, An. Só acho que já que temos uma filha, não faz sentido ficarmos separados. Afinal, você mesmo dizia que fomos feitos um para o outro.— Isso foi antes de descobrir quem você realmente é, Ramón. Suas palavras mansas não me enganam mais. Eu sofri um inferno com você, e você se aproveitou do fato de eu te amar de verdade e não ter uma família para me apoiar, mas eu não sou mais aquela pessoa ingênua que cai em meia
Jhonathan Lancaster(Dias Antes)Estava em meu escritório, submerso em papéis, quando Berenice me avisou sobre a visita de Afrodite. Perguntei a mim mesmo o que minha prima queria tanto falar comigo.— Oi, Jhonny! Como está o meu primo querido esta tarde? — Ela se sentou de frente para mim.— Primo querido? Você me odiava, dizia que eu era metido e insuportável.— Tá, eu sei que sempre gostei mais dos meninos, mas é porque eles eram menos sérios que você, sempre de cara fechada se achando o dono da razão.— É por isso que veio aqui? — Perguntei, levantando os olhos brevemente.— Não é isso, Jhonny. Vim aqui para conversar com você e saber como está Anthonella depois da abertura do resultado do exame de DNA.— Ela está tentando se manter firme, mas sinceramente não sei por que ela se coloca nessa situação. Se ela diz que o tal de Ramón não é o pai, por que não procura o verdadeiro pai e conta a verdade?Minha prima me encarou por um tempo e perguntei por que ela estava me encarando daq
Durante o trajeto para casa, não conseguia parar de pensar no que aconteceu. Minha mente divagava devido aos acontecimentos e, como não havia visto o sinal fechado, quase bati no carro à minha frente.Chegando em meu apartamento, encontrei meus pais conversando animadamente, porém se calaram assim que me viram.— Filho, aconteceu alguma coisa? — Minha mãe perguntou.— Não é nada, só me deixem em paz. — Estava indo para o meu quarto quando minha mãe me interceptou.— Jhonathan Luiggi Miller Ferreira Lancaster, sente esta bunda no sofá e nos conte o que aconteceu.Minha mãe me lançou um olhar que me fez sentar e contar tudo o que havia acontecido hoje.— Eu te falei, Oliver! Você deveria ter mais fé em mim de vez. — Olhei para meus pais sem entender. — Meu filho, assim que eu bati o olho naquela menina, percebi os traços da nossa família. Ela é uma cópia fiel sua quando bebê e tem todo o jeito de falar da sua avó. Eu comentei com Oliver e ele disse que era coisa da minha cabeça, bem, ag