Maria Fernanda Fagundes LancasterApós o treino, estava exausta, mas havia uma satisfação dentro de mim que era inigualável. Tinha dado tudo de mim e sabia que estava fazendo progresso. Enquanto eu pegava minha garrafa de água e me preparava para ir ao vestiário, ouvi risadas familiares. Virei-me e, para minha surpresa, vi meus pais, meus irmãos e meus primos. Meu coração pulou de alegria.— Quando vocês chegaram? — Perguntei, correndo para eles, um sorriso enorme no rosto.— Chegamos de madrugada. — Respondeu meu pai, rindo da minha reação. — Você não vai abraçar seus pais que tanto te amam? — Ele provocou, abrindo os braços.— Claro que vou! — Respondi, jogando-me nos braços dele e depois nos da minha mãe.Os abraços foram seguidos por abraços dos meus irmãos e primos. Era uma sensação maravilhosa tê-los ali comigo, especialmente depois de semanas de treinos intensos e estar longe de casa.— MaFêzita! Vamos trocar de roupa e comer, estou morta de fome. — Clara gritou e fiz sinal par
Após um jantar maravilhoso no restaurante chique, onde conversamos e rimos, a noite estava se tornando ainda mais especial. A comida estava deliciosa e a companhia era impecável. No entanto, conforme o jantar avançava, comecei a sentir uma leve curiosidade e ansiedade sobre o que mais a noite poderia trazer.Depois de um tempo, meu pai se levantou para ir ao banheiro, e a mãe também decidiu dar uma volta pelo restaurante. Aproveitei para conversar mais um pouco com meus irmãos e primos. Foi então que Gustavo se aproximou de mim. Ele parecia animado e com um brilho especial no olhar. Aproveitei a oportunidade para perguntar sobre a competição.— E aí, Gus, como está indo o programa? — Perguntei curiosa.Ele se inclinou em direção ao meu ouvido, sussurrando.— MaFê, eu preciso te contar uma coisa. Eu beijei a Rúbia. — Ele revelou, quase em um sussurro.No momento em que ouvi, meu instinto foi dar uma risada surpresa. No entanto, acabei fazendo um barulho mais alto do que esperava. A ri
Anthonella Fagundes LancasterA manhã começou agitada no escritório. Jhonathan e eu estávamos ocupados com a análise de alguns documentos importantes para uma reunião que teríamos à tarde. O telefone não parava de tocar, e o ritmo frenético parecia ser uma constante no nosso trabalho. Estava completamente imersa em um relatório quando a porta do escritório se abriu abruptamente.Camila entrou, com um semblante grave que chamou imediatamente minha atenção. Ela parecia perturbada e, ao ver o olhar preocupado dela, sabia que algo sério estava acontecendo.— Anthonella, Jhonathan, eu preciso conversar com vocês — disse Camila, sem rodeios nos fazendo encará-la, pois ela estava com uma cara muito séria. Jhonathan e eu trocamos olhares curiosos e eu fiz um gesto para que ela entrasse e se acomodasse. Com um leve aceno, me levantei para guiá-la até a sala de reunião.— Claro, Camila. Vamos para a sala de reuniões porque aqui está uma zona — ela riu, mas seu sorriso não chegou aos olhos.Apó
Maria Fernanda LancasterDesliguei a ligação com minha mãe e fiquei olhando para a tela do celular, sentindo uma inquietação crescente. O que será que estava acontecendo para ela estar tão preocupada? Seu tom de voz e a forma como insistiu que eu tomasse cuidado me deixaram nervosa.— MaFê, tá tudo bem? — Perguntou Clara, percebendo minha expressão pensativa.— Sim, tá tudo bem. — Respondi rapidamente, forçando um sorriso. — Só estava pensando na ligação da minha mãe.Coloquei o celular na mesa de cabeceira e me virei para as meninas. Clara, Ana e Luiza estavam todas na minha cama, com travesseiros nas mãos, prontas para uma batalha.— Guerra de travesseiros! — Clara gritou, lançando o primeiro travesseiro em minha direção.Sorri, decidindo deixar as preocupações de lado por um momento, e entrei na brincadeira. O quarto rapidamente se transformou em um campo de batalha de risadas e travesseiros voadores. Era exatamente o que eu precisava para aliviar a tensão.No meio da brincadeira,
Peguei o celular e disquei o número dela, esperando ansiosamente que ela atendesse.— Oi, filha! — A voz da minha mãe soou do outro lado da linha.— Oi, mãe. Tudo bem? Só queria saber se está tudo bem em casa. Você parecia preocupada na última ligação. — Perguntei, tentando disfarçar a preocupação na minha voz.— Está tudo bem, sim, MaFê. — Ela respondeu, mas percebi uma hesitação em sua voz. — Está tudo silencioso aí. Onde você está?— Estou no quarto, mãe. As meninas saíram para ir a uma boate, mas eu não pude ir porque sou menor de idade. — Expliquei, tentando soar casual.— Entendo. Mas em breve você fará 18 anos e poderá sair com elas. — Ela disse, tentando me animar.— Sim, estou ansiosa por isso. — Respondi, sorrindo. — Mas e você, mãe? Tem certeza de que está tudo bem?— Está sim, filha. Não se preocupe. Desculpe se te deixei preocupada. — Ela disse, tentando me tranquilizar.— Tudo bem, mãe. Só queria ter certeza. Qualquer coisa, me avisa, tá?— Pode deixar filha. — Ela diss
O sol já estava alto quando chegamos ao campo de treino. Era nosso último treino antes do jogo decisivo contra a Espanha, e eu estava determinada a dar o meu melhor. Larissa decidiu dedicar a manhã para me ensinar algumas técnicas de defesa.— Vamos lá, MaFê! — Ela disse, me entregando uma luva de goleira. — Hoje, vamos focar em melhorar suas defesas. Você tem potencial, só precisa ajustar algumas coisas.Sorri, colocando as luvas e me posicionando no gol. Larissa começou a chutar a bola em várias direções, desafiando meus reflexos e habilidades. A cada defesa, ela me dava dicas e corrigia minha postura.— Lembre-se, sempre mantenha os olhos na bola. — Ela orientou, após eu ter perdido uma defesa. — E não se esqueça de usar os pés quando necessário. Às vezes, é mais fácil defender com os pés do que com as mãos.Trabalhamos juntas por horas, suando e nos esforçando ao máximo. Larissa não parava de me motivar, seu entusiasmo era contagiante. Sentia que a cada defesa melhorava um pouco m
Gustavo Fagundes Lancaster O dia amanheceu com uma mistura de ansiedade e excitação no ar. Era mais uma etapa do programa "Pequenos Chefes", e eu estava animado, mas também um pouco nervoso. Sabia que cada fase ficava mais desafiadora e que a competição estava cada vez mais acirrada. Coloquei meu avental com o logo do programa e me dirigi ao estúdio, tentando controlar a adrenalina que corria pelo meu corpo.Ao chegar, cumprimentei os outros competidores, que também estavam focados e ansiosos. As câmeras começaram a rodar e a apresentadora, com seu sorriso brilhante, deu início ao episódio.— Bom dia, pequenos chefs! — Ela exclamou. — Hoje, teremos um desafio especial. Vocês terão que replicar um prato de um dos chefs mais renomados do mundo. E aqui está ele, nosso convidado especial, Chef Roberto Avelar!O Chef Roberto Avelar entrou no estúdio sob aplausos. Ele era conhecido por seus pratos sofisticados e técnicas impecáveis. Meu coração acelerou ainda mais. Este seria um grande tes
Maria Fernanda Fagundes Lancaster A concentração no vestiário era gigantesca, a treinadora fez um discurso e depois nos deu orientações. Joana também fez um breve discurso nos motivando a dar nosso melhor.— Meninas, hoje é o nosso dia. Vamos mostrar a todos do que somos capazes. Vamos jogar com o coração e com a cabeça. Estamos juntas nessa, e sei que vamos sair daqui com a cabeça erguida. — Joana disse com firmeza na voz.Saímos do vestiário em direção ao campo, e a visão do gramado verde e bem cuidado me deu um arrepio de emoção. Me posicionei no gol, fazendo alguns alongamentos e mentalizando os momentos que estavam por vir. O apito soou, e o jogo começou.A Espanha era uma equipe forte e bem treinada, e logo nos primeiros minutos já tentavam impor seu ritmo. Eu estava alerta, observando cada movimento, cada passe, pronta para agir. Nossos defensores estavam fazendo um ótimo trabalho, mas as espanholas eram insistentes. Foi então que a primeira grande chance delas surgiu. Uma