Max Fos Estava louco para conversar com a Priscila, já que contei para todo mundo sem querer sobre a minha filha. Ela não pode nem pensar em negar que eu assuma a paternidade, mas conhecendo a Priscila, é bem capaz que ela faça isso.Acordei até mais cedo e ia até o apartamento dela para podermos conversar, mas meu pai pediu uma reunião logo cedo.Assim que cheguei no escritório, ele já estava na minha sala segurando a minha foto com a Priscila na nossa formatura. Eu guardo essa foto na minha gaveta, então não entendi por que ele estava segurando-a.— A reunião é como o senhor Fos ou como meu pai? — perguntei, e ele sorriu.— Os dois. Pelo visto, você e ela se assumiram — ele falou, colocando a foto na minha mesa. — A Priscila é uma ótima pessoa, e espero que vocês me deem muitos netos. Imagine minha casa cheia de crianças correndo e gritando "vem brincar, vovô" — meu pai falou, todo animado.E como eu queria que fosse verdade.— Ai, pai, não é nada disso — falei, sentando-me, meio f
Priscila Barcella Fomos para o Terraço Italiano, um restaurante belíssimo aqui em São Paulo. O trânsito estava normal, então consegui chegar só cinco minutos atrasada e ele já estava me esperando.— Priscila — ele falou, levantando-se e me cumprimentando com dois beijos na bochecha.— Olá, Afonso. Desculpe o atraso, mas sair de casa é uma verdadeira loucura.— Imagino. Eu só tenho uma filha e já acho que dá trabalho, imagina com quatro — ele falou sorrindo e puxou uma cadeira para eu me sentar. — A Clarinha queria muito vir. Pelo visto, sua filha fala muito bem de você, a minha acha você maravilhosa — ele falou, e eu sorri involuntariamente.— Infelizmente não posso dizer o mesmo, meus filhos não ficaram muito contentes...— Deixa eu adivinhar, você nunca saiu desde a chegada deles? — ele perguntou.— Sim, esta é a primeira noite, o primeiro momento que tenho para ficar sem eles...— Sei como é. Ser pai solteiro não é nada fácil, mas não sei o que faria sem a minha princesa.— É difí
Max FosLiguei para a Priscila e o celular estava desligado, então resolvi ir até a casa dela, já que a Joyce não me deu o endereço do jantar com medo de eu fazer um barraco.Assim que cheguei, o Liam abriu a porta para mim. Ele estava com roupas simples do dia a dia, sem uniforme, como se estivesse na casa dele, bem à vontade. Isso me incomodou um pouco, pois mostrava que Priscila não o tratava como funcionário.— Priscila não está — ele informou, visivelmente incomodado.Minha frustração era visível. Eu não queria, de forma alguma, que ela estivesse fora, mas me atrasei.— Que merda — falei, entrando, e Liam me olhou de cara feia.— Olha a boca — ele repreendeu, indo até a mesa de jantar onde havia um copinho rosa com canudo. — Vai ficar? — perguntou de costas para mim.— Não posso? — perguntei, querendo entender qual era a dele.Liam se virou lentamente, segurando o copinho rosa com firmeza, seus olhos fixos em mim, deixando claro que não estava nem um pouco satisfeito com a minha
Priscila Barcella Assim que entrei em casa, vi Liam sentado no sofá com minha bonequinha acordada no colo. Ele estava de pijama e com uma expressão cansada, além de um pequeno machucado no rosto.Com certeza as crianças aprontaram na minha ausência.— Oi, meus amores — falei, indo até eles e pegando minha bonequinha nos braços. — Estava morrendo de saudades da minha menininha linda.Olhei para Liam com preocupação.— O que aconteceu? — perguntei, alisando o rosto dele onde estava machucado. — As crianças aprontaram de novo?— Não, as crianças não têm nada a ver com isso. Eu que caí e me machuquei. Mas parece que o encontro foi muito bom — ele respondeu com um tom de irritação.— Foi ótimo. Amanhã ele vai vir aqui... — comecei a explicar, mas ele me interrompeu.— Você sabe que tem filhos? — ele perguntou irritado e, para mim, estava claro que ele está com ciúmes.— E você sabe que sou eu quem paga o seu salário?Liam franziu a testa, claramente mais irritado.— Ok...— Estou brincand
Priscila BarcellaEu realmente queria beijar o Liam, sentir os seus lábios nos meus, e só nos afastamos quando começamos a apertar minha bonequinha e ela reclamou.— Vem com o titio — ele disse pegando-a. Eu estava em transe, por que ele tem que ser tão bom?Eu o quero. Sei que ele é diferente, mas tenho medo de machucá-lo. Ainda assim, preciso dele.Liam estava tentando acalmar a Nina, mas ela não parava de chorar.— Acho que ela está com fome. Acabei de trocar a fralda — ele disse, despertando-me dos meus pensamentos.— Vamos para o meu quarto — falei, pegando minha bolsa. Ele subiu comigo, um pouco confuso. Quando chegamos ao meu quarto, já fui tirando os saltos.— Você vai tomar banho primeiro? — ele perguntou.— Não, mas preciso de ajuda para tirar a roupa — respondi. Ele me olhou com um sorriso safado.— Tem certeza? — perguntou ele.— Achei que você fosse querer ver minha lingerie — falei para provocá-lo, adorando as caras que ele fazia. E sabia que ele era uma boa pessoa o Max
Priscila Barcella Quase não consegui dormir à noite, e como não queria ver o Liam, saí cedo com a minha bebê e só deixei um bilhete avisando. Cheguei no escritório, e como sempre, a Joyce já estava lá, só que desta vez na sua mesa. — Chegou cedo, senhora. Oi, Nina, linda da titia — ela falou brincando com a minha filha. — Não estou de bom humor hoje, então só me chame se for de extrema importância... — O encontro foi tão ruim assim? — ela perguntou. Resolvi ignorar e entrei na minha sala. Coloquei a Nina no Moisés e me sentei no sofá à sua frente. — Sua mãe só se ferra, né? Você vai me abandonar um dia? — perguntei à bebê. — Espero que não. Eu quero te ver crescer e se tornar uma linda mulher — falei, e ela sorriu para mim. Estava admirando a minha menininha quando escutei batidas na porta e, logo em seguida, o Max entrou. Respirei fundo, pois precisava ter uma conversa séria com ele. — Bom dia, minhas garotas — ele falou com um sorriso nos lábios, mas notei um hematoma no can
Priscila Barcella Fiquei sem saber o que responder para o Max. Sei que ele seria um pai maravilhoso e bem melhor que o traste do pai biológico dela, mas também não sabia se seria o certo. Então, pedi um tempo para pensar, pois estava com a cabeça cheia. Como sempre, ele foi compreensivo e até levou a Nina para passear enquanto eu trabalhava um pouco, mas o que ele falou ficou na minha cabeça. Aprendi a gostar do Max. Primeiro veio como amizade, depois os sentimentos se misturaram, e ele foi me ensinando pouco a pouco que eu podia confiar nele. Já com o Liam, eu realmente sinto algo por ele de uma forma que nem os beijos me assustam. Fiquei um tempinho pensativa até que a Joyce me lembrou que tinha mil coisas para fazer antes de poder ir almoçar em casa e encontrar o Afonso. Quando terminei tudo, peguei a Nina que estava em uma reunião com o Max. Ele sempre teve habilidades com crianças, tanto que, quando a Natália precisou de ajuda para cuidar do Henrique, o Max assumiu sem proble
Liam Rodrigues Eu não consigo entender isso, estou morrendo de ciúmes por causa da Priscila. Como competir? Um é herdeiro de uma multinacional bilionária e o outro é dono da maior empresa de chocolate do país. O Max eu até entendo, eles têm uma amizade esquisita, mas esse Afonso... eu não quero ele perto dela de jeito nenhum. E não queria que ele viesse aqui na nossa casa. O que estou dizendo? Esta casa é dela, ela pode fazer o que quiser. Demorei a conseguir dormir, pensando no que ela falou, que eu fui o erro dela. Quando saí do quarto, ela já tinha saído de casa. Sem dúvida, tinha um café da manhã com esse tal Afonso. Até o nome dele me cai mal. — Bom dia, tio Liam — a Iris falou, descendo com a Belinha já arrumada para a escola. — Você viu a nossa mãe? — sorri ao ouvi-la, ela nunca chamou a Priscila assim, sempre a chamava de tia. — Saiu, foi trabalhar — respondi. — Com o Afonso, não, né, papai? — a Belinha falou, me assustando. Ela é igualzinha à mãe, quando põe uma coisa