Primeiro dia de evento. Hazel estava com os nervos à flor da pele. Era sua grande chance e desejava aproveitar cada segundo do que viria pela frente. Mesmo que o primeiro dia seja apenas uma recepção formal entre os empresários da área de tecnologia. Ela terminou o banho se enrolando na toalha felpuda do Hotel de luxo que Ulisses e ela estavam hospedados. Cada um em um quarto, obviamente.Andou pelo enorme cômodo se jogando com os braços abertos na cama. Chegou a suspirar com a maciez daquele colchão, os lençóis pareciam ser feitos de nuvem. Ah, é isso que eu mereço. Nesse mesmo momento alguém bateu na porta. Ela sabia que era Ulisses, pois ele a chamou logo depois de bater. Hazel bufou, se colocando de pé e andando até a porta que abriu com uma expressão irritada.Os olhos de Ulisses desceram para o corpo dela assim que Hazel abriu a porta.— O quê? — ela perguntou, seca.— Por que sempre abre a porta pra mim de toalha?Não que ele fosse reclamar, mas estava sendo complicado mant
Por sorte, a camisa de Ulisses tampava seu corpo e sua bunda — principalmente a tatuagem — e isso era confortável. Hazel e ele tomaram café da manhã juntos e falavam um pouco sobre o evento da noite. Quando Ulisses mencionou que Lennon provavelmente estará lá, Hazel teve um pequeno ataque de empolgação. — Mas se controle — sugeriu ele —, Lennon é um pouco séria demais e se você agir assim ela vai te achar uma louca.Hazel apenas piscou e assentiu.— Ok, anotado. Sem histeria. Ele riu pelo nariz e abandonou a xícara vazia na mesa. Depois se levantou. — Vamos? — ele disse a olhando. — Aliás, minha camisa ficou bem em você. Hazel estava se levantando quando ele disse isso, então o olhou e depois olhou o próprio corpo. Ficou é?— Hum. Parece um vestido — ela comentou sorrindo. — Por isso mesmo.Os olhos cor-de-mel de Hazel se chocaram com os olhos castanhos do amigo. Ulisses escondia um sentimento diferente em seus olhos que ela não conseguia decifrar, por mais que tentasse.Por isso
Ulisses estava usando o quinto modelito, mas ainda não estava se sentindo confortável com a escolha. Embora estivesse convencido de que nada nele ficava feio, algo estava lhe provocando frio na barriga. Não sabia dizer bem o quê? Deu uma olhada rápida no espelho fazendo careta. Então começou a desabotoar a camisa social vinho, tirando e jogando para dentro do closet com certo desânimo. — Por que nada parece bom? — Perguntou para si mesmo retirando uma camisa social azul royal do cabide. Desanimado. — Ah, deve servir.Colocou e se olhou no espelho novamente. E novamente, não ficou totalmente satisfeito. Ele trocou o relógio de prata por um de ouro, chamativo e reluzente. Ao se olhar no espelho gostou do conjunto que formou com a camisa azul e o acessório. Murmurou um Hum levemente satisfeito e olhou as horas no relógio caro. Estou atrasado!Então ele se perfumou pela segunda vez e passou o cinto na calça preta, colocando em seguida a camisa para dentro. Pegou o terno e deu uma últim
O caminho até o evento, mesmo com o “quase beijo”, foi tranquilo e divertido. Ulisses era bom em deixar tudo e todos ao seu redor mais leves e à vontade. Haviam fotógrafos por toda parte na entrada e o movimento de carros estava congestionando as ruas por conta de um bar Country bem famoso na região. Os empresários convidados seguiam até um estacionamento no subsolo. Saíram do carro com sorrisos no rosto. Ulisses deu novamente o braço para Hazel, que segurou rapidamente por medo de cair. Usava um salto branco e fino que poderia provocar o maior vexame de sua vida — visto que não usava e detestava saltos. Ulisses negou com a cabeça quando ela deu uma rápida torcida no pé. — Deveria ter vindo com outro sapato — ele disse. — Ou tudo isso é para me impressionar?— Na verdade é para Lennon Kutcher. Ele revirou os olhos castanhos.Hazel sorriu, descendo os olhos para o pescoço dele. A camisa aberta em dois botões — como ele gostava de usar — por baixo do terno caro não estava combinando
— Eu sei, mãe, mas não tem que se preocupar. Se já virou o bezerro, então ela ficará bem — disse Ulisses antes de abandonar o peso que estava usando no chão.— Você diz isso porque não está vendo a pobrezinha. Ela sequer está comendo, Ulisses. — Tentou chamar o veterinário de novo? Talvez ele saiba o motivo dela estar assim. — Já — a mãe dele soltou um pigarro. — Gavin me garantiu quem tem algo de errado com ela. Logo ele a ouviu reclamar algo, e uma voz ao fundo, quase um murmúrio, obrigar Ulisses a unir as sobrancelhas.— Mãe?— Oi.— Está com alguém aí? — Não... foi a TV.— Não me pareceu a TV — disse ele, ponderando o que acabara de ouvir enquanto se olhava no espelho da academia do Hotel.— Mas foi. Preciso desligar. Mande um beijo para Hazel e a chame para vim à fazenda junto com você. Irei adorar revê-la.E ele adorou a ideia de levá-la junto.— Ok. Fique bem, mãe.— Ficarei se vier me ver ao invés de ser tão ingrato com sua mãe. Não me troque por esses rabos-de-saia. — Ulis
Ulisses bateu com o copo de Bourbon no balcão, tentando engolir o incômodo de assistir e ouvir Edgard — presidente da St Tec em Chicago — conversando com Hazel. Na verdade, ele conhecia a mente masculina e sabia muito bem que aqueles olhares, aquela forma de sorrir e aquela forma de falar, é de um homem que, claramente, estava interessado. Edgard estava flertando com Hazel. Por essa razão, Ulisses preferiu beber ao invés de se intrometer a conversa deles. Ele pediu mais uma dose ao barman, depois de ouvir Edgard.— Os empresariado em Dubai é totalmente diferente do que estamos acostumados. Minha secretária me acompanhou na ultima viagem para lá, isso faz uns seis anos. — Ulisses se viu bufando contra o copo. Como a voz dele é irritante. — Hoje em dia ela trabalho no ramo de tecidos com duas filiais em Chicago. Mês que vem irá abrir a terceira em Londres.Hazel abriu os lábios, impressionada. Estavam falando do evento anual em Dubai para multinacionais e alguns empreendedores. Ulisses
Hazel se encontrava em uma mesa, beliscando um dos petiscos. Conseguiu contornar a situação com Edgard e sua chance de ir à Dubai não foi desperdiçada. Ele e Jason, o vice-presidente da St Tec em Chicago, dividiam mesa com ela. Eles pareciam ser boas pessoas, e Hazel ria de alguns comentários que faziam. Mas não era a mesma coisa sem Ulisses. Onde ele se meteu? Ela olhou na direção da porta. Se perguntou se deveria ter sido tão rude com ele, mas chegou a conclusão que Ulisses mereceu ouvir o que ouviu. E ele que se danasse. Era Dubai, afinal de contas. Quem não se irritaria ao quase perder a chance de ir para aquele lugar lindo? Jason falou algo sobre ter bebido demais e Edgard estar precisando ir embora — sendo que ele é quem precisava. — Aceita uma carona, senhorita Parker? — Edgard perguntou com um sorriso. Hazel negou. — Eu já tenho carona. Obrigada, Edgard. Os dois se despediram dela. Edgard ajudava Jason a sair do evento da forma mais digna possível, mas o rapaz trocava os
Beijar Hazel no meio da rua e em plena madrugada foi tão inesquecível quanto beijá-la no fim do baile. Ulisses não conseguiria parar, mesmo se tentasse. Então, segurou-a com mais firmeza, aprofundano o beijo. Suas línguas combinavam. O beijo deixava o ceo com o coração palpitante. Ele a ouviu arfar quando mordiscou seu lábio. — Ulisses… o que estamos fazendo? — perguntou ela, enquanto afundava os dedos no cabelo do amigo.Colando as testas, Ulisses respondeu:— Não precisamos definir nada, mas saiba que significa muito pra mim termos nos beijado — e ergueu os olhos para Hazel. — Já faz um tempo que você está no meu radar, Hazel Parker.A mulher deitou a cabeça, mantendo-se abraçada ao pescoço do melhor amigo — ou já podia dizer que estavam ficando? — É por isso que não tem saído com mais ninguém? — indagou ela, curiosa.Ulisses se viu maneando a cabeça.— Em parte. Decidi que queria um amor e então larguei a farra — ele esboçou um sorriso. — E eu estou levando essa decisão à sério