CLARAAcordei naquela manhã com o som suave do vento passando pelas árvores e os pássaros cantando ao longe. A luz do sol entrava pela janela do quarto, e pela primeira vez em semanas, senti meu corpo relaxar de verdade. O ar da nova casa parecia diferente — mais leve, mais fresco. Não era só uma mudança de lugar; era uma mudança de vida, e a cada dia eu me sentia mais perto de quem eu queria ser.Olhei para o lado e vi Henrique ainda dormindo, sua respiração tranquila e o rosto relaxado. Ver ele assim, em paz, me trouxe uma sensação de segurança que há muito eu não sentia. Depois de tudo o que havíamos passado, estávamos finalmente encontrando nosso equilíbrio.Me levantei devagar, tentando não acordá-lo, e fui até a cozinha preparar o café. As manhãs naquela casa tinham se tornado meus momentos favoritos. A luz dourada que entrava pelas janelas e o silêncio tranquilo do campo me davam uma sensação de calma, como se o mundo lá fora estivesse distante demais para nos alcançar.Enquant
CLARAOs dias que seguiram o episódio no jardim foram mais calmos, mas aquela sensação persistente de alerta ainda me acompanhava em alguns momentos. Às vezes, quando o vento balançava as árvores de um jeito mais forte ou um som inesperado ecoava pela casa, eu sentia meu corpo se enrijecer automaticamente, como se estivesse sempre esperando pelo pior. Era uma reação instintiva, e, embora eu soubesse que estava segura, meu corpo parecia não ter recebido essa mensagem.Henrique estava sempre ali, paciente, observando-me com aquele olhar carinhoso, mas atento. Ele entendia o que eu estava passando porque, de certa forma, ele também passava pelo mesmo. Nem sempre falávamos sobre isso, mas havia uma compreensão silenciosa entre nós, uma certeza de que estávamos lidando com as coisas no nosso próprio ritmo.Certa tarde, enquanto estávamos sentados na varanda, conversando sobre planos para o jardim, o céu começou a escurecer de repente. Nuvens densas se formaram no horizonte, e o vento começ
CLARAOs dias começaram a se desenrolar com uma leveza que eu não sabia que era possível. A rotina na nova casa finalmente se estabeleceu, e, embora ainda houvesse momentos de medo e incerteza, Henrique e eu estávamos mais conectados do que nunca. Parecia que cada obstáculo que enfrentávamos juntos nos deixava mais próximos, mais fortes.Acordei naquela manhã com o som suave do vento balançando as árvores lá fora. A chuva que havia caído na noite anterior havia deixado o ar fresco, e o jardim estava brilhando sob o sol da manhã. Henrique ainda dormia ao meu lado, e eu fiquei ali por alguns minutos apenas observando-o. Sua expressão tranquila, os traços relaxados — tudo nele me transmitia segurança.Levantei-me devagar, tentando não acordá-lo, e fui para a cozinha. Preparei o café e abri as janelas, deixando o ar fresco da manhã entrar. O aroma do café quente misturado com o cheiro de terra molhada me trouxe uma sensação de paz. Aquele era o tipo de tranquilidade que eu não sabia que p
CLARAOs dias depois da conversa na varanda passaram mais rápido do que eu imaginava. Henrique e eu começamos a falar mais abertamente sobre o que queríamos para o futuro, como seria nossa vida daqui para frente. Pela primeira vez em muito tempo, o medo e a ansiedade não estavam no centro das nossas conversas. Agora, era sobre o que poderíamos construir, sobre as possibilidades que se abriam diante de nós.Naquela manhã, acordei com uma sensação de leveza. O sol entrava suave pelas janelas da casa, iluminando os novos móveis que tínhamos acabado de escolher. O cheiro do café que Henrique preparava na cozinha me envolveu, e eu sorri antes mesmo de sair da cama. A casa, aos poucos, estava se tornando um lar.Levantei-me e fui até a cozinha, encontrando Henrique já de pé, com uma xícara de café na mão e um sorriso tranquilo no rosto.— Bom dia, dorminhoca, — ele disse, me entregando uma xícara. — Hoje é um grande dia.Eu ri levemente, aceitando o café e sentando à mesa com ele.— Grande
CLARAOs dias após aquela conversa foram cheios de reflexão. Henrique e eu não falávamos abertamente sobre a ideia de construir uma família a cada momento, mas era como se, silenciosamente, ambos estivéssemos processando o que isso significava. À medida que cada dia passava, o peso e a alegria daquela decisão se tornavam mais palpáveis. O futuro parecia mais real, mais próximo, e, ao mesmo tempo, me deixava levemente ansiosa.Naquela manhã, acordei com a luz suave do sol entrando pela janela do nosso quarto. Henrique ainda dormia ao meu lado, e eu me peguei pensando em como nossa vida tinha mudado tanto em tão pouco tempo. Os medos e as inseguranças que carregávamos juntos estavam, aos poucos, sendo substituídos por uma sensação de paz. Claro, ainda havia momentos de tensão, mas, de alguma forma, estávamos mais preparados para lidar com o que viesse.Saí da cama devagar, tentando não acordá-lo, e fui até a cozinha. Preparei uma xícara de café e, com ela nas mãos, me sentei na varanda.
CLARAO plano de fazer uma viagem tomou forma mais rápido do que eu esperava. A ideia de ter alguns dias só para nós dois, longe de tudo e todos, me enchia de uma empolgação que eu não sentia há muito tempo. Estávamos prontos para um tempo de descanso, para reconectar nossas energias e simplesmente viver o presente, sem pensar demais no futuro ou nos medos do passado.Enquanto arrumávamos as malas, eu percebi que o ar na casa estava diferente. Era como se cada peça de roupa dobrada, cada item colocado na mala, estivesse carregado de um novo tipo de expectativa. Era uma sensação de recomeço, não o tipo de recomeço forçado que tínhamos enfrentado ao deixar para trás tudo o que aconteceu, mas um recomeço que nós mesmos escolhemos. E isso fazia toda a diferença.Henrique estava animado. Ele andava pela casa, pegando coisas e sugerindo o que deveríamos levar, seu entusiasmo evidente em cada gesto.— Acho que precisamos levar alguns livros, — ele disse, pegando alguns da estante. — Vai ser
CLARAO primeiro dia na cabana foi tudo o que eu esperava e mais. O ar fresco da manhã, o silêncio da natureza ao redor e a tranquilidade que me envolvia em cada passo me faziam sentir como se eu estivesse finalmente respirando depois de tanto tempo presa em meus próprios medos. Era como se o peso dos últimos meses estivesse se dissolvendo com cada raio de sol que tocava a pele, com cada brisa que passava pelos pinheiros altos ao redor da casa.Henrique e eu acordamos devagar naquela manhã. Não havia pressa, não havia compromissos. Ficamos deitados na cama por algum tempo, conversando sobre coisas simples, rindo de lembranças antigas e fazendo planos vagos para o dia. O melhor de tudo era que, pela primeira vez em muito tempo, esses planos não envolviam preocupação ou medo. Eram apenas planos de aproveitar o momento.— O que acha de um café da manhã na varanda? — sugeriu Henrique, já com aquele sorriso preguiçoso no rosto enquanto se espreguiçava na cama.— Parece perfeito, — respondi
CLARANa manhã seguinte, acordei com o sol já alto, inundando o quarto com uma luz suave e quente. O silêncio ao redor da cabana era quase surreal, quebrado apenas pelo som distante das folhas sendo balançadas pelo vento. Ao meu lado, Henrique ainda dormia profundamente, o rosto relaxado, como se todo o peso que ele carregava há meses finalmente tivesse sido deixado para trás.Eu me levantei devagar, tentando não acordá-lo, e fui até a janela. A vista das montanhas ao longe, cobertas de verde e banhadas pelo sol da manhã, era tão pacífica que por um momento me senti desconectada do mundo lá fora. Era como se aquele lugar fosse uma bolha de paz e tranquilidade, algo que Henrique e eu estávamos precisando desesperadamente.Fiz café e levei duas xícaras para a varanda, onde me sentei, apreciando o cheiro da bebida quente enquanto observava o movimento suave das árvores. Alguns minutos depois, ouvi Henrique se aproximando, ainda com o cabelo bagunçado e os olhos pesados de sono. Ele sorri