Totalmente paralisado dentro de seu carro, J.B com os olhos arregalado e fixado na cena que havia acabou de presenciar, ficou apavorado pois o acontecido lhe pegou de surpresa, segundos depois que se recompôs, saiu do carro e correu na direção de Talita que estava estirada na estrada depois de ser atingida por um carro que a atropelou e não parou para prestar socorro. Desesperado, chamou várias vezes seu nome na qual ela não respondeu, caída de Bruços Talita permanecia imóvel e inconsciente. Nervoso, J,B gritou para as pessoas que já haviam se aglomerado ao redor.— Alguém chama uma ambulância. Ele estava perplexo pelo que tinha visto, pois Vânia friamente empurrou Talita contra um carro que passava em alta velocidade e mesmo vendo o que aconteceu o motorista não parou para prestar socorro. Logo após o ato criminoso Vânia correu entrando em seu carro e saiu em disparada seguindo na mesma direção que o carro com o motorista atropelador. J.B não estava acreditando em tamanha barbari
Quando J.B viu um homem alto, bem apessoado vestindo terno de tecido fino e caro ainda por cima feito sob medidas que andando em passos largos e firmes caminhando na direção da sala de emergência junto a uma mulher também vestida elegantemente que lembrava Talita, J.B logo percebeu que aquele casal eram os pais dela. O homem com o semblante preocupado falava com firmeza com um homem também vestindo terno elegante que ouvia consentindo com a cabeça, enquanto também caminhava ao seu lado do casal. J.B ouviu quando o homem mais velho falou duramente: “Quero todos os responsáveis na cadeia ainda hoje, e que nunca mais saiam” — Sim Senhor — disse o homem mais novo, parecendo um advogado ou assistente do homem mais velho. Depois de ouvir tudo que o homem mais velho falou, o homem mais novo pegou seu celular no bolso do paletó e passou algumas ordens para a pessoa do outro lado da linha. Ao ouvir como o homem falava com dureza, J.B engoliu seco e pensou. “Vânia, Vânia, o q
Vendo que não tinha mais jeito, J.B saiu apressado para procurar e falar com o doutor Flaubert. Passaram apenas cinco minutos quando o doutor Flaubert entrou sem ao menos bater já falando em frustração com a mulher sentada na cama com a mão direita sobre a bolsa ao seu lado na qual já estava pronta só esperando para a partida. Paula já havia trocado de roupa ao invés do pijama de seda que usava minutos antes, naquele momento se encontrava usando um vestido até a altura do joelho, liso na cor azul escuro que realçava a cor clara de sua pele. Parecia que tinha adivinhado quando ligou na noite anterior para sua empregada separar algumas roupas que sua secretária iria buscar para levar ao hospital, o que foi bom senão teria que ir embora com a bata. Ao ver o homem entrar logo viu em sua face que ele estava irritado, afinal nenhum médico gostava de ser contrariado por uma paciente, mesmo que fosse uma amiga antiga muito querida. Sério, Flaubert a olhou e falou sem nenhuma gentileza, pois
Flaubert saiu do quarto de Paula, seguiu para o elevador já que sua sala ficava no térreo. Caminhava checando as mensagens no celular, ao parar de frente ao elevador, levantou a cabeça e no momento que ia apertar o botão, um movimento no corredor próximo lhe chamou a atenção, olhou e viu o homem andando de um lado para o outro, franziu a testa e seguiu na direção. Depois de colocar o celular no bolso da calça, olhou para o rapaz que viu crescer no qual sempre foi calmo, tranquilo e inteligente, mas que naquele momento parecia enfrentar uma montanha de tormentos a qual parecia que logo iria desabar. — O que você está fazendo aqui? — perguntou fingindo não saber o motivo, pois sabia muito bem que ali era o quarto que Talita estava. —N-Nada, e-eu…— J.B, eu sei o que está acontecendo, sua mãe já me contou tudo é sei também que aqui é o quarto dela, e também sei que nesse momento o que você não precisa é do meu conselho, um homem que não sou nada seu, mas vou lhe dar assim mesmo. Se
Em seu quarto ainda recostado na cama, pensando em Talita, J.B estava totalmente melancólico, agoniado querendo vê-la e saber dela não parava de se perguntar. “Como ela estava e o que ela estava pensando sobre de tudo que aconteceu”Ele queria muito explicar para ela que Vânia era uma simples amiga pra ele, que nunca teve nada com ela, que só a via como uma irmã, que nunca deu abertura para um dia sequer ela pensar que eles poderiam ter algo. Em meio aos seus pensamentos atordoados, lembrou-se das flores que ela segurava nos braços na ora do acidente, imediatamente procurou o cartão da floricultura, ao achar em sua carteira, ligou e pediu que fizesse o buquê com as mesmas flores Camélias com o laço vermelho e entregasse no hospital para a paciente Talita, com um cartão selado, onde ele mandou que escrevessem. “Oi, espero que você esteja bem, eu estive aí na porta do seu quarto, mas seus pais estavam com você, não quis incomodar, por isso não entrei, Talita, eu qu
Minutos depois, a campainha no apartamento de Paula tocou, a empregada seguiu para atender. A senhora de meia idade abriu a porta já sabendo que era um entregador, o porteiro interfonou avisando, depois de assinar o comprovante de recebimento a senhora seguiu para o quarto da patroa. Paula estava ao telefone falando com Orlando, ela sorria por ouvi-lo que estaria de volta naquela noite. Batida na porta a fez se despedir e encerrar a ligação. “Entre” — falou colocando o celular na mesinha de cabeceira. A porta foi aberta e a senhora entrou segurando um arranjo nas mão.— Senhora, chegou essa encomenda para a senhora — disse a senhora, aproximando-se de Paula que olhava fixamente para o buquê, ao ver as lindas flores ela logo soube que não poderia ser do esposo e nem de Katherine, pois quem a conhecia e era próximo sabiá suas flores preferidas. Curiosa para ver logo de quem era, pediu que a senhora lhe entregasse o cartão que já tinha visto. Depois de lhe entregar, a senhora saiu
— Certo, mas Paula, você nem parece que esteve correndo perigo em um hospital por dias sem nos ver, qual o motivo dessa frieza toda? — Ah, você quer mesmo saber.Eu também quero saber, Orlando, eu quero saber o que você esconde de mim para teme tanto se eu vou ser capaz de te perdoar? Do que você precisa ser perdoado Orlando?Surpreso com aquela pergunta, ele a olhava tentando disfarçar o espanto e nervosismo. — Paula do que você está falando? De onde que você tirou isso? Eu não temo nada, pelo menos que eu saiba não fiz nada que venho precisar de perdão.Ao vê-lo falar com tanta convicção, Paula ficou confusa, ele conseguiu fazê-la sentir-se insegura. Em pé ali diante dele pela primeira vez ela não sabia o que falar e pensar, ficou com dúvida do que ouviu durante seu estado em coma pois tudo parecia duvidoso, contudo ela lembrava de tudo, foi assim com o filho que antes dele falar de sua paixão, ela já tinha se recordado dele ter lhe falando enquanto estava no leito inco
Orlando pegou o celular e começou assistir o vídeo no início estava com a aparência de surpresa, mas conforme o vídeo rodava sua face foi tomada por espanto, no final ele estava pálido e em choque, sentou-se na cama e ali ficou sem falar uma palavra só olhando para o celular em sua mão trêmula, pois o amigo havia lhe ligado nervoso pedindo ajuda, no entanto aquilo estava fora de sua alçada. Ele e sua família não podiam fazer nada, mesmo porque ele não podia envolver a esposa que acabou de sair do hospital em um assunto que não era deles. Vendo-o naquele estado, Paula falou:— Orlando, ela foi fria e calculista, ela viu que o veículo estava se aproximando e planejou. Isso implicou ainda mais a situação dela, na filmagem, ficou claro que ela teve, sim intenção, e isso é “Crime doloso” vai ser difícil ela se livrar! Ainda mais que… — O quê?! Ainda mais o quê Paula?O que mais você está me escondendo?— Orlando, apesar da moça ser uma enfermeira da UTI do hospital e ter cuidado