Flaubert saiu do quarto de Paula, seguiu para o elevador já que sua sala ficava no térreo. Caminhava checando as mensagens no celular, ao parar de frente ao elevador, levantou a cabeça e no momento que ia apertar o botão, um movimento no corredor próximo lhe chamou a atenção, olhou e viu o homem andando de um lado para o outro, franziu a testa e seguiu na direção. Depois de colocar o celular no bolso da calça, olhou para o rapaz que viu crescer no qual sempre foi calmo, tranquilo e inteligente, mas que naquele momento parecia enfrentar uma montanha de tormentos a qual parecia que logo iria desabar. — O que você está fazendo aqui? — perguntou fingindo não saber o motivo, pois sabia muito bem que ali era o quarto que Talita estava. —N-Nada, e-eu…— J.B, eu sei o que está acontecendo, sua mãe já me contou tudo é sei também que aqui é o quarto dela, e também sei que nesse momento o que você não precisa é do meu conselho, um homem que não sou nada seu, mas vou lhe dar assim mesmo. Se
Em seu quarto ainda recostado na cama, pensando em Talita, J.B estava totalmente melancólico, agoniado querendo vê-la e saber dela não parava de se perguntar. “Como ela estava e o que ela estava pensando sobre de tudo que aconteceu”Ele queria muito explicar para ela que Vânia era uma simples amiga pra ele, que nunca teve nada com ela, que só a via como uma irmã, que nunca deu abertura para um dia sequer ela pensar que eles poderiam ter algo. Em meio aos seus pensamentos atordoados, lembrou-se das flores que ela segurava nos braços na ora do acidente, imediatamente procurou o cartão da floricultura, ao achar em sua carteira, ligou e pediu que fizesse o buquê com as mesmas flores Camélias com o laço vermelho e entregasse no hospital para a paciente Talita, com um cartão selado, onde ele mandou que escrevessem. “Oi, espero que você esteja bem, eu estive aí na porta do seu quarto, mas seus pais estavam com você, não quis incomodar, por isso não entrei, Talita, eu qu
Minutos depois, a campainha no apartamento de Paula tocou, a empregada seguiu para atender. A senhora de meia idade abriu a porta já sabendo que era um entregador, o porteiro interfonou avisando, depois de assinar o comprovante de recebimento a senhora seguiu para o quarto da patroa. Paula estava ao telefone falando com Orlando, ela sorria por ouvi-lo que estaria de volta naquela noite. Batida na porta a fez se despedir e encerrar a ligação. “Entre” — falou colocando o celular na mesinha de cabeceira. A porta foi aberta e a senhora entrou segurando um arranjo nas mão.— Senhora, chegou essa encomenda para a senhora — disse a senhora, aproximando-se de Paula que olhava fixamente para o buquê, ao ver as lindas flores ela logo soube que não poderia ser do esposo e nem de Katherine, pois quem a conhecia e era próximo sabiá suas flores preferidas. Curiosa para ver logo de quem era, pediu que a senhora lhe entregasse o cartão que já tinha visto. Depois de lhe entregar, a senhora saiu
— Certo, mas Paula, você nem parece que esteve correndo perigo em um hospital por dias sem nos ver, qual o motivo dessa frieza toda? — Ah, você quer mesmo saber.Eu também quero saber, Orlando, eu quero saber o que você esconde de mim para teme tanto se eu vou ser capaz de te perdoar? Do que você precisa ser perdoado Orlando?Surpreso com aquela pergunta, ele a olhava tentando disfarçar o espanto e nervosismo. — Paula do que você está falando? De onde que você tirou isso? Eu não temo nada, pelo menos que eu saiba não fiz nada que venho precisar de perdão.Ao vê-lo falar com tanta convicção, Paula ficou confusa, ele conseguiu fazê-la sentir-se insegura. Em pé ali diante dele pela primeira vez ela não sabia o que falar e pensar, ficou com dúvida do que ouviu durante seu estado em coma pois tudo parecia duvidoso, contudo ela lembrava de tudo, foi assim com o filho que antes dele falar de sua paixão, ela já tinha se recordado dele ter lhe falando enquanto estava no leito inco
Orlando pegou o celular e começou assistir o vídeo no início estava com a aparência de surpresa, mas conforme o vídeo rodava sua face foi tomada por espanto, no final ele estava pálido e em choque, sentou-se na cama e ali ficou sem falar uma palavra só olhando para o celular em sua mão trêmula, pois o amigo havia lhe ligado nervoso pedindo ajuda, no entanto aquilo estava fora de sua alçada. Ele e sua família não podiam fazer nada, mesmo porque ele não podia envolver a esposa que acabou de sair do hospital em um assunto que não era deles. Vendo-o naquele estado, Paula falou:— Orlando, ela foi fria e calculista, ela viu que o veículo estava se aproximando e planejou. Isso implicou ainda mais a situação dela, na filmagem, ficou claro que ela teve, sim intenção, e isso é “Crime doloso” vai ser difícil ela se livrar! Ainda mais que… — O quê?! Ainda mais o quê Paula?O que mais você está me escondendo?— Orlando, apesar da moça ser uma enfermeira da UTI do hospital e ter cuidado
Como tudo foi feito em nome do gerente, Paula não suspeitou de nada acertado com a secretaria para que a moça passasse em sua casa logo pela manhã para juntas irem à reunião.Naquela mesma tarde, J.B também recebeu uma mensagem do amigo incomum com Talita do hospital, que lhe avisou que no dia seguinte ela ficou de fazer um raio x do braço e visitar os amigos. Por tanto, o dia seguinte estava propício a mãe e filho grandes emoções. Naquela noite depois de dias cabisbaixo, J.B parecia diferente, Paula o observava discretamente por debaixo dos olhos e viu como o filho dava leve sorriso de canto da boca enquanto jantava.— Filho, o que aconteceu de bom hoje? Você parece feliz. — Perguntou fitando-o. — Nada, não aconteceu nada, só estou lembrando de um episódio que aconteceu na faculdade com Júlio, um amigo de sala. — Disse, J.B tentando disfarçar sua alegria de poder ver sua amada Talita no dia seguinte.— E mesmo e o que aconteceu nesse episódio, eu e seu pai vamos gostar de ouvi
Talita chegou ao hospital acompanhada de sua mãe, seguiu direto para o raio x, meia hora depois saiu do setor e seguiu para ala da UTI para cumprimentar os amigos. Enquanto sua mãe ficou do lado de fora, não podia entrar, Talita entrou encontrando o amigo Kauê no balcão dos enfermeiros, Kauê estava distraído escrevendo no caderno de relatos. De pé próximo, ela o observava sorrindo.Quanto Kauê a viu, gritou com o jeito espalhafatoso dele. Como homossexual, ele adorava chama a atenção de todos com seus excessos de cumprimentos. No entanto, logo que percebeu que havia se excedido, e na empolgação acabou dando um de seus gritinhos onde sabia que era proibido, rapidamente levou a mão a boca cobrindo-a, correu em direção a amiga abraçando-a forte pois a sensação de que poderia tê-la perdido-a por causa de uma psicopata ciumenta, o deixou apavorado. Com um dos braços ainda na tipóia, Talita quase não aguentou com o abraço do amigo cambaleando para trás.Depois de abraçá-la e beijá-la nas
Vendo o olhar penetrante de J.J, as pernas de Paula fraquejaram, fazendo-a lembrar-se que precisava ser forte, pensando rápido, se recompôs, afastando-se imediatamente saindo de seu olhar a qual parecia que ia devorá-la a qualquer momento. Caminhou para o lado oposto. —Senhor…desculpe-me mas aqui na solicitação que tenho —Paula falou olhando para o tablet em suas mãos e lendo o e-mail que sua secretária havia lhe enviado.—O nome que diz aqui…bom, creio que não seja o seu, correto? Balançando a cabeça negativamente e rindo, J.J, a olhava.— Paula, não faz isso, você não precisa fazer isso agora, meu funcionário vai providenciar o que for preciso, eu… —Você o quê? — Falou interrompendo-o.—Você usou isso para me enganar, para assim eu vir até aqui? Pra que? Pra eu cair na sua lábia novamente e nos seus braços?Lamento lhe decepcionar, mas isso não vai acontecer, se você realmente estiver interessado de verdade por nossos serviços, peça que entre em contato com a empresa —falou seg