36. MINHA RECOMPENSA

VALERIA

— Por que não? Está com medo de que alguém perceba que você é um trapaceiro? Olha só essa criada tão séria, ela vai saber muito bem escolher o mais bonito! Não é verdade, linda? — Ele colocou o braço em volta dos meus ombros, e eu congelei por completo.

Obviamente, o "linda" era para tentar comprar o meu favoritismo.

Estava prestes a me afastar de qualquer jeito, mas então...

— Que diab...?! S-senhor? — Sua voz tremia, e eu queria me enfiar entre as tábuas do chão.

Seu braço foi retirado bruscamente dos meus ombros, e um gemido de dor escapou dos lábios do guardião, embora ele tentasse disfarçar.

— Toque na minha criada com tanta confiança de novo, Dave, e eu corto o seu braço — a voz fria de Aldric soou bem perto, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

— S-sua criada? Pela Deusa, eu devo estar maluco! Eu não sabia, senhor, se soubesse, jamais teria sido tão atrevido — ele gaguejou.

— Criada... Dave... Perdoe o Guardião Valeria... quer dizer... droga! Me desculpe,
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