NARRADORA—Aaaww! —Os gemidos dolorosos se misturavam com os sussurros da noite.Ofegando sobre a grama, os ossos de Nana estalavam, seu corpo se transformava, as unhas cresciam até virarem garras afiadas, e uma pelagem marrom brotava de cada poro.Sua mente era um caos de pensamentos confusos, dor e tontura a ponto de desmaiar.Não sabia quanto tempo durou, só que quando abriu os olhos de novo, via o mundo de uma forma diferente."Nana, sou sua loba... Meu nome é Reina", uma voz meio tímida falou, e Nana ficou confusa no início."Minha loba? Você é uma Ômega?" A pergunta saiu mais decepcionada do que ela queria.Sempre soube que era fraca, sua mãe a mimou demais, mas sonhava que sua loba fosse um pouco mais forte."Você... não me aceita? Posso cuidar bem de você", disse a linda lobinha de pelagem marrom, se levantando desajeitada.Seu orgulho ferido, porque sentia claramente a decepção da sua parte humana."Claro que te aceito, tô muito feliz que a gente conseguiu se encontrar", Nana
NARRADORAVerak caminhou em direção à cabaninha rústica que tinha montado, pensando em como lidaria com o drama de Nana no dia seguinte.Ele era um homem com necessidades e, embora estivesse morrendo de vontade de enfiar o pau entre as pernas da Lyra, se contentou em transar com a loba oferecida do outro grupo.*****A noite passou sem maiores incidentes, e pouco antes do sol nascer, Verak abriu os olhos. Estava sozinho sob o teto de peles.—Nana? —chamou com a voz rouca, sentindo sua presença lá fora.Saiu e a encontrou sentada diante da fogueira, assando um pedaço de carne.Apesar de Verak ter dado um pouco do seu sangue e dela agora ter uma loba, ainda restavam hematomas e cortes no corpo.— Dormiu bem? —Verak se sentou na frente dela, surpreso com a calma com que ela falava.Achava que ela estaria gritando feito louca.—Sim, dormi —respondeu organizando as ideias, olhando o acampamento que despertava.—Nana, sobre o que aconteceu ontem à noite...—Tudo bem. Entendo que você precis
NARRADORALyra se levantou ajeitando a roupa e olhando com aqueles olhões confusos.Ela segurou a vontade de rir na cara dele.Seu pé descalço se esticou, os dedos deslizando pelo membro exposto do seu macho, acariciando de cima a baixo e fazendo-o vibrar.—Se continuar se comportando assim tão bem, talvez eu te dê mais presentes quando chegarmos naquela matilha —ela sorriu com charme, resistindo aos próprios desejos.Drakkar engoliu seco, observando as costas dela se afastando para acender o fogo; o cheiro do sexo molhado dela o deixava cheio de luxúria e algo mais selvagem.Tocou o peito, onde o laço com seu lobo se contorcia, soltando nós e amarras.Só de pensar em ter que se separar dela, afundava mais e mais em medos e ideias loucas de mantê-la ao seu lado, de enganá-la pra não levá-la de volta pra casa.Levantou-se e foi apressado até o rio; precisava clarear a mente e, de quebra, dar um jeito na ereção monumental que carregava.*****Com os dois grupos unidos, o caminho até a m
NARRADORALyra e Drakkar caminharam entre as barraquinhas improvisadas no chão.Mesmo não sendo a área central, o lugar estava animado. Os lobos barganhavam e trocavam suas mercadorias.Ela não sabia se existia moeda por ali, mas ainda não tinha visto nenhuma.—Ei! —chamou a mulher que se retirava para a área de descanso.A fêmea se virou para ver o macho intimidador seguindo uma linda e delicada mulher de cabelos platinados.—Queria alguma coisa? —perguntou confusa, olhando para a bela pele de Fyra em tons avermelhados que Lyra usava.—Quanto você quer pelos potes de barro? —Lyra foi direto ao ponto.A mulher pensou, olhando para o seu macho ao lado. Achavam que a cerâmica valia muito, mas pelo visto, não era o caso.—O que vocês têm? —perguntou, sem prestar muita atenção, só viu uma bolsa nas mãos de Drakkar.Lyra explicou que tinham trazido um escudo pesado de Brontocérax, carne e algumas plantas medicinais.—Desculpa, mas não quero nada disso.—Você gostou da minha roupa? —Lyra pe
NARRADORA—Você não devia… ter se metido na briga assim… ggrr —Verak se sentou na grama com as costas encostadas no tronco da árvore.A mão no lado do corpo, o rosto contorcido numa careta de dor.—Se eu não fizesse isso, você podia acabar morto —Nana respondeu abrindo a camisa dele para examiná-lo.Por mais que o orgulho doesse e ele quisesse descontar nela, Verak teve que admitir que Nana tinha salvado sua vida.Algo pontudo estava prestes a perfurar seu coração, e ele suspeitava que era a ponta de uma costela quebrada.—Vou te dar meu sangue pra curar —sussurrou Nana, se inclinando entre as pernas abertas dele, pronta pra cumprir seu papel de companheira de Verak.Sua garra ia direto para abrir o pulso, mas mesmo naquele momento crítico, as imagens de Lyra seduzindo Drakkar passaram pela mente.Nana decidiu que era hora de ser mais sedutora.Abaixou o top, deixando os seios macios à mostra.Não era um escândalo — muitas fêmeas mais ousadas andavam assim — mas ela, como filha da cur
NARRADORANerón não conseguia parar de pensar nela—o cheiro dela tinha enlouquecido seu lobo. Disse que ela estava entrando no cio.Ela tinha que ser dele. Se aquele idiota não quisesse vendê-la por bem, ia ser por mal.—Senhor, o guerreiro já chegou, mas a acompanhante dele...—Leve-a para meu espaço privado e guarde a porta. Ninguém tem permissão para entrar e ela não pode sair.O brutamontes assentiu e saiu para avisar Verak que podia entrar.Custou arrancá-lo da cola que Nana virou, já nem sabia o que fazia, ardendo em um calor excitante.Quando Verak entrou no cômodo mais luxuoso que já tinha visto na vida, olhou para Nerón com respeito.—Foi o senhor que me chamou?—Vou direto ao ponto, não gosto de rodeios —os olhos claros do futuro Alfa o encararam com desdém.O cheiro daquela fêmea no corpo dele deixava seu lobo furioso.—Quanto você quer por essa mulher que veio com você? —Verak ficou chocado com a pergunta.—Veio atrás do sal, né? Eu te dou cinco sacos grandes por ela—valem
NARRADORAEnquanto isso, na zona central da matilha…Os membros do Vale Fértil iam acabar com dor no pescoço de tanto olhar pros lados.Os olhos e a boca da fêmea de Lorenzo doíam de tão arregalados que estavam.Aqui as barracas eram casinhas de madeira, nada de produtos jogados no chão.Lyra observava as mercadorias e percebeu que a matilha onde tinha caído era das mais primitivas.Ainda assim, ali encontrou o melhor de tudo: seu companheiro sexy e gostoso.Deixaram eles ficarem numa tenda coletiva atrás da barraquinha que lhes foi dada.—Me procurem depois, que eu levo vocês pra cabana privada —disse o organizador, um Ômega, para Lyra e Drakkar, que assentiram.Lyra se virou para o povo, achando que estariam super felizes.Mas, na verdade, estavam com cara de quem engoliu pedra.—O que houve?—É que…—Lyra, não pense que não agradecemos, isso é incrível! —disse uma das fêmeas mais responsáveis —, mas... a verdade é que não temos nada pra vender aqui.Quem ia querer as peles mal cura
DRAKKARMinha cabeça gira. Tento me sentar, mas puxo meus braços e eles parecem amarrados acima da cabeça.— Shhh, você não tem permissão pra se soltar...Meus olhos se abrem turvos pra ver aquele rosto lindo. O dedo dela acaricia minha boca, fico fascinado, completamente rendido às ordens dela.Sinto o peso do corpo macio sobre o meu, o calor me consome e Lyra de repente sai da minha visão.Me arrepio e grunho quando as garras de loba passam pelo meu peito e abdômen, o hálito quente dela me enlouquecendo.— Mmnnn — gemei rouco quando a mão dela pega meu pau e começa a me masturbar, pra cima e pra baixo.Todo meu corpo se tensa, o teto gira e eu me afogo no desejo de possuí-la.— Lyra… sshhh — levanto a pélvis ao sentir a língua molhada lambendo ao redor do meu pau ereto, ela resmunga e geme sobre a cabeça do cogumelo.Me enfio entre os lábios dela e empurro pra cima.A saliva escorre até meus testículos, a garganta apertada dela vibra, o cheiro me enlouquece do mesmo jeito que a boca