219. IMPLORE-ME COM SUA BOCA

SIGRID

Deixei cair o camisão no chão e caminhei nua até o banheiro, sabendo que nem todo o gelo do mundo seria capaz de apagar este incêndio.

Onde está Silas?

Subi a perna torneada pelo bordo grosso de madeira e mergulhei em uma banheira redonda de água gelada, com pedaços de gelo flutuando na superfície.

— Mmm — gemi, aliviando um pouco os calores.

“Será que fui dura demais com ele? Estará ferido? Ele sente ressentimento ou ódio por mim?”

“Melhor que odeie Electra, é melhor assim” — repetia isso para mim mesma, mas a cada segundo que passava, afundava mais no desejo de vê-lo e sentir sua presença dominante perto de mim.

*****

SILAS

Observei escondido atrás da coluna quando aquela maldita escrava voltou com um balde pesado nas mãos.

Eu mal conseguia conter o desejo de torcer seu pescoço. Era melhor que não tivesse tocado na minha senhora.

Esperei ela passar e, antes que subisse as escadas, a embosquei por trás, puxando-a pelo braço e jogando-a contra a coluna.

Suas costas bateram com
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