227. É PARA SUA SEGURANÇA

SIGRID

—Não é necessário que me calce os sapatos, Silas, eu mesma faço isso —tirei as botas de suas mãos e as coloquei sozinha.

A verdade é que ter alguém ao meu redor o tempo todo, me ajudando em tudo, me dava dor de cabeça.

Mas sua presença silenciosa não me incomodava. Eu permitia. Só que algo me dizia que, neste momento, as tormentas estavam prestes a chegar.

—Minha senhora, vou rapidamente ao meu quarto para me trocar. O traje azul que mandou confeccionar para mim... lhe parece adequado? —ele se levantou de repente, apressado.

— Melhor eu provar e você me diz...

—Espere, Silas —o interrompi quando já havia virado de costas.

—Não é necessário que se troque, você não vai comigo à festa.

Observei suas costas largas e rígidas. Ele permaneceu em silêncio, sem se virar, mas eu podia sentir o turbilhão de sentimentos que o consumiam por dentro.

—É perigoso, podem te reconhecer, não sei se Lucrécia...

—É por causa da minha aparência horrenda? —ele se virou de repente, e eu apertei os pun
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