225. MEU ESCRAVO FAVORITO

SILAS

Quando todos dormiam, nas penumbras, comecei a ouvir gemidos baixos.

Aproximei-me da porta do quarto dela, na área de serviço.

Detestava o fato de minha senhora não a ter enviado para o alojamento. Por que ela precisava de um tratamento preferencial?

Agora entendia o motivo: minha senhora era inteligente, tinha seus próprios planos.

"Mmmm, sua senhoria é tão linda..."

"Adoro minha senhora... mmm, senhoria, quero tocá-la..."

Eram sussurros femininos indecentes que escapavam do quarto.

Cerrei os dentes e soquei a parede, arrancando um pedaço dos velhos tijolos.

Eu precisava me controlar; não podia alertar os outros servos nem me deixar levar por esse impulso assassino.

Aquela vadia gemia como se estivesse deitada com minha senhora. Parecia efeito do feitiço: ela provavelmente acreditava que a estava agradando em seu quarto.

Tudo era falso, mas a simples ideia das cenas que passavam por sua mente suja fazia meu sangue ferver.

Os delírios dessa escrava não importavam. Minha senhora
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