VIAGEM AOS ESQUECIDOS - PARTE 2.

— Imagino que seja só eu que tire seu tempo, menina Salari — falou Magdali rindo.

— Como assim — captou algo no ar, o velho pai.

Lucadelli nem se mexeu. Era muito discreto. Quem se assustou mais com a brincadeira foi Salari, mas que logo contornou a situação.

— Ajudo Magdali também com as peças de artesanato, papai.

— Estão fazendo minha filha trabalhar muito, hein.

Mas não pensem que o soldado se salvou tão fácil. Ele quase colocou a comida para fora, quando Luídi o perguntou.

— Lucadelli acho que já perguntei antes, ou quis perguntar, não me lembro. Não encontrou sua companheira ainda?

O soldado segurou a comida na boca e para engolir foi um processo lento e doloroso, sem conseguir falar.

— Luídi — respondeu Padiah. Nosso amigo é discreto, não gosta muito de falar sobre sua vida pessoal.

— Mas aqui é uma caverna. Todos devem se conhecer.

— É uma caverna, mas muito grande — respondeu Magdali.

Lucadelli terminou e se levantou.

— A conversa está boa, mas, Luídi, precisamos dormir bem
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